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Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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ções. O Dep. do Orçamento Participativo promoveu, juntamente com os coor<strong>de</strong>nadores do IQVU, um trabalho<br />

junto aos grupos envolvidos no processo (administradores regionais, assessoria do OP e membros do Conselho<br />

da Cida<strong>de</strong> 13 ), visando a capacitação para a análise do índice e treinamento na utilização do Banco <strong>de</strong><br />

Dados 14 . A efetiva aplicação gerou inicialmente, polêmica entre os gestores regionais e setoriais, mas o uso<br />

<strong>de</strong> um índice que me<strong>de</strong> a existência e o acesso a equipamentos e serviços urbanos (e alternativamente sua<br />

carência) ajusta-se precisamente aos objetivos do OP <strong>de</strong> inverter <strong>de</strong>mocraticamente as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> governo,<br />

carreando mais recursos públicos para as áreas mais necessitadas.<br />

Finalmente, embora o presente artigo não se <strong>de</strong>stine à discussão do processo do Orçamento<br />

Participativo, consi<strong>de</strong>ra-se importante comentar que o uso <strong>de</strong> um critério “a priori” (como é o IQVU) na<br />

distribuição espacial das verbas, talvez provocasse um esvaziamento das assembléias populares. Possivelmente<br />

por esta razão, os coor<strong>de</strong>nadores do OP introduziram mais um novo critério a partir <strong>de</strong> 2000: para<br />

garantir a plena utilização dos recursos disponibilizados para cada UP é necessária uma presença mínima <strong>de</strong><br />

moradores equivalente a 0,5% da população da UP, sendo que uma presença aquém <strong>de</strong>sse mínimo reduziria<br />

na mesma proporção os recursos a que a UP tivesse direito. Além disto, os recursos eventualmente<br />

disponibilizados pelo não alcance da presença mínima, seriam redistribuídos proporcionalmente às <strong>de</strong>mais<br />

UP´s <strong>de</strong> uma mesma Região, à exceção daquela composta pelas UP´s <strong>de</strong> maior IQVU.<br />

6.2. Aplicabilida<strong>de</strong> potencial do IVS e do Mapa da Exclusão Social <strong>de</strong> BH<br />

O Mapa da Exclusão Social <strong>de</strong> BH sem dúvida será <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> ao planejamento municipal<br />

e ao monitoramento das condições <strong>de</strong> vida na cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que atualizado periodicamente. Como foi<br />

formulado muito recentemente (<strong>de</strong>z/1999) ainda não existem experiências efetivas <strong>de</strong> seu emprego na<br />

gestão da cida<strong>de</strong>.<br />

Sua divulgação, entretanto, causou gran<strong>de</strong> impacto em vários segmentos sociais (opinião pública,<br />

imprensa, universida<strong>de</strong>s e setor público) e vem gerando uma série <strong>de</strong> palestras e <strong>de</strong>bates promovidos por<br />

organizações governamentais e não governamentais. Assim, consi<strong>de</strong>ra-se que a tendência é o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> várias formas para sua utilização, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações que ele proporciona.<br />

Na realida<strong>de</strong>, o MES/BH po<strong>de</strong> ser visto como um método <strong>de</strong> estudo da cida<strong>de</strong>, já que, a partir<br />

<strong>de</strong> seus diversos elementos, é possível estabelecer para uma UP: os níveis <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> da população;<br />

o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada dimensão, variável e indicador do IVS; características populacionais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sexo<br />

e cor da pele; os extremos <strong>de</strong> exclusão relevantes e o grau <strong>de</strong> carência dos serviços <strong>de</strong> Assistência Social.<br />

Além disto, como discutido anteriormente, o IVS po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como uma medida <strong>de</strong><br />

acessibilida<strong>de</strong> social da população às dimensões consi<strong>de</strong>radas, se apresentando como um complemento<br />

conceitual do IQVU. Uma outra possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação é o emprego conjunto dos dois índices nas<br />

próximas edições do Orçamento Participativo, servindo o IVS como uma “correção” do IQVU (já que é uma<br />

medida <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> social) ou formulando-se um terceiro índice reunindo os dois, possibilitando a<br />

qualificar simultaneamente o lugar e da população do lugar.<br />

Finalmente, cumpre <strong>de</strong>stacar a importância da elaboração do Índice <strong>de</strong> Assistência Social, que<br />

vem sendo visto pelos prestadores <strong>de</strong>stes serviços (organizações públicas e privadas) como um instrumento<br />

útil ao monitoramento das políticas públicas <strong>de</strong> Assistência Social no município, como forma <strong>de</strong> estabelecer<br />

as <strong>de</strong>mandas prioritárias do município e ainda, como importante subsídio à formulação <strong>de</strong> projetos que<br />

visem a obtenção <strong>de</strong> verbas <strong>de</strong>stinadas à população mais vulnerável.<br />

Indicadores <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano<br />

4.19<br />

7. Comentários finais<br />

As experiências aqui relatadas sem dúvida alguma representam avanços metodológicos como<br />

instrumentos <strong>de</strong> gestão urbana. Seu efetivo emprego apenas se inicia, estando ainda em discussão questões<br />

como, por exemplo, a forma <strong>de</strong> compatibilizar o IQVU e o IVS na aplicação. Uma questão importante referese<br />

à continuida<strong>de</strong>/atualização dos índices e respectivos bancos <strong>de</strong> dados, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente da<br />

vonta<strong>de</strong> política dos administradores. O efetivo emprego dos resultados como critério <strong>de</strong> distribuição das<br />

verbas do Orçamento Participativo representa uma perspectiva concreta <strong>de</strong> sua atualização, mas certamente<br />

está na <strong>de</strong>pendência do resultado das eleições que se aproximam.<br />

Ainda, o processo <strong>de</strong> atualização do IQVU em curso (com dados <strong>de</strong> 1996) tem sido fundamental<br />

para a introdução <strong>de</strong> aperfeiçoamentos na forma <strong>de</strong> cálculo e na composição, além apontar ajustes a<br />

13<br />

O Conselho da Cida<strong>de</strong> é composto por 98 membros da população: representantes <strong>de</strong> setores <strong>de</strong> serviços eleitos em cada Região e representantes da<br />

Câmara <strong>Municipal</strong>,conforme <strong>de</strong>creto n o. 10.034 (DOM,1999).<br />

14<br />

O Banco <strong>de</strong> Dados do IQVU/1994 foi elaborado pelo Dep. <strong>de</strong> Informações Técnicas da SMPL e encontra-se disponível no local, em dois disquetes.

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