Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
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Características Demográficas e Socioeconômicas<br />
Ao examinar as trocas populacionais <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> com os subespaços que formam os<br />
municípios polarizados com populações superiores aos 50 mil habitantes (hinterlândia 2), as conclusões<br />
<strong>de</strong>rivadas da análise da Tabela 6 permitem arrolar outras evidências que vêm reforçar a tese da continuida<strong>de</strong><br />
do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcentração espacial da população em Minas Gerais, mesmo que alicerçada em números<br />
ainda pouco expressivos.<br />
De fato, à exceção dos municípios das hinterlândias localizadas no arco centro (regiões <strong>de</strong><br />
<strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> e Barbacena), norte (regiões <strong>de</strong> Montes Claros e Brasília) e leste (Governador Valadares),<br />
em todos os <strong>de</strong>mais casos <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> experimentou perda populacional nas trocas migratórias expressas<br />
na Tabela 6.<br />
Repetem-se as tendências sugeridas pelos dados da tabela anterior. Ou seja, os municípios com<br />
mais <strong>de</strong> 50 mil habitantes, pertencentes à regiões mais dinâmicas localizadas no arco oeste-sudoeste-sul,<br />
como Divinópolis, Juiz <strong>de</strong> Fora, Uberaba, Uberlândia, Ribeirão <strong>Pre</strong>to, Varginha e Pouso Alegre, nessa or<strong>de</strong>m,<br />
têm recebido mais migrantes <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> do que enviado.<br />
Ganha corpo, portanto, a hipótese <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcentração <strong>de</strong>mográfica fundada na existência <strong>de</strong><br />
cida<strong>de</strong>s intermediárias equipadas e em processo <strong>de</strong> expansão, como foi mostrado em discussões teóricas<br />
anteriores e evi<strong>de</strong>nciada, ainda que <strong>de</strong> forma incipiente, a partir dos dados do Censo <strong>de</strong> 1980.<br />
2.8<br />
Examinar as trocas populacionais com a hinterlândia <strong>de</strong> tipo I torna-se necessário para concluir<br />
o procedimento analítico em curso. Nesse caso é <strong>de</strong> se esperar que o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcentração<br />
<strong>de</strong>mográfica (<strong>de</strong> tipo centro para periferia) ainda não tenha atingido o âmbito dos pequenos municípios,<br />
incapazes <strong>de</strong> sustentar sequer o crescimento <strong>de</strong> suas próprias populações em virtu<strong>de</strong> da falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> trabalho.<br />
Os dados da Tabela 7 confirmam, grosso modo, tais observações. <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> recebeu no<br />
período 81/91 quase 100 mil imigrantes (98.227) das hinterlândias I, liberando 68.970 pessoas o que<br />
resultou em trocas populacionais favoráveis à Capital, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 29.257 pessoas.<br />
Os dados falam por si mesmos, e consagram as tendências relativas a distribuição espacial da<br />
população mineira já sublinhadas. Em primeiro lugar <strong>de</strong>stacam-se os números favoráveis a BH, <strong>de</strong>rivados da<br />
migração proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> áreas fortemente emissoras <strong>de</strong> população que gravitam em torno da Capital, a<br />
exemplo <strong>de</strong> Teófilo Otoni e Governador Valadares. Só <strong>de</strong>pois é que comparecem as hinterlândias I das regiões<br />
<strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> e <strong>de</strong> Montes Claros.<br />
Vale dizer que a expressão numérica da imigração <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> se sustenta sobretudo<br />
pelas contribuições <strong>de</strong>ssas quatro hinterlândias, porquanto nos <strong>de</strong>mais casos ou os “saldos” foram mo<strong>de</strong>sta-