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elacionados ao estadiamento da lesão em biópsias pareadas. À biópsia<br />

inicial, 13 variáveis histopatológicas de HCC e esteato-hepatite não alcoólica<br />

(NASH) foram individualmente graduadas como ausente/leve ou moderada/<br />

intensa. Posteriormente, dados clínicos e bioquímicos e estádios 0-1 ou 2-4<br />

foram analisados em pacientes com hepatite crônica pelo vírus C divididos<br />

em três grupos: sem esteatose, com esteatose e com NASH. Resultados: A<br />

idade avançada esteve associada a estádio mais avançado e a maior atividade<br />

inflamatória portal e periportal; o escore de APRI foi associado ao estádio e<br />

a maior atividade necroinflamatória. Na análise multivariada, o perfil lipídico<br />

da síndrome metabólica foi associado à fibrose perivenular enquanto glicemia<br />

elevada esteve associada ao Hialino de Mallory. Esteatose esteve presente<br />

em 35 (43.2%) e NASH em 21 (25.9%) dos pacientes. O genótipo 3 do vírus<br />

da hepatite C foi mais prevalente nos pacientes com HCC com esteatose ou<br />

NASH, porém estádios mais avançados associaram-se ao genótipo não-3 (p=<br />

0.000). A presença de HCC + NASH esteve associada com estádio e” 2 em<br />

pacientes com menos de 45 anos, independente do sexo. Sobrepeso ou<br />

obesidade também estiveram associados a lesões avançadas (p< 0.05). Em<br />

biópsias pareadas, o perfil lipídico de síndrome metabólica foi o único parâmetro<br />

associado com progressão da doença (p= 0.012). Conclusão: A associação<br />

de NASH com hepatite crônica pelo vírus C pode modificar a evolução da<br />

doença, notando-se evidências de maior progressão para estádios mais<br />

avançados.<br />

ID 54<br />

NOTA PRÉVIA: BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA E GASTO ENERGÉTICO DE<br />

REPOUSO EM PORTADORES DE HEPATITE C CRÔNICA EM PROGRAMA<br />

DE TRATAMENTO COM INTERFERON PEGUILADO E RIBAVIRINA<br />

FIORAVANTE, M.; MARIN, D.M.; ALEGRE, S.M.; MOREIRA, M.C.G.D.; SEVÁ-<br />

PEREIRA, T., LORENA, S.L.; SOARES, E.C.<br />

GASTROCENTRO. DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA/ FACULDADE<br />

DE CIÊNCIAS MÉDICAS – UNICAMP. CAMPINAS, SP.<br />

Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite C é um problema de saúde<br />

pública mundial extremamente grave. Em estudos clínicos, a perda de peso<br />

dos pacientes tratados com Interferon peguilado alfa 2a/2b e ribavirina tem<br />

sido descrita em 11% - 29% dos casos, representando uma importante e<br />

previsível resposta biológica ao tratamento, não sendo ainda totalmente<br />

conhecidas suas causas.<br />

Objetivos: Avaliar o gasto energético de repouso, o estado nutricional e o<br />

consumo alimentar em pacientes com hepatite C crônica, previamente ao<br />

tratamento com Interferon peguilado e ribavirina.<br />

Material e Métodos: Foram avaliados indivíduos portadores do vírus da hepatite<br />

C encaminhados ao ambulatório de hepatites virais para tratamento com<br />

Interferon peguilado e ribavirina. O gasto energético de repouso foi mensurado<br />

por calorimetria indireta. A avaliação do estado nutricional incluiu antropometria<br />

(peso, altura - IMC), avaliação da composição corporal (bioimpedância elétrica)<br />

e a avaliação global subjetiva. E, para análise do consumo alimentar utilizouse<br />

recordatório alimentar de 24 horas.<br />

Para análise estatística foram realizados os cálculos de média e desvio<br />

padrão e os grupos (feminino e masculino) foram comparados pelo teste de<br />

dados não paramétricos, Mann-Whitney. Para todas as análises foi adotado o<br />

nível de significância de 5%.<br />

Resultados: Até o presente momento, foram avaliados 12 pacientes, 3 do<br />

sexo feminino e 9 do sexo masculino. A média de idade foi de 46,2 ± 10,5<br />

anos. O gasto energético de repouso foi maior nos homens que em mulheres<br />

(1405,11 ± 368,6 vs. 898,7 ± 147,5 Kcal/dia; p = 0,02) assim como a massa<br />

magra corporal total (58,9 ± 10,2 vs. 40,4 ± 6,4 kg; p=0,03). Os homens<br />

apresentaram maior IMC (27,0 ± 4,19 vs. 20,8 ± 0,6; p=0,05) e maior consumo<br />

alimentar (2443,6 ± 998,9 vs. 1442 ± 161,6; p=0,05). Os grupos não diferiram<br />

quanto à idade, porcentagem de gordura corporal, circunferência abdominal e<br />

coeficiente respiratório.<br />

Segundo avaliação global subjetiva todos os pacientes foram classificados<br />

como bem nutridos.<br />

Os dados bioquímicos de albumina e contagem total de linfócitos não diferiram<br />

entre os grupos, sendo que a média desses valores foram, respectivamente,<br />

4,6 ± 0,38 e 2044,2 ± 535,6.<br />

Conclusão: Nesta fase de estudo (pré-tratamento) os pacientes de hepatite C<br />

com critérios para tratamento não apresentaram alterações de gasto energético<br />

e composição corporal relacionados à infecção.<br />

ID 55<br />

HEPATOCARCINOMA AVANÇADO COM EXTENSÃO DE TROMBOSE PARA<br />

ÁTRIO DIREITO<br />

MARIZ DM, FERNANDES FF, PEREIRA GHS, VEIGA ZST, MOREIRA LF,<br />

FLORES NB, SILVA CEMT, AHMED EO, PEREIRA JL<br />

SETOR DE GASTROENTEROLOGIA E HEPATOLOGIA HOSPITAL GERAL<br />

DE BONSUCESSO - MINISTÉRIO DA SAÚDE - RIO DE JANEIRO<br />

Introdução: A cirrose hepática é o maior fator de risco para o hepatocarcinoma<br />

(HCC). A incidência deste tumor vem crescendo em muitas regiões. O HCC<br />

é uma causa relativamente comum de óbito em pacientes portadores de<br />

cirrose hepática. Caso Clínico: Paciente 60 anos, masculino, portador de<br />

cirrose hepática compensada pelo álcool e vírus da hepatite B, sem aderência<br />

adequada ao tratamento proposto com lamivudina por distúrbio psiquiátrico.<br />

Ultrassonografia abdominal de rotina evidenciou nódulo de 2.1 cm em lobo<br />

esquerdo hepático. Notou-se ainda aumento dos níveis de alfafeto proteína<br />

de 7.9 para 63.3. Tomografia computadorizada de abdome evidenciou formação<br />

expansiva, predominantemente hipodensa, com impregnação heterogênea<br />

pelo meio de contraste, que ocupava praticamente todo lobo esquerdo hepático;<br />

a lesão causava trombose subtotal do tronco da veia porta com extensão ao<br />

ramo esquerdo e invadia e veia cava intra-hepática com extensão até o átrio<br />

direito. Paciente evoluiu com episódio de peritonite bacteriana espontânea<br />

com piora da função hepática que foi tratado com ceftriaxone e albumina<br />

endovenosos com sucesso. Apresentou a seguir com novo quadro de<br />

descompensação da função hepática associada a desidratação. Evoluiu para<br />

óbito por choque séptico durante esta internação. Discussão: O HCC tem a<br />

tendência de invadir estruturas vasculares, porém a extensão para veia cava<br />

e coração é incomum. Há relatos na literatura de ressecção cirúrgica desta<br />

trombose vascular decorrente do HCC com objetivo de prevenção de morte<br />

súbita por falência cardíaca ou tromboembolismo pulmonar. O paciente estudado<br />

evoluiu rapidamente para descompensação da doença hepática com<br />

conseqüente óbito por sepse, sem possibilidade de qualquer tratamento do<br />

HCC.<br />

ID 56<br />

PREVALÊNCIA E PROGNÓSTICO DA PERITONITE BACTERIANA<br />

ESPONTÂNEA EM PACIENTES INTERNADOS EM UM SERVIÇO DE<br />

GASTROENTEROLOGIA<br />

CLARA, A.P.H.S. ; FIOROT, F.L. ; PACHECO M.P. ; SOARES P.S.<br />

SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA<br />

DE VITÓRIA – ES (EMESCAM)<br />

INTRODUÇÃO: A Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE) é uma complicação<br />

frequente nos pacientes com cirrose hepática e ascite e representa um ponto<br />

marcante na história natural da doença. Apresenta taxa de recorrência, em 12<br />

meses, de 47 – 69% e mortalidade de até 30%.<br />

OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes cirróticos internados<br />

no serviço de Gastroenterologia da Santa Casa de Misericórdia de Vitória<br />

(SCMV), bem como investigar a prevalência, fatores preditivos e prognóstico<br />

dos episódios de PBE nesses pacientes.<br />

PACIENTES E MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 73 internações<br />

hospitalares em 56 pacientes com cirrose hepática, internados durante o<br />

período de janeiro de 2006 a dezembro de 2007 na enfermaria de<br />

Gastroenterologia da SCMV. O levantamento dos dados demográficos e clínicos<br />

se deu de acordo com os prontuários e arquivos dos pacientes internados no<br />

serviço e posterior preenchimento de protocolo pré-estabelecido. O trabalho<br />

foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição.<br />

RESULTADOS: A prevalência da PBE foi de 18%, ocorrendo predominantemente<br />

em homens, com idade média de 50,1 anos e etiologia alcoólica como a<br />

principal causa da hepatopatia, sendo que 84,6% eram CHILD B no momento<br />

da admissão hospitalar. A mortalidade foi de 23% e foram considerados<br />

fatores preditivos em ordem de prevalência: hemorragia digestiva alta, proteína<br />

do líquido ascítico

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