Por outro lado, o TNFá não demonstrou ser útil para diferenciar EHNA da esteatose simples.Conclusão: O balanço entre citocinas pró e anti-inflamatórias pode ser relevante na progressão DHGNA em diabéticos, como também em pacientes não diabéticos como sugerem os resultados de IL-6 e IL-10. Esses achados podem ser clinicamente úteis como marcadores para predizer EHNA em pacientes diabéticos e não diabéticos com DHGNA. ID 289 ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO GÊNERO NA EFICÁCIA E TOLERABILIDADE DO TRATAMENTO DA HEPATITE C CRÔNICA NARCISO-SCHIAVON J.L., SCHIAVON L.L., CARVALHO-FILHO R.J., SAMPAIO J.P., EL BATAH P.N., BARBOSA D.V., FERRAZ M.L.G., SILVA A.E.B. SETOR DE HEPATITES, ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - SÃO PAULO, SP Introdução e objetivos: É intuitivo considerar que as mulheres portadoras de hepatite C crônica possuem particularidades na evolução da terapia antiviral. Entretanto, pouco se sabe a respeito do impacto real do gênero sobre as características que exercem influência sobre a eficácia e segurança do tratamento da hepatite C crônica. Este estudo visa avaliar as características basais, a tolerabilidade e a eficácia da terapia da hepatite C crônica com Peg- IFN e ribavirina (RBV) nas mulheres e compará-las aos homens. Material e métodos: Estudo transversal que incluiu pacientes com genótipo 1, tratados com Peg-IFN alfa-2a (180 mcg/sem) ou 2b (1,5 mcg/kg/sem) e RBV 1 a 1,25 g/dia entre 2001 e 2007. Análise univariada identificou as variáveis associadas ao gênero. Resultados: Foram incluídos 181 pacientes com idade 46,3±11,0 anos e 46% mulheres. Peg-IFN alfa-2a foi usado em 35% e 65% receberam Peg-IFN alfa-2b. As mulheres apresentaram maior proporção de antecedentes de transfusão de hemocomponentes e idade e”50 anos e menor freqüência de uso de drogas e abuso etílico. Mulheres e homens apresentaram prevalências semelhantes de fibrose significativa (17% vs 29%, P=0,428), atividade periportal significativa (43% vs 38%, P = 0,533) e carga viral e” 400.000 UI/ mL (81% vs 85%, P=0,452). Com relação aos eventos adversos, as mulheres apresentaram maior incidência de anemia (13% vs 48%, P
de hepatite crônica C com intensa hepatite de interface, a freqüência de sobreposição com hepatite auto-imune. Pacientes e Métodos: Entre 1759 portadores de hepatite C submetidos à biópsia hepática, no período de 1994 a 2007, 92 (5,2%) apresentavam intensa atividade necroinflamatória periportal. Esses pacientes foram comparados com um grupo controle (relação 1:1) composto por portadores de hepatite C crônica com graus menos intensos de atividade periportal. Os grupos foram comparados quanto à presença de FAN, níveis de gamaglobulina e achados histológicos sugestivos de hepatite auto-imune. No grupo com intensa hepatite de interface, foi também realizada a pesquisa de anticorpos anti-músculo liso (AML), anti-mitocondria (AMA) e anti-LKM1 Resultados: No grupo com intensa hepatite de interface observouse prevalência muito baixa de auto-anticorpos: AML (4%), AMA (1%) e anti- LKM1 (0%), todos em baixos títulos. Na análise comparativa, a prevalência de FAN (11% vs. 9%; p=0,59) e os níveis de gamaglobulina (p=0,19) foram semelhantes entre os grupos. Na análise histológica, não houve diferença quanto à presença de infiltrado linfoplasmocitário (p=0,25). Por outro lado, agregados linfóides (p=0,02) e lesão de ducto biliar (p=0,03), marcadores etiológicos de infecção pelo HCV, foram mais prevalentes no grupo com intensa hepatite de interface. Neste grupo, apenas dois pacientes (2%) preencheram critérios de HAI. Conclusão: A ausência de níveis mais elevados de gamaglobulina, a baixa prevalência de auto-anticorpos e a ocorrência de achados histológicos típicos de hepatite auto-imune em apenas dois casos (2%) indicam que a sobreposição com HAI é um evento muito raro em portadores de hepatite C, mesmo entre aqueles com intensa hepatite de interface. Estes achados, associados à maior prevalência de marcadores etiológicos de infecção pelo HCV na análise histológica, sugerem que a intensa hepatite de interface observada em alguns pacientes com hepatite C deve estar mais relacionada a uma interação vírus-hospedeiro do que à sobreposição com HAI. ID 334 HCV NA SALIVA E EM GLÂNDULAS SALIVARES E SUA ASSOCIAÇÃO COM DESORDENS SALIVARES EM PACIENTES COM HEPATITE C CRÔNICA GROSSMANN SMC1 , TEIXEIRA R2; OLIVEIRA GC3; CARMO MAV1 1 DEPARTAMENTO DE CLÍNICA, PATOLOGIA E CIRURGIA ODONTOLÓGICA, FACULDADE DE ODONTOLOGIA, 2 DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA, FACULDADE DE MEDICINA E INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 3 INSTITUTO RENÉ RACHOU, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ) BELO HORIZONTE, MG, BRAZIL. Introdução: O sialotropismo do HCV tem sido associado a manifestações extra-hepáticas, como xerostomia e sialoadenite, em pacientes com hepatite C crônica. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar a prevalência do HCV RNA na saliva e em glândulas salivares e sua possíveil associação com desordens bucais em portadores de CHC. Metodologia: Estudo transversal que incluiu 136 pacientes com hepatite C crônica (anti-HCV e HCV RNA positivos) no pré-tratamento. Critérios de exclusão: co-infecção HIV, HBV, doenças auto-imunes, uso de corticosteróides, AINES e antidepressivos. O HCVRNA foi isolado por RT-nested-PCR em amostras de saliva (n=136) e em biópsias de glândulas salivares (n=65). Xerostomia foi avaliada clinicamente e os fluxos salivares não estimulado (NSSF) e estimulado (SSF) foram mensurados. Consideraram-se os valores de NSSF e SSF >0.3ml/min e >1.5ml/min normais, e d”0.1ml/min e d”0.7ml/min, respectivamente, indicativos de hiposalivação. Exames intra-bucais (n=136) e biópsias de glândulas salivares (n=65) foram realizados conforme protocolo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG. Resultados: Incluiram-se 71 (52.2%) homens e 65 (47.8%) mulheres, com média de idade de 58.1 anos. Alterações de mucosa bucal foram observadas em 76 (55.9%) e xerostomia foi sintoma relatado por 48/136 (35.3%) pacientes. O volume médio de NSSF e SSF foi 0.76 mL (0.03-3.33 mL), e 1.59 (0.13- 4.67 mL), respectivamente. Hiposalivação foi observada em 16 (11.8%) NSSF e em 21 (15.4%) SSF (p=NS). O gênero feminino foi associado à hiposalivação no SSF (OR=4.22). HCV RNA foi detectado nas amostras de saliva de 41/136 (30.1%) pacientes e em 12/65 (18.5%) glândulas salivares. Seis (9.2%) pacientes tiveram concomitante HCV RNA positivo na saliva e nas glândulas salivares. 11/136 (8.0%) tinham xerostomia e hiposalivação, sendo que 2/11 (1.5%) apresentaram HCV RNA positivo na saliva e nas glândulas salivares. 31 (22.8%) pacientes tiveram diagnóstico histológico de sialoadenite, sendo HCV RNA positivo na saliva em 10/31 (7.4%) e em glândula salivar em 3/31 (2.2%) desses pacientes. Conclusões: Xerostomia, hiposalivação e sialoadenite são frequentes em pacientes com hepatite C crônica. A presença de HCV na saliva e em glândula salivar confirma o sialotropismo do HCV. A infecção de glândulas salivares pelo HCV resultando em desordens salivares é fortemente sugerida neste estudo. ID 335 SEGURANÇA DA BIÓPSIA HEPÁTICA PERCUTÂNEA EM PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE COM INFECÇÃO CRÔNICA PELO VÍRUS DA HEPATITE C (HCV) AZEVEDO RT, JORGE FAV, POLLACK-FILHO FR, TRINDADE LZ, FELDNER ACCA, NARCISO-SCHIAVON JL, SCHIAVON LL, BARBOSA DV, LANZONI VP, CARVALHO-FILHO RJ, FERRAZ MLG, SILVA AE SETOR DE HEPATITES, ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP Introdução e objetivos: O exame anátomo-patológico de fragmento de tecido hepático obtido por biópsia é o método padrão-ouro para a avaliação da gravidade das hepatopatias crônicas. Apesar de constituir prática invasiva, a biópsia hepática percutânea (BHP) é considerada um procedimento seguro, de baixa morbi-mortalidade. Entretanto, não há consenso sobre a segurança da BHP em portadores de doença renal crônica em hemodiálise (DRCHD), nos quais a disfunção plaquetária se associa a risco aumentado de hemorragias cirúrgicas. O objetivo deste estudo é avaliar a segurança da BHP em pacientes HCV+ com DRCHD. Material e métodos: Trata-se de estudo retrospectivo feito por revisão de prontuários e realizado em um único centro de referência para o atendimento de doenças hepáticas. A BHP foi sistematicamente indicada para pacientes com anti-HCV(+) e HCV-RNA(+) no soro, independentemente do nível de ALT. BHP foi feita com agulha do tipo Trucut (14G ou 16G), guiada ou marcada por USG, sem utilização de DDAVP. Resultados: Nesta análise preliminar, foram incluídos 105 pacientes HCV+ com DRCHD. Amostra aleatória de 59 indivíduos com função renal normal submetida à BHP no mesmo período foi usada como grupo controle. Os dois grupos foram semelhantes em relação à idade, gênero, nível de atividade de protrombina e contagem de plaquetas. Fibrose hepática significativa (Ee”3 – SBP/SBH) foi mais comumente encontrada no grupo controle (25% vs. 6%; P=0,001). A agulha Trucut 16G foi mais freqüente usada no grupo DRCHD (31% vs. 6%; P=0,001). A incidência global de complicações após a BHP foi maior no grupo DRCHD (67% vs. 43%; P=0,002), sendo a dor local com necessidade de analgesia o evento mais comum (63% em DRCHD vs. 41% nos controles; P=0,009). Hemorragia significativa foi identificada em 4 casos no grupo DRCHD e em nenhum controle (4% vs. 0%; P=0,297). Dentre os casos de hemorragia, nenhum exibia Ee”2, dois foram biopsiados com 14G e dois com 16G. Tratamento cirúrgico ou embolização não foram necessários. Um paciente recebeu transfusão de hemocomponentes e não houve nenhum óbito. Um caso de síndrome vaso-vagal foi observado no grupo controle e um caso de laceração peritoneal ocorreu no grupo DRCHD. Conclusões: Complicações pós-BHP são freqüentes em pacientes com DRCHD. Embora estas sejam leves e possuam evolução benigna na maioria dos casos, indivíduos com DRCHD parecem apresentar risco aumentado de hemorragia significativa. ID 361 NOVAS ALTERAÇÕES COGNITIVAS DETECTADAS EM CIRRÓTICOS SEM ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: UM ESTUDO CONTROLADO BRAGAGNOLO JÚNIOR MA, PIMENTEL CFMG, TEODORO V, LUCCHESI LM, SANTOS RF, TUFIK S, KONDO M DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA E DEPARTAMENTO DE PSICOBIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO / ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: A cirrose hepática, a despeito de encefalopatia hepática (EH), é associada a importantes disfunções cognitivas, sobretudo déficit de atenção e memória. Outros aspectos cognitivos ainda são pouco conhecidos nestes pacientes, tais como a capacidade de abstração, a percepção visuo-espacial e o processamento mental das informações. O presente estudo re-avalia as conhecidas disfunções presentes neste grupo (atenção e memória) e pesquisa eventuais outras alterações importantes. Material e métodos: Avaliados cirróticos sem EH (grupo experimental), através dos seguintes testes: Teste de Pares Verbais Associados modalidade fácil e difícil (TPVAfácil e TPVA-difícil); Teste de Amplitude de Números e Teste com Blocos de Corsi nas ordens direta e inversa (TAN-OD, TAN-OI, TBC-OD e TBC-OI, respectivamente), sendo comparados com controles saudáveis (grupo controle) pareados por idade e escolaridade submetidos aos mesmos testes. RESULTADOS: Avaliados 56 no grupo experimental e 77 controles saudáveis. Foi observada significativa redução no desempenho do grupo experimental em diversos aspectos analisados pelos testes realizados. Observou-se redução no índice de itens recordados na primeira tentativa do TPVA fácil (p < 0,05) e em três das quatro tentativas do TPVA difícil (p
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