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Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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Todavia, as áreas centrais po<strong>de</strong>m, por hipótese, estar aumentando sua participação <strong>de</strong>mográfica<br />

na macrorregião por conta da contribuição advinda <strong>de</strong> fluxos migratórios provenientes <strong>de</strong> fora do Estado,<br />

por exemplo. Daí a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visualizar a distribuição dos movimentos populacionais <strong>de</strong> forma mais<br />

<strong>de</strong>talhada, <strong>de</strong> modo a tornar mais explícita a contribuição das hinterlândias integrantes <strong>de</strong> Minas Gerais.<br />

Características Demográficas e Socioeconômicas<br />

A Tabela 4 exibe quatro fluxos <strong>de</strong> imigração e emigração <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> do período 1970/<br />

1980: os proce<strong>de</strong>ntes dos municípios com menos <strong>de</strong> 20 mil habitantes da macrorregião, H1-BH; os proce<strong>de</strong>ntes<br />

dos municípios com mais <strong>de</strong> 20 mil habitantes, H2-BH; e as contracorrentes BH-H1 e BH-H2.<br />

O volume populacional contido nas correntes migratórias originárias das hinterlândias 1 e 2 foi<br />

muito expressivo. Em sentido oposto, o refluxo mostrou-se relativamente pouco expressivo. O “saldo”,<br />

portanto, a favor <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong> foi evi<strong>de</strong>nte em todos os casos.<br />

2.6<br />

Análises feitas em Matos (1995) mostraram que há significativas diferenças <strong>de</strong> renda e ocupação<br />

entre os fluxos das correntes e os das contracorrentes, sobretudo nos pares H1-BH x BH-H1 e H2-BH x<br />

BH-H2. Isto pelo fato <strong>de</strong> os migrantes das correntes serem, <strong>de</strong> um modo geral, bem menos qualificados que<br />

os migrantes das contracorrentes. 3 Os imigrantes do fluxo H2-BH pertenciam principalmente ao terciário não<br />

qualificado e ao secundário, enquanto os proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> H1, também não qualificados, constituem um<br />

exemplo <strong>de</strong> migração associada aos atributos espaciais da área <strong>de</strong> origem, on<strong>de</strong> predominam ativida<strong>de</strong>s<br />

rurais 4 . Já nos fluxos BH-H2 e BH-H1, on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>sprezível a procedência rural, é alta a participação <strong>de</strong><br />

categorias <strong>de</strong> profissionais mais qualificados. Assim, boa parte dos diferenciais existentes entre os fluxos<br />

H1-BH e BH-H1, associa-se ao forte contraste em termos das ativida<strong>de</strong>s rurais; muito escassas em <strong>Belo</strong><br />

<strong>Horizonte</strong> e bastante significativas em H1.<br />

Observe-se que para a hinterlândia 2 registrou-se uma emigração próxima <strong>de</strong> 44 mil pessoas.<br />

Dados aqui não mostrados, indicam que, sobretudo nesse subespaço, há alguns municípios importantes que<br />

têm <strong>de</strong>sempenhado a função <strong>de</strong> centros regionais, on<strong>de</strong>, na década <strong>de</strong> 70, fora significativo o contingente<br />

<strong>de</strong> emigrantes <strong>de</strong> <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong>.<br />

Em face <strong>de</strong>ssa questão, conviria trabalhar com os dados <strong>de</strong> modo a tornar mais nítida a participação<br />

<strong>de</strong>sses centros nas trocas migratórias com <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong>.<br />

3<br />

Ao chegarem em <strong>Belo</strong> <strong>Horizonte</strong>, os candidatos mais fortes à remigração eram os migrantes <strong>de</strong> procedência rural, mais ocupados em ativida<strong>de</strong>s braçais e<br />

sempre menos qualificados para o trabalho urbano do que os migrantes proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s. Além disso, Os dados mostraram que os imigrantes <strong>de</strong><br />

origem rural iniciam-se mais cedo no trabalho, dispen<strong>de</strong>ndo menos tempo nos estudos.<br />

4<br />

Um traço comum aos fluxos H1-BH, H2-BH, RRM-BH é a prevalência <strong>de</strong> trabalhadores não qualificados do terciário (forte presença dos auxiliares <strong>de</strong><br />

escritório, serventes, e, sobretudo, à numerosa presença feminina ocupada em empregos domésticos). Outra categoria ocupacional que caracteriza estes<br />

fluxos é a dos trabalhadores do secundário, principalmente os alojados na indústria da construção (serventes <strong>de</strong> pedreiros, pedreiros, carpinteiros etc.)<br />

(Matos, 1995).

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