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Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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Na perspectiva da <strong>de</strong>mocratização, apontou-se como priorida<strong>de</strong> a ampliação <strong>de</strong> espaços públicos<br />

que pu<strong>de</strong>ssem garantir a participação do cidadão na gestão <strong>de</strong>mocrática da educação no município. É<br />

nesse movimento que se insere a instituição do Sistema <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação, a criação do CONSELHO<br />

MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO juntamente com a realização da I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, em<br />

agosto <strong>de</strong> 1998.<br />

Nos primeiros anos <strong>de</strong> implantação da Escola Plural, as estratégias <strong>de</strong> ação estiveram voltadas<br />

para a sua institucionalização, <strong>de</strong> fundamental importância para assegurar que as escolas tivessem as mesmas<br />

condições <strong>de</strong> funcionamento, bem como para a elaboração <strong>de</strong> respostas aos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> construir<br />

práticas pedagógicas coerentes com as diretrizes <strong>de</strong>finidas. Ainda que estas diretrizes contemplassem todos<br />

os níveis e modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, as ações voltaram-se inicialmente para a sua tradução no Ensino Fundamental,<br />

principalmente para o primeiro e segundo ciclos, enquanto estratégia política <strong>de</strong> implantação.<br />

A partir <strong>de</strong> 1997, o processo <strong>de</strong> implantação evi<strong>de</strong>nciou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aprimorar a<br />

inscrição institucional da Escola Plural, <strong>de</strong> forma a que todas as escolas da Re<strong>de</strong>, em todos os níveis e<br />

modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, se tornassem a expressão das diretrizes da Escola Plural. Constatou-se também a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma comunicação mais efetiva com as escolas e com a comunida<strong>de</strong> em geral,<br />

avançando do formalismo das produções teóricas e normativas para a busca <strong>de</strong> um diálogo permanente que<br />

contemplasse as questões cotidianas da prática educativa, o maior <strong>de</strong>safio da Escola Plural.<br />

A Conferência <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação foi uma ação extremamente significativa no sentido <strong>de</strong><br />

possibilitar avanços no processo <strong>de</strong> radicalização da gestão <strong>de</strong>mocrática da educação no município. Além<br />

das conquistas referentes à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diretrizes da política educacional do município — tendo sido mais<br />

uma vez referendada a Escola Plural — o evento explicitou, ainda, a vonta<strong>de</strong> política da administração<br />

municipal <strong>de</strong> compartilhar responsabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>veres em relação à educação na cida<strong>de</strong>.<br />

A <strong>de</strong>mocracia está fazendo escola<br />

É nesse contexto que surge o projeto da CONSTITUINTE ESCOLAR, evi<strong>de</strong>nciado pela necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ampliar e consolidar o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização da Re<strong>de</strong> <strong>Municipal</strong>, a partir <strong>de</strong> uma concepção mais<br />

horizontalizada <strong>de</strong> gestão que oriente as relações, as ações e a organização interna das escolas, na perspectiva<br />

da Escola Plural.<br />

Este projeto vem sendo construído <strong>de</strong>s<strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1998, quando a Secretaria <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

Educação-SMED iniciou um <strong>de</strong>bate com as escolas municipais sobre os atuais Regimentos Escolares. Naquele<br />

momento, as escolas indicaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> um novo Regimento, posicionaram-se em<br />

relação a este processo e manifestaram suas expectativas quanto a um novo Regimento, apontando temas a<br />

serem incorporados numa nova proposta regimental, <strong>de</strong> forma a traduzir <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada os avanços já<br />

obtidos no processo coletivo <strong>de</strong> construção da Escola Plural. Ainda neste primeiro momento, as escolas<br />

explicitaram, entre outras questões, que os Regimentos existentes não refletiam as conquistas <strong>de</strong>mocráticas<br />

da socieda<strong>de</strong>, especialmente aquelas relativas ao campo da educação e ressaltaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

avançar na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> instrumentos capazes <strong>de</strong> garantir no terreno pedagógico, político e administrativo<br />

a gestão <strong>de</strong>mocrática da educação e o direito à formação escolar. Percebeu-se que a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expectativas<br />

colocadas pelas escolas, aliada ao processo <strong>de</strong> discussão das suas propostas pedagógicas, <strong>de</strong>mandavam<br />

a criação <strong>de</strong> estratégias capazes <strong>de</strong> promover com maior intensida<strong>de</strong> a socialização <strong>de</strong> experiências em<br />

busca do equacionamento <strong>de</strong> problemas que, concretamente, emergem no cotidiano das escolas em <strong>de</strong>corrência<br />

das modificações que são introduzidas. Assim, todas essas questões acabaram por apontar para a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar um processo amplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate, <strong>de</strong> natureza participativa, <strong>de</strong> forma a viabilizar<br />

não apenas a construção coletiva dos Regimentos Escolares, mas que promova também, e principalmente,<br />

uma apropriação mais efetiva da Escola Plural pela Re<strong>de</strong> <strong>Municipal</strong> e pela socieda<strong>de</strong> em geral.<br />

Compreen<strong>de</strong>u-se, portanto, que a elaboração dos novos regimentos po<strong>de</strong>ria constituir-se em<br />

momento privilegiado para a compatibilização entre os objetivos propostos pela escola e aqueles pretendidos<br />

pela comunida<strong>de</strong> atendida. Além disso, será uma oportunida<strong>de</strong> para a análise da própria estrutura da<br />

escola, seus mecanismos <strong>de</strong> inclusão, sua estrutura <strong>de</strong> funcionamento e sua proposta pedagógica, pois ,<br />

como dissemos, para consolidar as conquistas <strong>de</strong>mocráticas já obtidas na educação municipal é preciso<br />

enraizar ainda mais a Escola Plural na cida<strong>de</strong> e em cada espaço educativo do município.<br />

Ao mesmo tempo é preciso assinalar a nossa concepção acerca do Regimento Escolar, pois<br />

enten<strong>de</strong>mos que existe uma necessária indissociabilida<strong>de</strong> entre a política educacional do município<br />

(con<strong>de</strong>nsada nas diretrizes da Escola Plural), a proposta pedagógica das escolas e o Regimento Escolar.<br />

Nesse sentido, a SMED acredita ser fundamental que o Regimento Escolar e a Proposta Pedagógica sejam<br />

Principais Programas Sociais da PBH<br />

4.25

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