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sinusóides congestos; presença de células de Kupffer; septos fibrosos por<br />

vezes extensos; ramo arterial com parede muscular espessada (artéria<br />

anômala) e proliferação ductular - compatível com HNF. Conclusão – A HNF<br />

é diagnosticada em exames de imagem na maioria dos casos e a RM é o<br />

método de escolha - com 70% e 98% de sensibilidade e especificidade<br />

respectivamente. São critérios radiológicos: hipervascularização,<br />

homogeneidade, ausência de cápsula e presença de cicatriz central. Porém,<br />

essa cicatriz típica é visível em cerca de 50% dos casos apenas. Em 20%<br />

das HNF clássicas e em quase todas as não clássicas, pela ausência da<br />

cicatriz, é difícil se obter um diagnóstico pré-operatório definitivo baseado<br />

somente na imagem. O diagnóstico diferencial com outras lesões hepáticas<br />

hipervascularizadas, como adenoma, carcinoma hepatocelular e metástases<br />

é essencial para o tratamento apropriado. A BH pode então ser utilizada<br />

visando evitar a conduta cirúrgica desnecessária.<br />

ID 255<br />

TRATAMENTO DA HEPATITE CRÔNICA C EM PACIENTES COM CIRROSE<br />

AGUARDANDO TRANSPLANTE HEPÁTICO<br />

FELDNER ACCA, RIBEIRO TCR, BRAGAGNOLO-JR MA, OLIVEIRA EMG,<br />

PARISE ER, KONDO M<br />

UNIFESP-EPM, DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA, SETOR DE<br />

FÍGADO<br />

Introdução: A hepatite C é a principal indicação de transplante hepático na<br />

maioria dos centros. A recorrência da infecção é universal e a velocidade de<br />

progressão da doença é acelerada no pós-transplante, com tempo médio de<br />

evolução para cirrose de 8 anos. Uma das estratégias para impedir a recorrência<br />

é a tentativa de tratamento no pré-transplante. Objetivos: Avaliar a possibilidade<br />

e a resposta ao tratamento antiviral em pacientes com cirrose hepática<br />

avançada com indicação de transplante hepático. Material e métodos: Foram<br />

avaliados prospectivamente 101 pacientes com indicação de transplante e<br />

selecionados para tratamento aqueles sem ascite ou encefalopatia vigente,<br />

MELD d” 18, pontos na classificação de Child-Pugh d” 11, plaquetas > 30000/<br />

mm3, granulócitos > 750/mm3, hemoglobina > 8 g/dL, e que consentiram em<br />

participar do estudo. O tratamento foi proposto com interferon peguilado alfa<br />

2b e ribavirina, por um ano, iniciados em dose padrão ou com meia dose e<br />

aumento progressivo conforme parâmetros clínicos e laboratoriais específicos.<br />

Resultados: Dos 101 pacientes, 62 (61,3%) tinham alguma contra-indicação<br />

para tratamento, sendo a mais comum ascite (50%) e 32,2% (20 p) tinham<br />

mais de uma. Trinta e nove (38,6%) foram tratados. Destes, 56% (22 p) eram<br />

homens, com média de idade de 51,7 anos (37-66) e tempo médio de infecção<br />

28 ± 7,6 anos. Oitenta e sete por cento (34 p) tiveram alguma descompensação<br />

prévia da cirrose, sendo 36% (14 p) Child B ou C no momento da inclusão.<br />

Nove pacientes (24%) faziam uso de diuréticos. O genótipo 1 foi o mais<br />

prevalente (56%), assim como alta carga viral inicial (53,3%). O tratamento<br />

foi iniciado com meia dose em 41% dos casos (16 p), sendo possível aumento<br />

em 73% destes (11 p). Foi necessário uso de eritropoetina em 59% (23 p) e de<br />

filgrastima em 23% (9 p). Vinte e dois pacientes (56%) completaram 48<br />

semanas de tratamento, e houve necessidade de suspensão prematura em<br />

36% (14 p). Resposta virológica rápida foi alcançada em 33% dos casos,<br />

RVP em 65% e RVS em 18%. Conclusão: O tratamento da hepatite C é<br />

possível em algum momento numa parcela significativa de pacientes com<br />

cirrose avançada com indicação de transplante, mas proporciona taxas<br />

modestas de RVS e alta taxa de suspensão prematura.<br />

ID 256<br />

TOLERÂNCIA AO TRATAMENTO DA HEPATITE C EM PACIENTES COM<br />

INDICAÇÃO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO<br />

FELDNER ACCA, RIBEIRO TCR, BRAGAGNOLO-JR MA, OLIVEIRA EMG,<br />

SEDA J, PARISE ER, KONDO M<br />

UNIFESP-EPM, DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA, SETOR DE<br />

FÍGADO<br />

Introdução: A hepatite C é a principal indicação de transplante hepático. A<br />

recorrência universal estimula a tentativa de tratamento durante a espera em<br />

lista. Estudos recentes mostram taxas de resposta de 19 a 46%, mas com<br />

alta taxa de eventos adversos (EA). Objetivos: Avaliar a tolerância e ocorrência<br />

EA ao tratamento da hepatite C em pacientes com indicação de transplante<br />

hepático. Material e métodos: Foram avaliados prospectivamente 39 pacientes<br />

tratados com PEG interferon alfa 2b e ribavirina, com dose padrão ou com<br />

aumento progressivo de dose conforme parâmetros clínicos e laboratoriais.<br />

Resultados: A maioria dos pacientes era do gênero masculino (56%), com<br />

média de idade de 51,7 anos. Oitenta e sete por cento tiveram descompensação<br />

prévia da cirrose, sendo 36% (14 p) Child B ou C no momento da inclusão. O<br />

tratamento foi iniciado com meia dose em 41% dos casos, sendo possível<br />

aumento em 73% destes. Trinta e oito pacientes (97%) experimentaram<br />

sintomas constitucionais, que foram moderados/intensos em 63%. Treze<br />

(31,6%) tiveram alterações gastrointestinais e 51% alterações psiquiátricas.<br />

Infecção ocorreu em 20% (8 p), hemoglobina < 10 g/dL em 36% (14 p),<br />

neutropenia < 750/mm3 em 20% (8 p) e plaquetopenia < 30000/mm3 em 20%<br />

(8 p). Uso de eritropoetina foi necessário em 59% (23 p) e de filgrastima em<br />

23% (9 p) dos casos. Onze pacientes (28%) tiveram descompensação da<br />

cirrose durante ou logo após o tratamento, associada à ocorrência de infecção<br />

em 72%. AVC hemorrágico ocorreu em 2 pacientes (um possivelmente<br />

relacionado ao tratamento), com uma evolução para óbito. Suspensão<br />

temporária e definitiva por EA foram necessárias em 20,5% (8 p) e 36% (14<br />

p) respectivamente. Seis pacientes (15,4%) necessitaram redução de dose<br />

de interferon e nove (23%) da dose de ribavirina. A ocorrência de<br />

descompensação prévia, a classificação de Child-Pugh ou o início com dose<br />

total não se associaram à necessidade de suspensão ou ocorrência de<br />

descompensação da cirrose (p=NS). Conclusão: O tratamento antiviral em<br />

pacientes com cirrose avançada se associa a alta incidência de EA e<br />

descontinuação prematura, sendo necessários esforços para encontrar fatores<br />

que possam predizer a chance de resposta e/ou de ocorrência de EA nesta<br />

população.<br />

ID 257<br />

EQUINOCOCOSE HEPÁTICA: RELATO DE CASO<br />

MÓIA, L.J.M.P.; AMARAL, I.S.A; SOARES, M.C.P.; BARBOSA, M.S.B;<br />

MACÊDO, Z.; MIRANDA, E.C.B.M; DEMACHKI, S.; ARAÚJO, M.T.F.;<br />

MEDEIROS, Z.L; SANTOS, A.F.<br />

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ (GRUPO DO<br />

FÍGADO)/ INSTITUTO EVANDRO CHAGAS/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

PARÁ (DEPARTAMENTO DE ANATOMIA PATOLÓGICA)<br />

INTRODUÇÃO: a Equinococose é uma infecção helmíntica (em especial as<br />

espécies tropicais: Echinococcus vogeli e E. oligarthrus) que ocorrem<br />

exclusivamente em áreas rurais de países tropicais. As características clínicas<br />

dependem do agente etiológico, bem como a extensão da invasão de tecidos,<br />

especialmente o fígado. O tratamento indicado é com albendazol, não se<br />

tendo estabelecido um período ideal de terapêutica. OBJETIVO: relatar um<br />

caso de reativação de equinococose policística; MATERIAL E MÉTODOS:<br />

relato de caso de uma paciente indígena, sexo feminino, lavradora, casada,<br />

residente e natural da aldeia Maroxewara, atendida no ambulatório do grupo do<br />

fígado da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará em 2001, com dor<br />

em pontada no hipocôndrio direito, de forte intensidade, acompanhada de<br />

náuseas, vômitos alimentares, anorexia e perda ponderal, com história de<br />

evolução há 1 mês, tendo remissão sintomatológica. Teve o diagnóstico de<br />

hidatidose 3 anos antes, e fez 6 meses de albendazol 800 mg/dia. Ao exame<br />

físico, foi detectado abaulamento em epigástrio e mesogástrio, com<br />

hepatomegalia de ± 15 cm, com superfície lobulada, de consistência<br />

endurecida, indolor à palpação; exames laboratoriais mostrando elevação de<br />

transaminases, de bilirrubina e de FA, e ultrassonografia de abdome mostrando<br />

fígado aumentado de tamanho, desarranjo de sua arquitetura por massa<br />

volumosa complexa, com áreas císticas em permeio, comprometendo lobo<br />

hepático direito. Foi solicitado TC abdome e a internação da paciente;<br />

RESULTADOS: TC mostrou pancistose hepática com lesões confluentes, de<br />

paredes calcificadas, condicionando hepatomegalia, bem como acentuadas<br />

lobulações do contorno do fígado, ocupando, em especial, os fragmentos 4 à<br />

8. Paciente foi internada, e houve melhora clínico-laboratorial, recebendo alta<br />

para ser acompanhada em ambulatório. CONCLUSÃO: O tratmento clínico<br />

com albendazol leva a remissão leva à remissão dos sintomas, mas, as<br />

vezes, não se obtem a cura parasitológica, visto que há casos de provável<br />

recidiva da doença, restanto, no entanto, a dúvida, se seria uma reinfecção.<br />

Daí a necessidade de mais estudos para avaliar a eficácia do tratamento<br />

atual, e o inicio de novos esquemas terapêuticos.<br />

ID 258<br />

FATORES PREDITIVOS DE RESPOSTA AO TRATAMENTO EM PACIENTES<br />

COM CIRROSE POR HEPATITE C COM INDICAÇÃO DE TRANSPLANTE<br />

HEPÁTICO<br />

FELDNER ACCA, RIBEIRO TCR, BRAGAGNOLO-JR MA, SEDA J, RAMOS<br />

JD, BONILHA DR, CORREA LM, TRINDADE LZ, PARISE ER, KONDO M<br />

UNIFESP-EPM, DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA, SETOR DE<br />

FÍGADO<br />

Introdução: O tratamento da hepatite C é possível em parcela considerável<br />

de pacientes aguardando transplante, mas apresenta resposta e tolerância<br />

modestas, sendo necessário identificar fatores que possam predizer resposta<br />

e orientar decisões terapêuticas. Objetivos: Identificar fatores relacionados à<br />

S 98

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