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de hepatite crônica C com intensa hepatite de interface, a freqüência de<br />

sobreposição com hepatite auto-imune. Pacientes e Métodos: Entre 1759<br />

portadores de hepatite C submetidos à biópsia hepática, no período de 1994<br />

a 2007, 92 (5,2%) apresentavam intensa atividade necroinflamatória periportal.<br />

Esses pacientes foram comparados com um grupo controle (relação 1:1)<br />

composto por portadores de hepatite C crônica com graus menos intensos de<br />

atividade periportal. Os grupos foram comparados quanto à presença de<br />

FAN, níveis de gamaglobulina e achados histológicos sugestivos de hepatite<br />

auto-imune. No grupo com intensa hepatite de interface, foi também realizada<br />

a pesquisa de anticorpos anti-músculo liso (AML), anti-mitocondria (AMA) e<br />

anti-LKM1 Resultados: No grupo com intensa hepatite de interface observouse<br />

prevalência muito baixa de auto-anticorpos: AML (4%), AMA (1%) e anti-<br />

LKM1 (0%), todos em baixos títulos. Na análise comparativa, a prevalência<br />

de FAN (11% vs. 9%; p=0,59) e os níveis de gamaglobulina (p=0,19) foram<br />

semelhantes entre os grupos. Na análise histológica, não houve diferença<br />

quanto à presença de infiltrado linfoplasmocitário (p=0,25). Por outro lado,<br />

agregados linfóides (p=0,02) e lesão de ducto biliar (p=0,03), marcadores<br />

etiológicos de infecção pelo HCV, foram mais prevalentes no grupo com<br />

intensa hepatite de interface. Neste grupo, apenas dois pacientes (2%)<br />

preencheram critérios de HAI. Conclusão: A ausência de níveis mais elevados<br />

de gamaglobulina, a baixa prevalência de auto-anticorpos e a ocorrência de<br />

achados histológicos típicos de hepatite auto-imune em apenas dois casos<br />

(2%) indicam que a sobreposição com HAI é um evento muito raro em<br />

portadores de hepatite C, mesmo entre aqueles com intensa hepatite de<br />

interface. Estes achados, associados à maior prevalência de marcadores<br />

etiológicos de infecção pelo HCV na análise histológica, sugerem que a<br />

intensa hepatite de interface observada em alguns pacientes com hepatite C<br />

deve estar mais relacionada a uma interação vírus-hospedeiro do que à<br />

sobreposição com HAI.<br />

ID 334<br />

HCV NA SALIVA E EM GLÂNDULAS SALIVARES E SUA ASSOCIAÇÃO COM<br />

DESORDENS SALIVARES EM PACIENTES COM HEPATITE C CRÔNICA<br />

GROSSMANN SMC1 , TEIXEIRA R2; OLIVEIRA GC3; CARMO MAV1<br />

1 DEPARTAMENTO DE CLÍNICA, PATOLOGIA E CIRURGIA ODONTOLÓGICA,<br />

FACULDADE DE ODONTOLOGIA, 2 DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA,<br />

FACULDADE DE MEDICINA E INSTITUTO ALFA DE<br />

GASTROENTEROLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 3<br />

INSTITUTO RENÉ RACHOU, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ)<br />

BELO HORIZONTE, MG, BRAZIL.<br />

Introdução: O sialotropismo do HCV tem sido associado a manifestações<br />

extra-hepáticas, como xerostomia e sialoadenite, em pacientes com hepatite<br />

C crônica. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar a prevalência do<br />

HCV RNA na saliva e em glândulas salivares e sua possíveil associação com<br />

desordens bucais em portadores de CHC. Metodologia: Estudo transversal<br />

que incluiu 136 pacientes com hepatite C crônica (anti-HCV e HCV RNA<br />

positivos) no pré-tratamento. Critérios de exclusão: co-infecção HIV, HBV,<br />

doenças auto-imunes, uso de corticosteróides, AINES e antidepressivos. O<br />

HCVRNA foi isolado por RT-nested-PCR em amostras de saliva (n=136) e em<br />

biópsias de glândulas salivares (n=65). Xerostomia foi avaliada clinicamente<br />

e os fluxos salivares não estimulado (NSSF) e estimulado (SSF) foram<br />

mensurados. Consideraram-se os valores de NSSF e SSF >0.3ml/min e<br />

>1.5ml/min normais, e d”0.1ml/min e d”0.7ml/min, respectivamente, indicativos<br />

de hiposalivação. Exames intra-bucais (n=136) e biópsias de glândulas salivares<br />

(n=65) foram realizados conforme protocolo. O estudo foi aprovado pelo<br />

Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG.<br />

Resultados: Incluiram-se 71 (52.2%) homens e 65 (47.8%) mulheres, com<br />

média de idade de 58.1 anos. Alterações de mucosa bucal foram observadas<br />

em 76 (55.9%) e xerostomia foi sintoma relatado por 48/136 (35.3%) pacientes.<br />

O volume médio de NSSF e SSF foi 0.76 mL (0.03-3.33 mL), e 1.59 (0.13-<br />

4.67 mL), respectivamente. Hiposalivação foi observada em 16 (11.8%)<br />

NSSF e em 21 (15.4%) SSF (p=NS). O gênero feminino foi associado à<br />

hiposalivação no SSF (OR=4.22). HCV RNA foi detectado nas amostras de<br />

saliva de 41/136 (30.1%) pacientes e em 12/65 (18.5%) glândulas salivares.<br />

Seis (9.2%) pacientes tiveram concomitante HCV RNA positivo na saliva e<br />

nas glândulas salivares. 11/136 (8.0%) tinham xerostomia e hiposalivação,<br />

sendo que 2/11 (1.5%) apresentaram HCV RNA positivo na saliva e nas<br />

glândulas salivares. 31 (22.8%) pacientes tiveram diagnóstico histológico de<br />

sialoadenite, sendo HCV RNA positivo na saliva em 10/31 (7.4%) e em<br />

glândula salivar em 3/31 (2.2%) desses pacientes. Conclusões: Xerostomia,<br />

hiposalivação e sialoadenite são frequentes em pacientes com hepatite C<br />

crônica. A presença de HCV na saliva e em glândula salivar confirma o<br />

sialotropismo do HCV. A infecção de glândulas salivares pelo HCV resultando<br />

em desordens salivares é fortemente sugerida neste estudo.<br />

ID 335<br />

SEGURANÇA DA BIÓPSIA HEPÁTICA PERCUTÂNEA EM PORTADORES DE<br />

DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE COM INFECÇÃO CRÔNICA<br />

PELO VÍRUS DA HEPATITE C (HCV)<br />

AZEVEDO RT, JORGE FAV, POLLACK-FILHO FR, TRINDADE LZ, FELDNER<br />

ACCA, NARCISO-SCHIAVON JL, SCHIAVON LL, BARBOSA DV, LANZONI<br />

VP, CARVALHO-FILHO RJ, FERRAZ MLG, SILVA AE<br />

SETOR DE HEPATITES, ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP<br />

Introdução e objetivos: O exame anátomo-patológico de fragmento de tecido<br />

hepático obtido por biópsia é o método padrão-ouro para a avaliação da<br />

gravidade das hepatopatias crônicas. Apesar de constituir prática invasiva, a<br />

biópsia hepática percutânea (BHP) é considerada um procedimento seguro,<br />

de baixa morbi-mortalidade. Entretanto, não há consenso sobre a segurança<br />

da BHP em portadores de doença renal crônica em hemodiálise (DRCHD),<br />

nos quais a disfunção plaquetária se associa a risco aumentado de hemorragias<br />

cirúrgicas. O objetivo deste estudo é avaliar a segurança da BHP em pacientes<br />

HCV+ com DRCHD. Material e métodos: Trata-se de estudo retrospectivo<br />

feito por revisão de prontuários e realizado em um único centro de referência<br />

para o atendimento de doenças hepáticas. A BHP foi sistematicamente indicada<br />

para pacientes com anti-HCV(+) e HCV-RNA(+) no soro, independentemente<br />

do nível de ALT. BHP foi feita com agulha do tipo Trucut (14G ou 16G), guiada<br />

ou marcada por USG, sem utilização de DDAVP. Resultados: Nesta análise<br />

preliminar, foram incluídos 105 pacientes HCV+ com DRCHD. Amostra aleatória<br />

de 59 indivíduos com função renal normal submetida à BHP no mesmo<br />

período foi usada como grupo controle. Os dois grupos foram semelhantes<br />

em relação à idade, gênero, nível de atividade de protrombina e contagem de<br />

plaquetas. Fibrose hepática significativa (Ee”3 – SBP/SBH) foi mais comumente<br />

encontrada no grupo controle (25% vs. 6%; P=0,001). A agulha Trucut 16G foi<br />

mais freqüente usada no grupo DRCHD (31% vs. 6%; P=0,001). A incidência<br />

global de complicações após a BHP foi maior no grupo DRCHD (67% vs.<br />

43%; P=0,002), sendo a dor local com necessidade de analgesia o evento<br />

mais comum (63% em DRCHD vs. 41% nos controles; P=0,009). Hemorragia<br />

significativa foi identificada em 4 casos no grupo DRCHD e em nenhum<br />

controle (4% vs. 0%; P=0,297). Dentre os casos de hemorragia, nenhum<br />

exibia Ee”2, dois foram biopsiados com 14G e dois com 16G. Tratamento<br />

cirúrgico ou embolização não foram necessários. Um paciente recebeu<br />

transfusão de hemocomponentes e não houve nenhum óbito. Um caso de<br />

síndrome vaso-vagal foi observado no grupo controle e um caso de laceração<br />

peritoneal ocorreu no grupo DRCHD. Conclusões: Complicações pós-BHP<br />

são freqüentes em pacientes com DRCHD. Embora estas sejam leves e<br />

possuam evolução benigna na maioria dos casos, indivíduos com DRCHD<br />

parecem apresentar risco aumentado de hemorragia significativa.<br />

ID 361<br />

NOVAS ALTERAÇÕES COGNITIVAS DETECTADAS EM CIRRÓTICOS SEM<br />

ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: UM ESTUDO CONTROLADO<br />

BRAGAGNOLO JÚNIOR MA, PIMENTEL CFMG, TEODORO V, LUCCHESI<br />

LM, SANTOS RF, TUFIK S, KONDO M<br />

DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA E DEPARTAMENTO DE<br />

PSICOBIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO / ESCOLA<br />

PAULISTA DE MEDICINA.<br />

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: A cirrose hepática, a despeito de encefalopatia<br />

hepática (EH), é associada a importantes disfunções cognitivas, sobretudo<br />

déficit de atenção e memória. Outros aspectos cognitivos ainda são pouco<br />

conhecidos nestes pacientes, tais como a capacidade de abstração, a percepção<br />

visuo-espacial e o processamento mental das informações. O presente estudo<br />

re-avalia as conhecidas disfunções presentes neste grupo (atenção e memória)<br />

e pesquisa eventuais outras alterações importantes. Material e métodos:<br />

Avaliados cirróticos sem EH (grupo experimental), através dos seguintes<br />

testes: Teste de Pares Verbais Associados modalidade fácil e difícil (TPVAfácil<br />

e TPVA-difícil); Teste de Amplitude de Números e Teste com Blocos de<br />

Corsi nas ordens direta e inversa (TAN-OD, TAN-OI, TBC-OD e TBC-OI,<br />

respectivamente), sendo comparados com controles saudáveis (grupo controle)<br />

pareados por idade e escolaridade submetidos aos mesmos testes.<br />

RESULTADOS: Avaliados 56 no grupo experimental e 77 controles saudáveis.<br />

Foi observada significativa redução no desempenho do grupo experimental<br />

em diversos aspectos analisados pelos testes realizados. Observou-se redução<br />

no índice de itens recordados na primeira tentativa do TPVA fácil (p < 0,05) e<br />

em três das quatro tentativas do TPVA difícil (p

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