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ID 119<br />
VALOR PREDITIVO DO HCV-RNA DA SEMANA 12 PARA RESPOSTA<br />
VIROLÓGICA SUSTENTADA NO TRATAMENTO DA HEPATITE C CRÔNICA<br />
EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE<br />
PEREIRA, PSF UEHARA, SNO PEREZ, RM MELO, IC EMORI, CT SILVA,<br />
ISS SILVA, AEB FERRAZ, ML<br />
SETOR DE HEPATITES - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DE SÃO PAULO<br />
Introdução e objetivo: A determinação do HCV-RNA de 12ª semana de<br />
tratamento, na terapia com interferon (IFN) para pacientes com hepatite C<br />
crônica tem sido útil como fator preditivo negativo de resposta virológica<br />
sustentada (RVS) em não urêmicos. Em pacientes com doença renal crônica<br />
(DRC) em diálise a importância desta determinação ainda não está<br />
estabelecida. O objetivo deste estudo foi avaliar se a persistência do HCV-<br />
RNA na 12ª semana pode ser considerada um bom fator preditivo de ausência<br />
de resposta à monoterapia com IFN em pacientes em hemodiálise. Material e<br />
Métodos: Estudo retrospectivo que incluiu pacientes renais crônicos em diálise,<br />
portadores de hepatite C crônica (anti-HCV e HCV-RNA positivo), tratados<br />
entre 1997 e 2008, que completaram o tratamento com IFN em monoterapia<br />
por 52 semanas e tinham avaliação de RVS, além de amostra de soro<br />
disponível para pesquisa de HCV-RNA na semana 12. Resultados: Trinta e<br />
oito pacientes foram incluídos, com média de idade 47 anos, 74% do sexo<br />
masculino e 79% com genótipo 1. Fibrose septal/cirrose foi observada em<br />
39% dos pacientes. O tempo de diálise variou de 1 a 19 anos e a principal<br />
causa conhecida da DRC foi hipertensão arterial sistêmica. A mediana do<br />
tempo estimado de infecção foi de 8 anos. O HCV-RNA estava indetectável<br />
em 66% dos pacientes na 12ª semana e em 65% ao final do tratamento com<br />
IFN. RVS foi obtida em 11 dos 38 pacientes (29%). Dentre estes, 10<br />
apresentavam HCV-RNA indetectável na semana 12. Por outro lado, entre os<br />
13 pacientes que apresentavam HCV-RNA positivo na semana 12, observouse<br />
que 12 foram não respondedores ao tratamento (valor preditivo negativo<br />
de 92%). Conclusão: O HCV-RNA de 12ª semana de tratamento tem alto<br />
valor preditivo negativo de resposta virológica sustentada em pacientes<br />
hemodialisados portadores de hepatite C crônica tratados com IFN por 52<br />
semanas. Portanto, se o HCV-RNA de 12ª semana for positivo, a interrupção<br />
do tratamento deve ser indicada, devido à pouca chance de resposta. Este<br />
fato é especialmente importante considerando que este grupo de pacientes<br />
apresenta grande número de comorbidades e baixa tolerância ao tratamento<br />
com IFN.<br />
ID 120<br />
RITUXIMABE NO TRATAMENTO DA CRIOGLOBULINEMIA MISTA ASSOCIADA<br />
À HEPATITE C CRÔNICA<br />
PEREIRA, PSF LEMOS, LB UEHARA, SNO SILVA, ISS SILVA, AEB FERRAZ,<br />
ML<br />
SETOR DE HEPATITES - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DE SÃO PAULO<br />
Introdução e objetivo. A crioglobulinemia mista associada ao vírus da hepatite<br />
C (CM-VHC) tem alta prevalência e forte evidência patogenética. Dependendo<br />
da gravidade dos sintomas, a abordagem terapêutica é desafiadora. O objetivo<br />
deste estudo foi descrever a evolução em longo prazo de uma paciente com<br />
manifestação cutânea, articular e neural da CM-VHC, tratada com rituximabe<br />
(RTX). Material e Método. Análise de prontuário médico. Relato do caso.<br />
Paciente feminina de 42 anos, em 2002 procurou atendimento por púrpura e<br />
úlcera em MMII e teve diagnóstico de CM e hepatite C crônica (genótipo 1a/<br />
1b e carga viral > 850.000 UI/ml, provável contaminação por transfusão<br />
sanguínea em 1981). Biopsia hepática mostrou fibrose grau 3 e atividade<br />
inflamatória grau 2 (Metavir) e a paciente foi tratada com interferon (IFN) e<br />
ribavirina, sem resposta. Em 2004 a paciente compareceu em nosso serviço<br />
apresentando úlcera supramaleolar em perna esquerda, púrpura até raiz de<br />
coxa, artralgias, dor e parestesia distal em MMII. Há 8 meses usando<br />
deflazacorte 30 mg/d, paracetamol+codeína, sem alívio dos sintomas. Exames:<br />
ALT normal, creatinina 0,6 mg/dl, proteinuria de 24h 200mg, crioglobulinas<br />
1.479 mg/dl (referência 20-50). A paciente foi tratada com PegIFN á2b e<br />
ribavirina por 48 semanas, teve melhora parcial dos sintomas e obteve<br />
resposta virológica com recidiva. Acompanhando a recidiva, houve piora dos<br />
sintomas. Ela foi, então, submetida à terapia com RTX na dose de 375 mg/m2<br />
de superfície corporal/semana, por 4 semanas. Metilprednisolona 100mg,<br />
paracetamol 100 gotas e difenidramina 50 mg eram administrados 30 min<br />
antes das aplicações do RTX. A paciente apresentou febre e rash malar após<br />
a primeira infusão, sem outros efeitos adversos. O tratamento resultou em<br />
melhora imediata da artralgia e cicatrização progressiva da úlcera cutânea<br />
ativa há 5 anos, que se completou em 2 meses. Ao sexto mês pós-RTX a<br />
parestesia distal de MMII havia desaparecido. Pesquisa de crioglobulinas<br />
estava indetectável. Atualmente, 24 meses após a terapia com RTX, a paciente<br />
encontra-se assintomática, com pesquisa de crioglobulinas indetectável e<br />
complemento C4 14,3 mg/dl (10-40). Conclusão. O RTX foi eficaz em induzir<br />
resposta clínica e imunológica sustentada por longo prazo no tratamento da<br />
vasculite crioglobulinêmica associada ao VHC. Este caso enfatiza que esta<br />
nova modalidade terapêutica pode ser uma opção para casos que não<br />
respondem ou são intolerantes à terapia baseada em IFN e ribavirina.<br />
ID 121<br />
EFEITO BENÉFICO DO FERRO NA RESPOSTA VIROLÓGICA SUSTENTADA<br />
AO TRATAMENTO DA HEPATITE C CRÔNICA<br />
PEREIRA, PSF SILVA, ISS UEHARA, SNO EMORI, CT MELO, IC LANZONI,<br />
VP SILVA, AEB FERRAZ, ML<br />
SETOR DE HEPATITES - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DE SÃO PAULO<br />
Introdução e objetivo. O ferro é um elemento essencial à vida e sua relação<br />
com infecção pelo vírus da hepatite C e resposta terapêutica é bastante<br />
estudada e continua controversa. Anteriormente aceito como fator preditivo<br />
negativo de resposta, este fato não foi confirmado em outros trabalhos e,<br />
mais recentemente, no grande estudo HALT-C, as mutações HFE tiveram<br />
associação com maior chance de resposta virológica sustentada (RVS) e<br />
correlação direta com ferritina e siderose no tecido hepático. Por outro lado,<br />
o nível crítico da concentração de ferro hepático (CFH) permanece arbitrário<br />
e alguns valores foram estudados na literatura. O objetivo deste trabalho foi<br />
avaliar a influência do ferro hepático no resultado do tratamento antiviral em<br />
pacientes portadores de hepatite C crônica tratados com interferon (IFN)/<br />
PegIFN e ribavirina. Material e Métodos. O estudo incluiu pacientes portadores<br />
de hepatite C crônica (anti-HCV e HCV-RNA positivos) submetidos à biopsia<br />
entre 2000 e 2001 que tinham disponível a determinação de ferro no tecido<br />
hepático através da espectrofotometria de absorção atômica com forno de<br />
grafite e que foram tratados com IFN/PegIFN e ribavirina. A concentração de<br />
ferro hepático foi determinada em mcg/g de tecido seco e comparada entre<br />
respondedores e não-respondedores. Resultados. Cinquenta pacientes foram<br />
incluídos, com média de idade 46 anos, 60% do sexo masculino e 76% com<br />
genótipo 1. O tempo médio estimado de infecção pelo vírus C foi 20 anos e<br />
20% tinham fibrose graus 3 e 4 (SBP/SBH). A CFH variou de 13,3 a 6.366,6<br />
µg/g, com mediana de 459 µg/g. Na análise do nível de corte de 800 µg/g,<br />
observou-se que os pacientes com CFH acima deste valor tiveram maior<br />
chance de RVS do que aqueles abaixo deste (63,3% x 28,2%, respectivamente,<br />
p = 0,04). Conclusão. Em nossa amostra, pacientes com nível de ferro maior,<br />
sem necessariamente sobrecarga, tiveram maior chance de RVS de maneira<br />
significante. É possível que dentro de uma faixa ótima, a concentração de<br />
ferro elevada seja benéfica para a resposta imune.<br />
ID 122<br />
DEPRESSÃO E INTERFERON NA HEPATITE C<br />
MEDEIROS, LPJ; MEDEIROS, RBV; LIMA, MBC; KABOUK, FB; BRANDÃO-<br />
MELLO, CE.<br />
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFRÉE E GUINLE - UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO<br />
Introdução: O tratamento para hepatite C, sustentado na terapia com interferon<br />
peguilado e ribavirina, parece associar-se a efeito colateral possivelmente<br />
relacionado à terapia com interferon: a depressão - condição clínica que<br />
parece repercutir negativamente na aderência ao tratamento, na qualidade de<br />
vida e no sucesso do cuidado ao paciente com hepatite C. Objetivos: Avaliar<br />
a incidência e magnitude de sintomas depressivos em pacientes portadores<br />
de hepatite C submetidos ao tratamento com INF peguilado e ribavirina;<br />
avaliar a correlação entre o comportamento das sub-escalas psicomotoras ou<br />
somáticas em relação às respectivas escalas totais. Metodologia: Estudo<br />
observacional prospectivo avaliou os sintomas depressivos de 50 pacientes<br />
portadores de hepatite C submetidos ao tratamento com interferon peguilado<br />
e ribavirina em distintos momentos planejados (pré-tratamento, na 12ª, 24ª e<br />
48ª semanas). Foram utilizados para a avaliação 2 instrumentos psicométricos<br />
– Inventário de Depressão de Beck (BDI) e a Escala de Rastreamento<br />
Populacional para Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos (CES-<br />
D). Resultados: A incidência de depressão induzida por interferon, segundo a<br />
avaliação conjunta de CES-D e BDI, foi de 46% (IC 95% = 32,6% a 59,9%).<br />
Observou-se diferença estatisticamente significativa no incremento de<br />
sintomas depressivos tanto pela CES-D quanto pelo BDI. O BDI mostrou<br />
variabilidade expressiva de incremento nos sintomas depressivos na 24ª<br />
semana em relação ao pré-tratamento (p-valor