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ocasião, a dosagem de alfafetoproteína foi > 12.100 ng/mL. A partir de jul/<br />
2007, 3 sessões de quimioembolização foram instituídas. TC de abdômen de<br />
controle após a primeira sessão (jul/07) evidenciou formação expansiva<br />
heterogênea de 9,2cm nos segmentos VIII, IVa, IVb, III e V, com calcificações<br />
de permeio, além de outros nódulos hipodensos de dimensões variadas<br />
disseminados pelo parênquima. Após a segunda sessão (nov/07), TC de<br />
abdômen mostrava lesões blastomatosas nos lobos E e D, e nos segmentos<br />
VIII e IV. Após a terceira sessão de quimioembolização (ago/08), TC de<br />
controle mostrou aumento volumétrico da lesão hepática, e na TC de tórax,<br />
havia nódulos sugestivos de implantes secundários pulmonares em lobo<br />
inferior D, lobo médio e língula. Tratamento medicamentoso com Sorafenibe<br />
800mg\dia foi, então, instituído, mas suspenso pela própria paciente no quinto<br />
dia, devido a intensos eventos adversos (náusea, vômitos, anorexia e astenia).<br />
A paciente evoluiu assintomática até mar/09, quando surgiram ascite, edema<br />
de membros inferiores e astenia aos esforços. Iniciada terapia diurética e<br />
sintomática. Conclusão: Rastreamento sistemático de CHC em portadores<br />
do HBV deve ser mandatório, mesmo naqueles com perfil de doença crônica<br />
inativa.<br />
ID 107<br />
CARCINOMA HEPATOCELULAR – CASUÍSTICA DE 5 ANOS DO SERVIÇO<br />
DE HEPATOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITARIO GAFRÉE E GUINLE<br />
COSTA,G.O BEN SEÑOR,C.A BRANCO,B.B MACIEL,A.M.A COTTA-PEREIRA,<br />
R.L<br />
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFRÉE E GUINLE<br />
Introdução: O Carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor hepático primário<br />
maligno mais comum, é a quinta causa de câncer no mundo e a terceira em<br />
mortalidade. A maior acessibilidade e sensibilidade dos métodos diagnósticos,<br />
assim como a crescente população de portadores crônicos de hepatites<br />
virais, têm gerado aumento na incidência do CHC. Objetivos: Analisar a<br />
evolução do CHC, do diagnóstico ao tratamento. Material e Métodos: Análise<br />
retrospectiva dos prontuários do ambulatório de hepatologia do Hospital<br />
Universitário Gafrée e Guinle (HUGG) foi realizada no período de 2004-2009.<br />
O diagnóstico e o tratamento foram definidos de acordo com os critérios de<br />
Barcelona e de Milão para CHC, respectivamente. Resultados: Foram avaliados<br />
48 pacientes, 60% eram homens (29) e 40% mulheres (19), com idade média<br />
de 59±10,11 anos. As etiologias foram: 67% portadores do HCV (32 pacientes),<br />
15% do HBV (7) e 18% causas não virais (9). Histórico de hemotransfusão foi<br />
a principal via de contaminação (48%), e a grande maioria apresentava cirrose<br />
(98%). Através dos exames de imagem foram encontrados 50% de nódulos<br />
únicos (24), sendo que destes 63% eram d” 5cm (15) e 37% e” 5cm (9), 21%<br />
com 2 ou 3 nódulos (10), destes 60% d” 3cm (6) e 40% e”3cm (4) e 23% com<br />
nódulos múltiplos (11). Em apenas um paciente foi detectado metástase<br />
(pulmonar). Foram realizadas intervenções cirúrgicas em 8 pacientes, sendo<br />
38% segmentectomias (3), 38% transplantes hepáticos (3), 12% ressecções<br />
do nódulo (1) e 12% derivação porto cava (1). Nas terapias locorregionais, 4%<br />
realizaram radioablação (2), 31% quimioembolização (15) e 2% alcoolização<br />
(1). Terapia com Sorafenibe 800mg\dia foi utilizada em 4% dos pacientes (2),<br />
que descontinuaram o uso devido aos efeitos colaterais (náusea, vômito e<br />
síndrome mão-pé). Dois pacientes (4%) encontram-se em remissão. A taxa<br />
de mortalidade associada ao CHC foi de 41%, sendo que 25% pósquimioembolização<br />
(5), 5% pós transplante hepático (1) e 70% pela evolução<br />
da doença (14). Os outros pacientes seguem em controle clínico ambulatorial.<br />
Conclusão: Tendo em vista a gravidade do CHC e sua alta incidência em<br />
cirróticos associados à hepatite viral crônica, é fundamental a vigilância<br />
nesse grupo de pacientes, com exames de imagem e dosagem de<br />
Alfafetoproteína, visando à detecção precoce do CHC, e como conseqüência<br />
a maior probabilidade de remissão.<br />
ID 108<br />
TRATAMENTO DOS TUMORES HEPÁTICOS. EXPERIÊNCIA INICIAL DE 1<br />
ANO DO SERVIÇO DE CIRURGIA HEPÁTICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO<br />
GAFRÉE E GUINLE<br />
BURINI,B BEN SEÑOR,C.A COSTA,G.O MACIEL,A.M.A COTTA-PEREIRA,R.L<br />
BRANDÃO-MELLO,C.E<br />
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFRÉE E GUINLE AMBULATÓRIO DE<br />
DOENÇAS DO FÍGADO RIO DE JANEIRO RJ<br />
OBJETIVO: Relato da experiência de um serviço recém criado especializado<br />
no manejo dos tumores do fígado. MATERIAL E MÉTODOSEntre maio de<br />
2008 a abril de 2009 foram atendidos 134 pacientes no ambulatório de tumores<br />
do fígado do HUGG com algum tipo de lesão hepática. Todos foram submetidos<br />
à TC e/ou RNM para diagnóstico e estadiamento; avaliados pela classificação<br />
de Child-Pugh e do Performance Status (PS) e tratados de acordo com o<br />
protocolo Barcelona Clinic Liver Score (BCLS). Em relação às metástases, os<br />
pacientes foram avaliados seguindo os critérios: oncológico (possibilidade de<br />
ressecção R0/R1), técnico (parênquima de fígado remanescente > 30%) e de<br />
resposta clínica ao tratamento quimioterápico. Resultados: Dos 134 pacientes,<br />
73 eram masculinos, com idade variando de 36 a 76 anos, sendo que 31<br />
apresentavam lesões benignas (22 hemangiomas, 5 cistos, 2 abscessos, 1<br />
adenoma e 1 esteatose pseudo-nodular); 77 com lesões malignas (50 CHC,<br />
23 metástases, 3 colangiocarcinoma e 1 Tumor Neuroendócrino) e 26 com<br />
patologias indeterminadas. As metástases hepáticas foram classificados de<br />
acordo com o sítio primário, sendo 12 CA de cólon e reto, 3 de mama, 1 de<br />
esôfago, 1 GIST, 1 linfoma e 5 sem localização. Os pacientes com CHC<br />
foram submetidos aos seguintes procedimentos: 3 hepatectomias, 3<br />
transplantes, 1 alcoolização, 14 quimioembolizações, 2 radioablações , 2<br />
Sorafenib. Destes 134, 28 pacientes morreram em vigência de ou no póstratamento,<br />
sendo que 21 eram portadores de CHC em fase avançada, 3 com<br />
colangiocarcinoma, 1 HIV + com linfoma metastático para o fígado, 1 com<br />
metástase colorretal, 1 tumor neuroendócrino e 1 com metástase hepática de<br />
GIST; 29 pacientes com CHC permanecem em acompanhamento clínico ou<br />
no pré e pós de procedimentos cirúrgicos. Quanto às metástases, foram<br />
realizados: 16 biópsias protegidas de nódulo hepático, 3 ligaduras de veia<br />
porta, 4 enucleações de nódulos , 6 segmentectomias hepáticas, 3 lobectomias<br />
hepáticas esquerda, 3 hepatectomias , 3 laparotomias exploradoras ,13<br />
quimioembolizações, 3 medições de pressão de gradiente portal , 2 biópsias<br />
hepáticas transjugulares , 3 anastomoses biliodigestiva intra-hepática .<br />
CONCLUSÃO: A experiência recente do serviço de cirurgia hepática do HUGG<br />
reflete a de outras unidades, com o predomínio dos hemangiomas e do CHC.<br />
Ressalta-se que, apesar do avanço no diagnóstico e terapia, a maioria das<br />
lesões de CHC encontrava-se em estágio avançado, culminando com o óbito<br />
em quase a metade deles.<br />
ID 109<br />
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO ANTIVIRAL NOS PACIENTES<br />
COM HEPATITE CRÔNICA C NA GRANDE VITÓRIA<br />
PUPIM, C.T.; ALMEIDA, G.E.; VIEIRA, N.F.D.; GONÇALVES, L.L.;<br />
GONÇALVES, P.L.; PINTO NETO, L.F.S.<br />
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - SCMV E HOSPITAL<br />
UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTÔNIO MORAES - HUCAM. VITÓRIA, ES.<br />
Introdução: A hepatite crônica pelo VHC é um importante problema de saúde<br />
pública no Brasil e no mundo, acometendo cerca de 3% da população mundial.<br />
Cerca de 80% dos indivíduos infectados pelo VHC evoluem para hepatite<br />
crônica. O tratamento da hepatite crônica C com interferon peguilado e ribavirina<br />
é de alto custo e a taxa de resposta virológica sustentada é influenciada por<br />
fatores inerentes ao hospedeiro e/ou ao próprio vírus. Objetivos: 1) Avaliar o<br />
padrão de resposta ao tratamento antiviral em pacientes com hepatite crônica<br />
C na Grande Vitória. 2) Verificar a correlação entre fatores do vírus e do<br />
hospedeiro com o grau de fibrose à biópsia hepática e com a resposta<br />
virológica sustentada. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo baseado na<br />
análise de 100 prontuários de pacientes submetidos a tratamento antiviral<br />
para hepatite crônica C em dois centros de referência da Grande Vitória<br />
(Santa Casa de Misericórdia de Vitória e Hospital Universitário Cassiano<br />
Antônio Moraes). Resultados: Dos 100 pacientes estudados, a maior parte<br />
era do sexo masculino (62%). A média de idade foi de 46,28 ± 9,8 anos. Com<br />
relação à história patológica pregressa, 27% eram etilistas crônicos, 10% coinfectados<br />
pelo vírus HIV e 3% pelo VHB. Houve predominância do genótipo<br />
tipo 1 (78%), seguido do tipo 3 (21%). A biópsia hepática foi realizada em 96<br />
pacientes, 51% apresentavam graus leves/moderados de fibrose hepática<br />
(FO/F1/F2- METAVIR), enquanto 21% apresentavam F3 e 24% já tinham<br />
cirrose hepática. Os estágios mais avançados de fibrose predominaram em<br />
pacientes com história de etilismo (P