Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
_____ Principais Programas Sociais da PBH<br />
Educação e Cultura<br />
________ Escola Plural e Constituinte Escolar<br />
O Direito a ter direitos<br />
Maria Céres Pimenta Spínola Castro*<br />
Planejamento e Desenvolvimento Urbano<br />
4.24<br />
Implantada na Re<strong>de</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação a partir <strong>de</strong> 1995, a ESCOLA PLURAL trouxe<br />
uma nova concepção <strong>de</strong> política pedagógica ao reestruturar a organização e distribuição dos<br />
tempos e espaços escolares e ao <strong>de</strong>finir uma nova lógica que, entre várias outras modificações,<br />
alterou a organização seriada, instituindo os Ciclos <strong>de</strong> Formação. Tais ciclos expressam uma<br />
nova forma <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar a organização do tempo <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> às características culturais e<br />
bio-psicológicas da aprendizagem e <strong>de</strong>senvolvimento humano.<br />
Além disso, nuclear na idéia <strong>de</strong> ciclo na Escola Plural, está a concepção <strong>de</strong> formação global<br />
do ser humano, que inclui a perspectiva <strong>de</strong> um processo educativo vinculado às características do seu<br />
<strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Assim, esta organização por ciclos concebe o aluno como o eixo central na dinâmica do ensino-aprendizagem,<br />
pressupondo que as <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>finições quanto à organização do trabalho e à proposta<br />
curricular se dão em função <strong>de</strong>le.<br />
Quem participa faz escola<br />
O processo <strong>de</strong> implantação da Escola Plural vem se materializando através <strong>de</strong> inúmeros encontros<br />
e fóruns, não só fortalecendo e consolidando espaços <strong>de</strong> discussão já existentes, como também construindo<br />
novos espaços capazes <strong>de</strong> assegurar maior participação <strong>de</strong> pais, alunos, profissionais e comunida<strong>de</strong><br />
em geral, na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões referentes ao cotidiano escolar. As instâncias <strong>de</strong> participação estão presentes<br />
no interior das escolas (colegiados, assembléias, associações, grêmios estudantis) como também nos<br />
espaços coletivos on<strong>de</strong> se estabelecem as relações externas entre escolas e socieda<strong>de</strong>.<br />
Nesta multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estabelecerem <strong>de</strong>bates, discussões,<br />
polêmicas e conflitos, em que diferentes sujeitos sociais (pais, alunos, profissionais da educação, gestores,<br />
enfim, cidadãos <strong>de</strong> direitos) po<strong>de</strong>m expressar suas posições e construir seus acordos, consensos ou disensos,<br />
num movimento político <strong>de</strong> tal maneira que a ação e a formação se confun<strong>de</strong>m e em que o direito à<br />
cidadania se manifesta em ato.<br />
É na perspectiva <strong>de</strong> reforçar e ampliar esse movimento e <strong>de</strong> procurar garantir a continuida<strong>de</strong><br />
do processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> uma escola inclusiva, que a SMED <strong>de</strong>finiu como uma <strong>de</strong> suas estratégias <strong>de</strong><br />
ação a dinamização do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização da Re<strong>de</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação. A consolidação da<br />
Escola Plural constitui fator prepon<strong>de</strong>rante nesse processo, na medida em que:<br />
• Garante a permanência do aluno, através <strong>de</strong> aprendizagens significativas e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>;<br />
• Concebe a educação como direito e não como estratégia para assegurar interesses privados<br />
<strong>de</strong> grupos ou <strong>de</strong> classes;<br />
• Tem como princípio o respeito ao aprendiz, qualquer que seja sua ida<strong>de</strong>, classe, grupo<br />
étnico, compreen<strong>de</strong>ndo-o como sujeito <strong>de</strong> direitos;<br />
• Propõe uma escola inclusiva e, portanto, capaz <strong>de</strong> respeitar a pluralida<strong>de</strong> e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ritmos <strong>de</strong> aprendizagem e as vivências culturais dos alunos;<br />
• Assegura o direito <strong>de</strong> acesso aos conteúdos socialmente produzidos e sua apreensão, <strong>de</strong><br />
forma contínua e ininterrupta;<br />
• Amplia as funções da escola, resgatando sua função socializadora;<br />
• Propicia o <strong>de</strong>senvolvimento das aprendizagens fundamentais: apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r, apren<strong>de</strong>r<br />
a conhecer, apren<strong>de</strong>r a fazer, apren<strong>de</strong>r a conviver, apren<strong>de</strong>r a ser.<br />
*Secretária <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação