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Introdução: A progressão da fibrose hepática após a recorrência viral C vem<br />

se tornando um grande problema no acompanhamento dos pacientes<br />

transplantados. Alguns estudos sugerem que o surgimento e a progressão da<br />

fibrose tem sido mais intensos na última década. Fatores com a<br />

imunossupressão e o uso de doadores limítrofes precisão ser investigados.<br />

Método: No período de janeiro de 1997 a março de 2007, foram submetidos a<br />

OLT 307 pacientes com cirrose pelo VHC. Foram revisadas todas as<br />

biópsias hepáticas percutâneas (PBH) de 241 pacientes retrospectivamente.<br />

As PBHs foram realizadas somente em vigência de provas de função hepática<br />

alteradas e não de forma protocolar. Resultados: A média global de idade no<br />

dia do TOF foi de 54,5 anos (DP +- 7,8), sendo a média de idade das mulheres<br />

de 56,9 anos (DP +- 8,0) e dos homens de 52,2 anos (DP +- 7,6). O menor<br />

tempo de seguimento foi de um ano, em 7 casos (2,9%) e o maior de 170<br />

meses (14 anos). A PBH sem alterações compatíveis com recidiva viral C foi<br />

encontrada em 105 pacientes (43,5%), e a fibrose, em qualquer estágio, em<br />

134 pacientes (55,6%). A média de tempo de seguimento até a primeira<br />

biópsia com F1 foi de 9 anos e 6 meses, com F2 ou F3 12 anos, com F4 12<br />

anos e 10 meses (Tabela 1). A prevalência de óbito por todas as causas em<br />

241 pacientes foi de 21,5 % (52 casos). Onze pacientes faleceram devido a<br />

causas diretamente relacionadas a complicações decorrentes do<br />

restabelecimento da cirrose, perfazendo 4,7% do total de casos e 9% dos<br />

casos com recidiva viral histológica. Quatro pacientes (1,7%) foram submetidos<br />

a retransplante por complicações da cirrose após recidiva da doença.<br />

Tabela 1 - Incidência de fibrose pela classificação de METAVIR e tempo de<br />

seguimento até a biópsia alterada<br />

METAVIR Incidência (n pacientes) média de tempo até a alteração<br />

da biópsia (DP / IC 95%)<br />

F1 31,0% (75) 114,0 meses (4,7 / 104,9 a 123,3)<br />

F2 11,2% (27) 146,0 meses (3,9 / 137,0 a 152,2)<br />

F3 13,3% (32) 144,5 meses (3,9 / 137,0 a 152,2)<br />

F4 6,6% (16) 153,5 meses (3,6 / 146,5 a 160,6)<br />

Conclusão: Nos últimos 10 anos, a média de tempo de progressão da fibrose<br />

até F1 tem sido lenta. Uma vez estabelecido os estágios METAVIR F2 ou F3,<br />

a progressão para cirrose evolui de forma rápida e está completa em torno de<br />

um ano. Todos os esforços devem ser feitos para frear este processo antes<br />

que a cirrose de novo se estabeleça, evitando o risco de complicações e<br />

morte. Além disso, permanece obscuro o que acontece com uma parte<br />

significativa de nossos transplantados (43,5%), que permanecem com<br />

METAVIR F0 por um longo período de tempo. Outros estudos devem ser<br />

realizados para elucidar quais são os fatores protetores para este subgrupo.<br />

ID 464<br />

IMPORTÂNCIA DA TERAPIA IMUNOSSUPRESSORA NA RECIDIVA<br />

HISTOLÓGICA DA HEPATITE VIRAL C APÓS TRANSPLANTE ORTOTÓPICO<br />

DE FÍGADO (TOF), ESTUDO DE COORTE HISTÓRICA.<br />

MÁRIO HENRIQUE MEINE, CLÁUDIO AUGUSTO MARRONI, CARLOS<br />

THADEU CERSKI, AJÁCIO BRANDÃO, ALFEU DE MEDEIROS FLECK JR.,<br />

MARCUS VINÍCIUS OSÓRIO, MARCOS MUCENIC, GUILLERMO KISS, IAN<br />

LEIPNITZ, EDUARDO SOARES SCHLINDWEIN, MARIA LÚCIA ZANOTELLI,<br />

GUIDO PIO CRACCO CANTISANI<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE<br />

(UFCSPA) -<br />

GRUPO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO – ISCMPA<br />

Introdução: A importância da terapia imunossupressora no transplante<br />

ortotópico de fígado (TOF) é inegável. Alguns estudos recentes sugerem que<br />

a potência e o uso desmedido dos novos agentes imunossupressores pode<br />

vir a acelerar o surgimento da recidiva viral C recorrência histológica e<br />

progressão da fibrose hepática. Método: No período de janeiro de 1995 a<br />

março de 2007, foram submetidos a TOF 366 pacientes com cirrose pelo<br />

VHC. Cinqüenta e oito pacientes (15,8%) faleceram antes de completar o<br />

primeiro ano de transplante e oito (2,2%) foram excluídos por falta de<br />

seguimento. Foram revisadas, retrospectivamente, todas as biópsias<br />

percutâneas hepáticas (PBH) de 299 pacientes submetidos a TOF com doador<br />

falecido. Resultados: A ciclosporina foi utilizada em 115 pacientes (39%),<br />

sendo a associação com micofenolato usada em 51 pacientes (17,2%). O<br />

tacrolimus foi aplicado em 180 pacientes (61%), sendo usado com micofenolato<br />

em 98 pacientes (33,2%). A associação de micofenolato mofetil ou sódico foi<br />

utilizada em 149 pacientes (50,5%) dos 295 pacientes. O tempo médio de uso<br />

da prednisona foi de 17 meses, sendo o tempo mínimo de 3 meses, em 3<br />

pacientes, e o máximo de 106 meses, em um único caso. A mediana do<br />

tempo de uso de prednisona foi de 19 meses. Os pacientes que utilizaram<br />

prednisona por mais tempo foram aqueles que apresentaram rejeição celular<br />

aguda (RCA) de maior gravidade e em maior número de episódios. (pá=0,015).<br />

A análise univariada do uso de prednisona foi associada com o surgimento de<br />

recidiva viral C. Os pacientes que usaram prednisona por mais do que 10<br />

meses de tratamento tiveram maior incidência de recidiva histológica<br />

(pá=0,0375).Os pacientes que apresentaram dois ou mais episódios de RCA,<br />

tratados com doses mais altas de tacrolimus e micofenolato, tiveram uma<br />

incidência maior de recidiva viral C histológica do que os pacientes tratados<br />

com os outros esquemas imunossupressores nessa situação (pá=0,013).<br />

Estes dados não foram confirmados pela análise multivariada, que considerou<br />

idades de doador e receptor, raças, sexo, tempo de isquemia fria (TIF),<br />

genótipo, antigenemia positiva para CMV, tratamento do VHC, RCA e<br />

esquemas de imunossupressão (pá=0,43). A taxa de progressão média da<br />

fibrose foi de 0.89 UF/ano, analisada em 89 pacientes com PBH sequenciais,<br />

e só foi significativamente pior para TIF maiores do que 12 horas. Conclusão:<br />

Nenhum dos esquemas imunossupressores utilizados foi implicado em<br />

possibilitar uma maior incidência de recidiva histológica viral C. No entanto,<br />

o uso regimes mais prolongados e doses mais altas de tacrolimus, micofenolato<br />

e prednisona para tratamento de episódios recorrentes de rejeição celular<br />

aguda podem aumentar o risco de recidiva viral C e devem ser melhor<br />

investigados em estudos mais amplos.<br />

S 44

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