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lipidograma, verificação da pressão arterial sistêmica e IMC. Foram excluídos<br />

os pacientes que não mantiveram seguimento e aqueles sem avaliação/<br />

registro de todos os fatores citados anteriormente no estudo.<br />

C)Resultados:Encontramos taxa de resposta virológica sustentada de 49% -<br />

4 hipertensos, 3 diabéticos, 2 hipotireoideos, 1 obeso e 1 portador do genótipo<br />

3ª. Entre os não respondedores, 51% - 1 dislipidêmico, 1 obeso, 1 portador do<br />

vírus genótipo 3, 7 hipertensos, 5 diabéticos, 3 hipotireoideos e 3 dislipidêmicos.<br />

O trabalho objetivou buscar a resposta na 12° semana como variável importante<br />

e observamos: 5 pacientes não apresentaram nem queda nem negativação<br />

na 12ºsemana. Os pacientes que apresentaram queda de 2 log na 12º semana,<br />

total de 15 pacientes, apenas 4 responderam de forma sustentada e 11 não<br />

responderam. Entre aqueles que negativaram na 12° semana, totalizando 16<br />

pacientes, três pacientes não permanaceram negativos ao final do tratamento.<br />

A análise dos pacientes que obtiveram queda de 2 log da carga viral na 12°<br />

semana, com negativação na 24ª semana, respondedores lentos, um total de<br />

4 pacientes, demonstra que 3 são diabéticos (75%), um é portador do genótipo<br />

3 (25%) e todos apresentavam carga viral acima de 600.000 unidades/ml .D)<br />

Conclusão:Embora com número amostral pequeno, os pacientes que<br />

negativaram a carga viral na 12º semana (resposta precoce), têm maiores<br />

chances de resposta virológica sustentada, como já demonstrado na literatura<br />

e que entre os respondedores lentos (redução de 2 log na 12ª semana), a<br />

presença de diabetes mellitus foi significativamente prevalente.<br />

ID 290<br />

ADOLESCENTE COM HEPATOMEGALIA ACENTUADA E DIABETES TIPO 1.<br />

RELATO DE CASO DA SÍNDROME DE MAURIAC.<br />

AUTORES: GIORDANO-VALÉRIO H.M., LAMIN R.F.B., MOUTINHO A.C.,<br />

FERNANDES G.C., SOUZA G.S., TAVARES E. F., GABURRI P.D.<br />

CENTRO DE HEPATOLOGIA DA SANTA CASA DE JUIZ DE FORA JUIZ DE<br />

FORA , MINAS GERAIS<br />

Introdução e objetivos:A Síndrome de Mauriac é uma forma rara de diabetes<br />

tipo 1 e se caracteriza pela associação de hepatomegalia por acúmulo de<br />

glicogênio, retardo de crescimento, diabetes de difícil controle e dislipidemia.<br />

Há poucos relatos na literatura e seu tratamento ainda é controverso.O<br />

objetivo é relatar o caso de uma adolescente que foi encaminhada ao Centro<br />

de Hepatologia por hepatomegalia volumosa de causa não<br />

esclarecida.Material:Paciente do sexo feminino, 15 anos, diagnóstico de<br />

diabetes tipo 1 há 12 anos,com histórico de várias internações por cetoacidose<br />

diabética.Há 1 ano,o fígado era palpável a 4 cm do rebordo costal direito,com<br />

aumento progressivo de volume, e no último mês a borda do lobo direito<br />

alcançava a fossa ilíaca direita.Sem estigmas de doença hepática crônica,altura<br />

1,46m e peso 46,1kg. Em junho/2009: AST 36, ALT 46, FA 166, GGT 54,<br />

glicemia 677 mg/dl, albumina sérica 4,2; TAP 100%, RNI 1,0; creatinina 0,9;<br />

Hb 12., Ht 36,1; leucócitos 6300, plaquetas 535mil, Bilirrubina total 0,4;<br />

Colesterol 405, Triglicérides 798, FAN negativo, ASMA negativo, AMA negativo,<br />

antiLKM-1 negativo, anti-Hbs reagente, demais marcadores virais B e C<br />

negativos, á1-anti-tripsina 141(88 a 174), ferritina 126, I.S.transferrina 32,1%,<br />

ceruloplasmina 94,9(21 a 53). USabdome: hepatomegalia acentuada, com<br />

ecogenicidade normal. TC de abdome: fígado ocupando Q.S.D. até a fossa<br />

ilíaca direita,com densidade elevada. À vídeo-laparoscopia a superfície hepática<br />

era lisa, sem outras alterações além do aumento do volume hepático.À<br />

histologia hepática: fragmento contendo 12 espaços-porta com balonização<br />

discreta de hepatócitos, presença de vários núcleos vacuolados, com acúmulo<br />

de glicogênio e ausência de metamorfose gordurosa. Prescrito controle rigoroso<br />

do diabetes, sugerindo-se uso de bomba de insulina, e se o controle das<br />

glicemias não for atingido, encaminhamento da doente ao serviço de transplante<br />

de pâncreas.Conclusão: A síndrome de Mauriac é uma doença rara e de<br />

dífícil tratamento,acometendo uma população muito jovem,sem deterioração<br />

da função hepática,mas com sobrevida limitada pelas complicações a longo<br />

prazo do diabetes.Para regressão da hepatomegalia é necessário o controle<br />

adequado das glicemias e em nosso meio o tratamento é um grande desafio<br />

pelas dificuldades tanto para uso de bomba de insulina como para a realização<br />

de transplante de pâncreas.Nosso maior desafio é encontrar uma modalidade<br />

terapêutica eficaz, e também factível na nossa realidade.<br />

ID 292<br />

HIDROCEFALIA EM PACIENTE PORTADORA DE COLANGITE AUTO-IMUNE.<br />

RELATO DE CASO<br />

AUTORES: GIORDANO-VALÉRIO H.M., MOUTINHO A.C., FERNANDES<br />

G.C., PINTO M.P., SOUZA G.S., GABURRI P.D.<br />

CENTRO DE HEPATOLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE JUIZ<br />

DE FORA JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS<br />

Introdução:A doença hepática auto-imune pode ser acompanhada de<br />

manifestações extra-hepáticas articulares, pulmonares, intestinais e outras.O<br />

tratamento com drogas imunossupressoras a longo prazo pode gerar<br />

manifestações devido ao aparecimento de neoplasias e principalmente de<br />

infecções. O presente caso alerta para uma infecção pouco freqüente<br />

secundária à imunossupressão prolongada nestes casos.Material: paciente<br />

do sexo feminino,45anos,branca,com alteração de enzimas hepáticas desde<br />

1997.Em 2003, iniciou tratamento imunossupressor para colangite autoimune.Procurou<br />

nosso serviço em 2007 por piora clínica com adinamia,<br />

icterícia,dor abdominal e febre intermitente. Ao exame: fácies cushingóide,<br />

hipertricose facial, icterícia 2+/4+, xantelasma palpebral, hepatimetria 17 cm<br />

de consistência aumentada, borda romba e esplenomegalia. Exames: FAN<br />

1:80, ASMA 1:160, AMA negativo, AP 100%,albumina 3,6; AST 103; ALT 101,<br />

FA 518; GGT 653,bilirrubina total 4,05, marcadores virais negativos, colangio-<br />

RM sem alterações da vias biliares. A biópsia hepática de 2006 mostrava<br />

colangite crônica intra-hepática em fase de cirrotização.Foi reiniciado<br />

tratamento com azatioprina em dose escalonada até 1,5 mg/kg/dia e mantidos<br />

ácido ursodesoxicólico 600mg/dia, além de prednisona com redução da dose<br />

para 10 mg/dia. Houve melhora clínica e laboratorial significativa. Após 1<br />

ano,iniciou quadro de cefaléia diária bilateral. A RM de crânio não evidenciou<br />

alterações relevantes. Foi iniciado tratamento com amitriptilina, propranolol e<br />

dipirona com controle parcial das crises de cefaléia.Na evolução,apresentou<br />

piora do quadro de cefaléia com dor diária, matinal, associada a náuseas que<br />

impedia execução de tarefas cotidianas. Optou-se por internação e nova RM<br />

de crânio que mostrou hidrocefalia moderada. A monitorização invasiva da<br />

pressão intra-craniana foi inconclusiva. A punção liquórica foi compatível<br />

com meningite por criptococose. Iniciado tratamento com anfotericina B<br />

lipossomal. Após 30 dias recebeu alta sem cefaléia em uso de fluconazol 150<br />

mg/dia e mantidas demais medicações. Conclusão:A suspeita clínica de<br />

infecções na população de imunossuprimidos é rotina por demais conhecida.<br />

A relevância do caso atual é a incomum associação de infecções fúngicas<br />

neurológicas em associação a doenças hepáticas auto-imunes. Este caso<br />

também reforça a importância de equipe médica multidisciplinar no seguimento<br />

desta população.<br />

ID 295<br />

ASPECTOS NUTRICIONAIS, DIETÉTICOS E METABÓLICOS DA DOENÇA<br />

HEPÁTICA GORDUROSA NÃO-ALCOÓLICA.<br />

S.M, FEROLLA; C.A, COUTO; M.L.R.P, LIMA; R.M.F, VIEGAS; V.M,<br />

ANDRADE; O.F.M,COUTO; W.C.T. JUNIOR; T.C.A.FERRARI.<br />

DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA DA FACULDADE DE MEDICINA E<br />

INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS,<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. BELO HORIZONTE, MINAS<br />

GERAIS<br />

Introdução e objetivos: A prevalência da DHGNA vem crescendo no mundo<br />

inteiro. Estudos epidemiológicos mostram que a adoção de hábitos alimentares<br />

ocidentais está associada a obesidade, diabetes e DHGNA, embora faltem<br />

dados mais refinados relativos aos aspectos dietéticos nesta doença. Este<br />

estudo objetivou caracterizar o padrão alimentar e os aspectos nutricionais e<br />

dietéticos de pacientes com DHGNA. Materiais e Métodos: Acompanhou-se<br />

prospectivamente 81 pacientes (idade media 54±10 anos; 76.5% mulheres)<br />

com diagnóstico recente de DHGNA em centro de referência. Todos os<br />

pacientes foram avaliados conforme as recomendações da AGA e<br />

apresentaram sinais de esteatose à ultrassonografia. Biópsia hepática foi<br />

realizada em 28% (n=23) dos casos. Na avaliação inicial, coletaram-se dados<br />

dietéticos através do questionário de freqüência alimentar; e, o gasto energético<br />

total (GET) foi calculado de acordo com RDA (recommended dietary allowance).<br />

Coletaram-se ainda, dados clínicos, antropométricos e bioquímicos; e o HOMA<br />

foi calculado para se determinar resistência insulínica. Resultados: 66<br />

indivíduos (81,5%) apresentavam esteatose, 12 (14,8%) NASH e 3 cirrose.<br />

Obesidade estava presente em 63% dos pacientes com esteatose simples,<br />

91% com NASH e 100% com cirrose. Todos os sujeitos com NASH e cirrose<br />

apresentavam síndrome metabólica (SM). Hipertensão arterial foi diagnosticada<br />

em 72% dos casos, hipercolesterolemia em 67%, hipertrigliceridemia em<br />

62%, diabetes em 22%, hiperuricemia e hipotireoidismo em 15%. 26%<br />

praticavam atividade física regular. Considerando-se gênero feminino versus<br />

masculino, o IMC, circunferência da cintura, HOMA e ingestão calórica médios<br />

foram, respectivamente: 32,4±4,6 vs 3,9±3,2kg/m² (p=0,667); 101±11 vs<br />

105±9cm (p=0,494); 3,1±2,6 vs 2,1±1,3 (p=0,125) e 2564±1095 vs 2997±892<br />

kcal (p=0,280). Ingestão calórica nas mulheres foi 160% do GET e nos homens<br />

143%. O conteúdo de macronutrientes foi: 361.1±186 vs 427.5±130.1g de<br />

carboidratos (p=0,289), 82,4±42 vs 102,9±51g de proteína (p=0,178) e 87,5±37<br />

vs 97,1±39g (p=0,5) de lipídeos. Não houve diferença quanto ao gênero na<br />

distribuição da ingestão de macronutrientes: 57% carboidratos, 13% proteínas<br />

e 30% lipídeos. Conclusão: O padrão alimentar de pacientes com DHGNA<br />

caracterizou-se por distribuição normal de macronutrientes, porém, com ingestão<br />

calórica excessiva. A obesidade e outros elementos da SM foram observados<br />

na maioria dos casos, mais frequentemente nas formas mais graves da<br />

DHGNA.<br />

S 106

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