08.04.2015 Views

Resumos

Resumos

Resumos

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Homem de 24 anos apresentando icterícia colestática após uso de azitromicina<br />

por 3 dias para tratamento de piodermite. À admissão estava ictérico, fígado<br />

e baço não palpáveis e exames mostravam BT 28 mg/dl(BD 21 mg/dl), AST<br />

93 ui/l, ALT 137 ui/l, FA 184 ui/l, GGT 32 ui/l e AP 100%. Foram descartadas<br />

outras causas de doenças hepatobiliares. Em 2 meses de evolução os exames<br />

eram AST 85 ui/l, ALT 105 ui/l, GGT 41 ui/l FA 138 ui/l. Com a suspensão da<br />

medicação houve resolução completa do quadro após 3 meses. Um ano<br />

após, devido a sinusopatia, foi medicado com amoxicilina e, após o primeiro<br />

dia, apresentou novamente icterícia colestática, com BT 11,3 mg/dl (BD 7,2<br />

mg/dl), AST 89 ui/l, ALT 122 ui/l, GGT 45 ui/l, FA 140 ui/l e AP 100%. Nova<br />

investigação para afastar outras etiologias de doenças hepáticas resultou<br />

negativa. Com tratamento clínico houve resolução completa do quadro após<br />

11 semanas de suspensão do fármaco. Novos exames evidenciaram: BT 0,8<br />

mg/dl(BD 0,3 mg/dl), AST 34 ui/l, ALT 30 ui/l,FA63,GGT25 ui/l e AP89%.<br />

DISCUSSÃO: Hepatotoxicidade relacionada a antibióticos é, na maioria dos<br />

casos, assintomática e cursa com lesão hepática leve. Pode cursar com<br />

dano hepatocelular, colestático ou misto. A azitromicina pode levar, raramente,<br />

à injúria hepática por mecanismo de hipersensibilidade com lesão ductal e<br />

colestase. A amoxicilina, quando usada isoladamente, pode cursar com<br />

elevações assintomáticas de transaminases e raramente hepatite colestática.<br />

O seu mecanismo de hepatotoxicidade permanece incerto. A importância<br />

deste caso é a demonstração de possível mecanismo de sensiblização<br />

produzindo quadro de hepatite colestática por antibióticos de classes diferentes,<br />

com vias de metabolização e mecanismo de lesão hepática distintos.<br />

CONCLUSÃO: Este relato atenta para o fato de que devemos sempre buscar<br />

causa medicamentosa para quadros hepáticos não definidos. O reconhecimento<br />

precoce, a suspensão da droga e o suporte clínico, assim como o<br />

aconselhamento sobre a não reutilização das mesmas são as medidas mais<br />

eficazes para evitar lesões hepáticas mais graves.<br />

ID 248<br />

EXACERBAÇÃO BIOQUÍMICA DA INFECÇÃO CRÔNICA PELO VÍRUS DA<br />

HEPATITE B EM TRANSPLANTADOS RENAIS<br />

EMORI CT; PEREZ RM; LEMOS LVB; UEHARA, SNO; MELO IC; OLIVEIRA,<br />

PSF; WHALE, RC; SILVA, ISS; FELDNER ACCA; MATOS CAL; LANZONI<br />

VP; SILVA AE; FERRAZ ML<br />

SETOR DE HEPATITES, ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP<br />

Introdução: A reativação do vírus da hepatite B (HBV) é um evento grave em<br />

transplantados renais (TxR) e tem se tornado prática indicar lamivudina (LAM),<br />

profilaticamente no momento do transplante, devido à sua ação antiviral. O<br />

objetivo foi avaliar a prevalência de exacerbação bioquímica em TxR com<br />

infecção crônica pelo HBV e correlacionar com o tempo de seguimento pós-<br />

TxR, a presença de replicação viral e a evolução clínica. Material e Métodos:<br />

Foram incluídos pacientes (TxR) com HBsAg positivo por pelo menos 6<br />

meses, no período de 1998 a 2008, de ambos os sexos, com idade acima de<br />

18 anos e com avaliação clínica e bioquímica. Foram excluídos pacientes<br />

com consumo de álcool acima de 50g/dia e com HIV. Todos foram avaliados<br />

quanto à idade, sexo, tipo de doador, tempo de seguimento pós-TxR, nível de<br />

ALT, HBeAg, HBV-DNA, anti-HCV, HCV-RNA, terapia imunossupressora e<br />

emprego ou não da LAM. Nos pacientes submetidos à biópsia hepática após<br />

o TxR, que era indicada em pacientes com evidência de replicação viral<br />

independentemente do nível de ALT, foram analisadas variáveis histológicas.<br />

Resultados: 140 TxR com HBsAg positivo; 10 anos (17-74) e média do<br />

tempo99 (71%) masculino, com média de idade de 46 de acompanhamento<br />

pós-TxR foi de 7 ± 5 anos. Durante o período de seguimento, 35/140 (25%)<br />

apresentaram elevação de ALT caracterizando exacerbação bioquímica. Este<br />

evento ocorreu em média 3,4±3 anos após o TxR. Entre os pacientes que<br />

apresentaram exacerbação, foi possível caracterizar a presença de replicação<br />

viral em 33/33 (100%) com HBV DNA e/ou HBeAg e/ou HBc no tecido. Foi<br />

realizada biópsia hepática em 30/35 (85,7%). Quanto à evolução clínica, 10/<br />

35 pacientes evoluíram com resolução espontânea do quadro bioquímico sem<br />

evidências de perda de função hepática; em 25/35 (62,8%) foi iniciado<br />

tratamento com LAM e apenas 3/35 (9%) estavam em uso de LAM preemptiva/<br />

profilática. Conclusão: A exacerbação bioquímica é um evento freqüente em<br />

TxR com infecção crônica pelo HBV, tendo ocorrido em 25% dos pacientes. O<br />

início da reativação viral ocorreu de forma mais tardia em relação a outros<br />

relatos. Este dado demonstra que a exacerbação pode não ser um evento tão<br />

precoce e isto deve ser considerado nas recomendações quanto ao tempo de<br />

uso de LAM profilática, que deve ser estendido por períodos prolongados no<br />

pós-TxR. Considerando a freqüência e a gravidade da exacerbação bioquímica<br />

que ocorre em TxR, seria importante identificar eventuais fatores preditivos<br />

deste evento.<br />

ID 249<br />

EFEITO PROTETOR DO YHK NA EXPRESSÃO DE SREBP-1C EM ESTEATO-<br />

HEPATITE (ENA) EXPERIMENTAL: REGULAÇAÕ DA LIPOGÊNESE HEPATICA.<br />

I.V. A. PEREIRA, V. M. R. LIMA, J. T. STEFANO, V. DEBBAS, F. J. CARRILHO,<br />

C. P. M. S. OLIVEIRA<br />

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-<br />

DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA- SÃO PAULO-SP INSTITUTO<br />

DO CORAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS- SÃO PAULO SP<br />

Introdução e objetivos: Yo Jyo Hen Shi Ko(YHK) é um composto natural que<br />

possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Estudos recentes<br />

realizados pelo nosso grupo demonstraram que YHK exerce um efeito protetor,<br />

limitando o acúmulo de lipídico intra-hepático em modelo animal de esteatohepatite<br />

(ENA). Esses dados sugerem uma possível ação do YHK na regulação<br />

do metabolismo lipídico intra-hepático. O objetivo deste estudo foi avaliar o<br />

efeito do YHK na expressão dos genes Carnitine palmitoyltransferase I(CPT1)<br />

e Sterol regulatory element-binding protein 1(SREBP1-c) que participam<br />

ativamente desse mecanismo. Métodos: ENA foi induzida em camundongo<br />

ob/ob por meio de dieta deficiente em colina e metionina por 4 semanas, o<br />

controle recebeu dieta padrão. 18 camundongos ob/ob foram divididos em<br />

três grupos: Dieta (DCM), Dieta+YHK(YHK), e Controle (CTRL). Os animais<br />

tratados com YHK (YHK; n=6) receberam solução oral do composto por<br />

gavagem (20mg/kg/dia) enquanto o grupos DCM (n=6) e CTRL (n=6) receberam<br />

apenas solução fisiológica. Após 4 semanas os animais foram anestesiados<br />

com cloridrato de ketamina e sacrificados. As amostras de fígado foram<br />

coletadas para análise histológica, extração de RNA e proteínas. A análise da<br />

expressão gênica do SREBP-1c e da CPT1 foi realizada por RT-qPCR com<br />

primers específicos, utilizando â-actina como controle interno. A expressão<br />

protéica de SREBP-1c foi analisada por Western Blotting. Resultados: Foi<br />

observado um aumento na expressão do expressão do RNAm do SREBP1c<br />

no grupo DCM quando comparado ao grupo CTRL(p

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!