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Introdução e objetivos: Na atualidade, poucas evidências apontam para<br />

marcadores confiáveis capazes de predizer recaída virológica. Alguns estudos<br />

correlacionaram o reaparecimento do HCV RNA após descontinuação de<br />

tratamento aparentemente bem sucedido com cinética viral, grau de fibrose e<br />

dose média empregada de interferon peguilado e ribavirina. O objetivo deste<br />

estudo foi identificar fatores clínicos, laboratoriais, virológicos e histológicos<br />

associados à recaída virológica em pacientes com hepatite C crônica tratados<br />

com interferon peguilado e ribavirina. Material e métodos: Foram avaliados<br />

pacientes com hepatite C crônica tratados com interferon peguilado e ribavirina<br />

quanto à resposta virológica sustentada (grupo RVS) e resposta com recaída<br />

(grupo RR) pós-tratamento. A RR foi caracterizada como HCV RNA negativo<br />

ao final do tratamento e positivo seis meses após sua descontinuação.<br />

Fatores clínicos, laboratoriais, virológicos e histológicos foram analisados e<br />

comparados entre os grupos RVS e RR. A análise foi realizada utilizando-se<br />

os testes de x2 ou exato de Fisher, teste t de Student ou Mann-Whitney e<br />

análise de regressão logística. Resultados: Dentre 214 pacientes tratados<br />

com interferon peguilado e ribavirina, as taxas de RVS e RR foram,<br />

respectivamente, 43,5% e 9,8%. Não houve diferença entre pacientes com<br />

RVS e RR em relação ao sexo (p=0,8), genótipo (p=0,6) e presença de cirrose<br />

(p=0,9). Também não houve diferença quanto aos níveis pré-tratamento de<br />

carga viral, AST, ALT, hemoglobina, leucócitos, glicemia e IMC. Houve uma<br />

tendência à recaída virológica relacionada à idade avançada (p=0,07) e<br />

associação significante com contagem global reduzida de plaquetas prétratamento<br />

(p=0,02). Conclusões: Os achados deste estudo permitem concluir<br />

que, até o momento, não existem fatores preditores bem estabelecidos de<br />

recaída virológica, reforçando o conceito de que o sucesso do tratamento só<br />

pode ser confirmado seis meses após sua suspensão. A observação da<br />

associação entre recaída virológica e número reduzido de plaquetas não<br />

decorrente de estadiamento avançado merece maior investigação.<br />

ID 393<br />

FATORES PREDITIVOS DE RESPOSTA AO TRATAMENTO DA HEPATITE<br />

CRÔNICA C EM CENTRO MINEIRO DE REFERÊNCIA EM HEPATOLOGIA<br />

RIBEIRO, T.C.R.; MEIRELLES DE SOUZA, AF; ALMEIDA, F.A.M.B; PACE ,<br />

F.H.; OLIVEIRA, J.M.; BARBOSA, K.V.B.D.;OLIVEIRA, A.L;OLIVEIRA, L.R.P.;<br />

RICCI JR.,J.E.R; GUIMARÃES, L.M.P.; MARIOSA, F.G.<br />

SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - CENTRO DE REFERÊNCIA EM<br />

HEPATOLOGIA - HU/ CAS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA<br />

Introdução e Objetivo: A hepatite crônica C (HCC) é uma causa comum de<br />

hepatopatia crônica, sendo uma das principais causas de indicação de<br />

transplante hepático. O tratamento anti-viral vem evoluindo, tornando possível<br />

uma resposta virológica sustentada em cerca de 60% dos casos, dependendo<br />

da medicação utilizada e genótipo viral. Avaliamos o padrão de resposta ao<br />

tratamento viral, assim como os fatores preditivos de resposta no Centro de<br />

Referência de Hepatologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG).<br />

Materiais e Métodos: Foram avaliados 772 pacientes portadores do HCV no<br />

período de janeiro de 2005 a junho de 2009 sendo que foram submetidos a<br />

tratamento 276 pacientes. 64% eram do sexo masculino, 91% raça branca,<br />

média de idade 52,8 anos (13-72). O uso prévio de bebida alcoólica foi<br />

demonstrado em 48,6%, sendo a media de ingestão diária de 176 g. Os<br />

critérios de síndrome metabólica foram preenchidos em 8% dos pacientes e<br />

4,4% tinham insuficiência renal crônica dialítica. Resultados: A epidemiologia<br />

mais freqüente foi cirurgia (78%), seguida de transfusão sanguínea (46%). O<br />

genótipo mais comum foi o 1 (71%), seguido pelo 3 (25%). 38% apresentavam<br />

carga viral superior a 850.000 UI. A biópsia hepática evidenciou fibrose<br />

avançada em 43% e esteatose em 66%, sendo leve na maioria. 8% dos<br />

pacientes apresentaram efeitos colaterais durante o tratamento, sendo os<br />

mais comuns alterações hematológicas (12 pt), psiquiátricas (4 pts) e<br />

descompensação da hepatopatia em 2 pts. O tratamento foi suspenso<br />

definitivamente em 7%. A maioria dos pacientes foi tratada com associação<br />

de interferon peguilado e ribavirina (52%), seguido de interferon convencional<br />

e ribavirina (34%). A resposta viriológica precoce (RVP) foi observada em<br />

58%, 51% apresentaram resposta ao fim do tratamento (RFT) e apenas 33%<br />

sustentaram a resposta (RVS). O re-tratamento foi efetuado em 36% dos<br />

casos, obtendo RVS em 47,6% dos casos. Os únicos fatores associados a<br />

RVS na presente amostra foram o genótipo viral e a presença de fibrose<br />

avançada. Não foram fatores preditivos de resposta: sexo, alta carga viral,<br />

presença de síndrome metabólica ou queda da hemoglobina após o primeiro<br />

mês de tratamento. Conclusão: A HCC é uma importante causa tratável de<br />

hepatopatia crônica que ainda apresenta índices limitados de sustentação da<br />

resposta virológica. O genótipo e a presença de fibrose hepática são importantes<br />

fatores associados a resposta viral.<br />

ID 395<br />

COMO SE ENCONTRA O FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO DOS PACIENTES<br />

COM HEPATITE B CRÔNICA NO CEARÁ?<br />

LIMA JMC, FERNANDES SG, HYPPOLITO EB, CARNEIRO FOAA, ARAÚJO<br />

DH, CRUZ JNM, VILAR DCLF, MOTA ACCR, CASTRO VQ, PESSOA NT<br />

SERVIÇO DE GASTRO-HEPATOLOGIA DO HUWC/UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO CEARÁ E HSJ-SESA FORTALEZA-CEARÁ. LACEN-CE, SESA-<br />

CE, COASF-CE<br />

Fundamentos: O tratamento da Hepatite B Crônica (HBC) modificou-se<br />

bastante desde que foi lançada a última diretriz do MS do Brasil (2002). Novos<br />

conceitos surgiram, novas definições, novas drogas, o papel central da carga<br />

viral do vírus B no acompanhamento e na definição de resposta virológica,<br />

resistência primária e resistência secundária. A detecção precoce da resistência<br />

aos análogos núcleos(t)ídios e a imediata associação ou substituição por um<br />

esquema mais eficaz, é fundamental, evitando o risco de resistência múltipla,<br />

uma preocupação crescente dos hepatologistas, infectologista e clínicos que<br />

acompanham esses pacientes. Não sabemos dimensionar o problema uma<br />

vez que os dados disponíveis são falhos. Especificamente em nosso Estado<br />

que desde maio de 2002, após o primeiro transplante de fígado realizado tem<br />

se tornado um centro de referência para região Norte e alguns estados do<br />

Nordeste. Objetivo: avaliar o fluxograma de dispensação de medicação para<br />

o tratamento de HBC no Ceará, propor um protocolo de tratamento, e integração<br />

entre os serviços que fazem atendimento terciário (HUWC, HSJ, HGF), junto<br />

com o Coasf e a SESA. Metodologia: levantamento junto a SESA, o Coasf e<br />

os serviços terciários do número de casos em tratamento e que se encontra<br />

aguardando a liberação pelo Estado dos novos medicamentos: adefovir (ADV),<br />

entecavir (ETV), interferon peguilado. Resultado: total de 220 casos encontrase<br />

catalogado, 90% em tratamento com Lamivudina (LMV), num tempo variável<br />

(6 meses a 8 anos). Só recentemente os pacientes em acompanhamento no<br />

SUS passaram a ter acesso ao HBV-DNA quantitativo, e o diagnóstico de<br />

resistência a LMV baseia-se na maioria das vezes apenas na elevação das<br />

aminotransferases e na piora clínica, o que demora muito tempo para ser<br />

detectada, podendo agravar ainda mais o quadro clínico do paciente.<br />

Oficialmente cadastrado na SESA e Coasf esperando a liberação de ETV/<br />

ADV tem pelo menos 60 pacientes. Não existe um protocolo estadual<br />

atualizado, a medicação solicitada nem sempre segue um fluxograma e as<br />

diretrizes preconizadas nos últimos consensos. Conclusões: constatamos<br />

que o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento dos pacientes com<br />

hepatite B crônica em nosso Estado necessita de uma melhor integração<br />

entre os diversos setores: farmácia (Coasf), laboratório central (LACEN),<br />

SESA, os profissionais médicos, vigilância epidemiológica e a sociedade civil<br />

para melhorar e aperfeiçoar o tratamento e acompanhamento destes pacientes.<br />

ID 396<br />

AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA HEPÁTICA DE 198 PACIENTES OBESOS<br />

SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA<br />

BATISTA AC,FARIAS NT, NASCIMENTO TV,FAKHOURI R, ALMEIDA F,<br />

BOMFIM AMV,MELO GS,SANTOS SR,CERQUEIRA CCS<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, CLINICA<br />

ENDOGASTRO,ARACAJU,SERGIPE<br />

Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) compreende<br />

um espectro de lesões, variando da esteatose, esteato-hepatite (NASH),<br />

cirrose para CHC. Há uma evidente relação entre DHGNA e obesidade.<br />

Estudos demonstram que a DHGNA está presente em mais de 80% na<br />

morbidade da população obesa. A biópsia hepática é atualmente o método<br />

padrão-ouro para diagnóstico e prognóstico da DHGNA. É o único método<br />

capaz de diferenciar NASH de uma simples esteatose, graduar inflamação e<br />

estagiar fibrose. O sistema de uma classificação histopatológica utilizado na<br />

DHGNA foi proposto por Matteoni. Objetivo: Avaliar as alterações<br />

histopatológicas hepáticas em pacientes obesos submetidos à cirurgia<br />

bariátrica. Material e Método: Estudo transversal. Foram levantados 198<br />

laudos histopatológicos de biópsias hepáticas por agulha de indivíduos<br />

submetidos à cirurgia bariátrica com diagnóstico de DHGNA. As lâminas<br />

coradas em HE e tricrômico e analisadas pela classificação histológica de<br />

Matteoni Resultados: A idade média dos indivíduos foi de 37,96 anos (±11,54).<br />

Segundo os critérios de Matteoni, 41% dos indivíduos foram classificados<br />

como tipo I, 24% como tipo II, 25% como tipo III e 10% como tipo IV. A<br />

porcentagem de mulheres classificadas como tipo I foi 1,5 vezes maior que<br />

a de homens. Ao contrário, a porcentagem de homens classificados como<br />

tipo IV foi 1,75 vezes maior que das mulheres. As mulheres representaram<br />

61% da amostra e tiveram comprometimento hepatocitário mais brando,<br />

metade delas exibiam apenas esteatose hepatocitária (tipo de I de Matteoni).<br />

A incidência de fibrose hepática no grupo feminino foi baixa, com apenas 7%<br />

apresentando expansão fibrosa dos espaços porta, não sendo observada<br />

formação de septos fibrosos. Nos homens, a freqüência de fibrose hepática<br />

S 130

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