Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
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Utilizando-se dos dados do Censo <strong>de</strong> 1991, tais observações foram absorvidas em um exercício<br />
mais promissor por introduzir maior nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento. Para tanto alterou-se os tamanhos dos municípios<br />
integrantes das hinterlândas 1 e 2; não mais utilizando o limitador <strong>de</strong> 20 mil habitantes, mas <strong>de</strong> 50 mil.<br />
Com isso, ficam mais evi<strong>de</strong>ntes os conjuntos envolvendo um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pequenos municípios (muitos<br />
<strong>de</strong>les fracamente urbanizados) e um número menor <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong> maior tamanho (em sua maioria,<br />
francamente urbanizados).<br />
Além disso, levou-se em conta a presença <strong>de</strong> todos os pólos regionais mineiros (que são<br />
cida<strong>de</strong>s médias <strong>de</strong> expressão) e suas respectivas regiões polarizadas, o que fez ampliar a análise ao aglutinar<br />
tanto a macrorregião <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong>, espaço que recebe mais diretamente a influência da Capital, quanto<br />
as <strong>de</strong>mais regiões <strong>de</strong> Minas, on<strong>de</strong> há menor influência <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong>.<br />
Anos 80: outros fluxos e refluxos<br />
Os números envolvendo as trocas populacionais <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> com os <strong>de</strong>mais subespaços<br />
das regiões polarizadas 5 <strong>de</strong> Minas Gerais, embora sejam <strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong> inferior aos relativos a periferia<br />
metropolitana (Tabelas 1 e 2), são no entanto significativos ao se consi<strong>de</strong>rar as restrições da distância; à<br />
medida que a influência <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> diminui, ou que as localida<strong>de</strong>s passem a receber mais diretamente<br />
a influência <strong>de</strong> metrópoles maiores, também diminuem fortemente os números relativos a migração para<br />
<strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong>.<br />
A Tabela 5, ao apresentar os emigrantes e imigrantes <strong>de</strong> última etapa <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> em<br />
relação aos pólos regionais, explicita bem esta afirmação. De fato, os municípios <strong>de</strong> Poços <strong>de</strong> Caldas, Pouso<br />
Alegre, Varginha, Uberlândia e Juiz <strong>de</strong> Fora, todos sobre a influência das metrópoles nacionais, receberam<br />
mais migrantes vindos <strong>de</strong> BH do que enviaram. Além <strong>de</strong>sses, registre-se que Divinópolis foi o outro pólo do<br />
oeste mineiro receptor <strong>de</strong> migrantes, este sobre a influência direta da Capital.<br />
Parece não ser mera coincidência o fato <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> per<strong>de</strong>r população principalmente para os<br />
pólos regionais mais dinâmicos do estado, a maioria <strong>de</strong>les gravitando em torno <strong>de</strong> São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
As trocas populacionais <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> mostram-se claramente positivas a seu favor quando<br />
os pólos focalizados são aqueles sobre sua influência direta, vários <strong>de</strong>les situados em áreas mais setentrionais<br />
do Estado, e que experimentam dificulda<strong>de</strong>s econômicas, a exemplo <strong>de</strong> Governador Valadares, Teófilo<br />
Otoni e mesmo Montes Claros.<br />
Indícios mais claros <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcentração populacional a partir dos dados da Tabela 5 po<strong>de</strong>m ser<br />
assinalados sobretudo nos casos <strong>de</strong> Divinópolis e Uberlândia. Nos <strong>de</strong>mais pólos com predominância <strong>de</strong><br />
imigrantes sobre os emigrantes (<strong>de</strong> ultima etapa) os números são bem menores e/ou <strong>de</strong>sprezíveis. Adicionalmente,<br />
talvez <strong>de</strong>vessem ser mencionados os pólos <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora e Varginha, por força <strong>de</strong> suas localizações<br />
geográficas (próximas do Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo) e do tamanho dos fluxos envolvendo <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong>.<br />
Demografia<br />
2.7<br />
5<br />
Recor<strong>de</strong>-se que a regionalização aqui adotada baseiou-se em FJP (1985). Os pólos regionais em Minas, geralmente cida<strong>de</strong>s que dominam vários municípios<br />
formadores <strong>de</strong> “hinterlândias” são: Barbacena, Divinópolis, Governador Valadares, Juiz <strong>de</strong> Fora, Montes Claros, Poços <strong>de</strong> Caldas, Pouso Alegre/Itajubá, Teófilo<br />
Otoni, Varginha, Uberaba e Uberlândia. As “hinterlâncias”, para efeito <strong>de</strong> simplificação foram organizadas em dois tipos, a “hinterlândia I”, as que reúnem<br />
os municípios com população inferior a 50 mil habitantes, a “hinterlândia II” reúne então os municípios com população superior aos 50 mil habitantes.