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Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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Planejamento e Desenvolvimento Urbano<br />

4.18<br />

expansão do processo <strong>de</strong> exclusão social, o IVS e o MES/BH apresentam contribuições específicas no contexto<br />

brasileiro tais como:<br />

• o dimensionamento através do IVS <strong>de</strong> aspectos importantes no contexto atual, tais como<br />

acesso à previdência social, garantia <strong>de</strong> segurança alimentar e acesso à justiça, não expressos<br />

em nenhum outro índice com objetivos semelhantes;<br />

• a articulação inusitada <strong>de</strong> dimensões no IVS, que permite ampla análise dos resultados e<br />

correlações diversas entre os temas consi<strong>de</strong>rados;<br />

• a formulação do IVS enquanto medida contínua, com uma estrutura coerente e compatível<br />

internamente, que permite o estabelecimento <strong>de</strong> limiares (população abaixo ou acima <strong>de</strong><br />

uma linha <strong>de</strong> pobreza, p. ex.), além <strong>de</strong> inúmeras outras análises e articulações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

dos objetivos;<br />

• a estrutura do MES/BH como um todo que permite, por um lado, a caracterização da população<br />

dos diversos níveis <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social e por outro, a percepção <strong>de</strong> extremos <strong>de</strong><br />

exclusão/inclusão nesta população;<br />

• a inclusão do Índice <strong>de</strong> Assistência Social no MES/BH, em sintonia com a concepção <strong>de</strong> que<br />

a exclusão social é um processo que abrange não apenas <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> várias or<strong>de</strong>ns (materiais,<br />

culturais, políticas e outras) como também a falta <strong>de</strong> proteção social.<br />

6. Aplicabilida<strong>de</strong> do IQVU e do IVS na gestão urbana <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong><br />

Elaborado como um instrumento <strong>de</strong> gestão urbana e divulgado primeira vez em 1996, o IQVU<br />

vem sendo utilizado paulatinamente no planejamento e gestão da cida<strong>de</strong>. A primeira iniciativa neste sentido<br />

foi da Secretaria <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997, utiliza os valores do IQVU e da variável Educação<br />

como critérios para distribuição do recurso Bolsa-Escola entre as regiões da cida<strong>de</strong>.<br />

Entretanto, a efetiva aplicação <strong>de</strong>ste índice enquanto critério <strong>de</strong> distribuição das verbas no<br />

Orçamento Participativo, objetivo para o qual foi elaborado, só se <strong>de</strong>u a partir <strong>de</strong> 2000. Isto porque, mesmo<br />

tendo havido a participação dos usuários na elaboração do índice, foi necessário um intervalo <strong>de</strong> tempo,<br />

diversas palestras e discussões, para que estes incorporassem a idéia <strong>de</strong> distribuir recursos a partir <strong>de</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> informações e, sobretudo, aceitassem as alterações introduzidas pelo IQVU que provocaram<br />

alterações no volume <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stinados a esta ou aquela região.<br />

6.1. Utilização do IQVU no Orçamento Participativo<br />

Antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver <strong>de</strong> que maneira o IQVU foi aplicado, é importante esclarecer que existem em<br />

<strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> 9(nove) Regiões Administrativas, subdivididas em um número variável <strong>de</strong> sub-regiões; estas<br />

foram estabelecidas para a formação dos grupos populares regionais do Orçamento Participativo. O processo<br />

do Orçamento Participativo <strong>de</strong> BH se dá em duas etapas: na primeira, <strong>de</strong>fine-se a repartição dos recursos<br />

entre as Regiões e na segunda, realizam-se assembléias populares nas mencionadas sub-regiões, para <strong>de</strong>finição<br />

dos empreendimentos prioritários, ou seja, <strong>de</strong>finição da forma <strong>de</strong> utilizar a verba <strong>de</strong>stinada à região.<br />

Até 1999, a repartição espacial dos recursos era feita consi<strong>de</strong>rando-se critérios <strong>de</strong> tamanho e<br />

renda da população <strong>de</strong> cada uma das Regiões Administrativas <strong>de</strong> BH. A partir <strong>de</strong> 2000, foram introduzidas<br />

duas alterações: a UP enquanto unida<strong>de</strong> espacial <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> verbas e o IQVU como critério <strong>de</strong><br />

repartição das mesmas. Para isto, relacionou-se a população <strong>de</strong> cada UP com seu respectivo IQVU, extraindo-se<br />

os quocientes relativos da distribuição. Dessa maneira, as UP’s simultaneamente mais populosas e<br />

com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana mais baixa receberam um maior volume <strong>de</strong> recursos. No momento da efetiva<br />

distribuição dos recursos, as UP’s foram agregadas em dois gran<strong>de</strong>s grupos: um representando as <strong>de</strong> maior<br />

IQVU (num total <strong>de</strong> 20) e as <strong>de</strong>mais 61 UP´s formando outro. Para esse segundo grupo <strong>de</strong>finiu-se um volume<br />

global <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> R$ 65 milhões, <strong>de</strong>stinando-se 10% <strong>de</strong>ste total para o primeiro grupo 12 .<br />

Com a introdução do IQVU, a segunda etapa (ou seja, a <strong>de</strong>liberação popular sobre os empreendimentos<br />

prioritários) <strong>de</strong>veria ocorrer nas UP´s e não mais nas sub-regiões. Entretanto, isto ainda não foi<br />

inteiramente viabilizado <strong>de</strong>vido à existência anterior das sub-regiões: para 2000 os coor<strong>de</strong>nadores do OP<br />

criaram instâncias intermediárias, promovendo reuniões com representantes <strong>de</strong> agregados <strong>de</strong> UP´s e criaram<br />

condições para que nas futuras edições do Orçamento Participativo, estas sejam feitas em cada UP.<br />

É importante comentar aqui que a <strong>de</strong>cisão política <strong>de</strong> se utilizar o IQVU, gerou diversas discussões<br />

conduzindo a novas análises <strong>de</strong> resultados e apontando aperfeiçoamentos para as futuras atualiza-<br />

12<br />

Este total (R$ 71,5 milhões) significa 6,89% da receita corrente líquida estimada da <strong>Pre</strong>feitura para 2000, um incremento expressivo quando<br />

comparados aos 3,95% <strong>de</strong>stinados ao OP-99.

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