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ID 99<br />
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA INDUZIDA POR PAROXETINA.<br />
CHINDAMO M.C.,CERQUEIRA A., SANTINO M.S, MARTINS G.A.R, FREITAS<br />
G.G., VERDEAL J.C.<br />
HOSPITAL BARRA D’OR. RIO DE JANEIRO/RJ<br />
Introdução – Hepatotoxicidade é uma complicação rara do uso de inibidores<br />
da recaptação da serotinina. Cerca de dez casos de disfunção hepática com<br />
importante elevação de transaminases foram relatados na literatura após o<br />
uso de paroxetina, a maioria com reversão do quadro após a suspensão da<br />
droga. Descreveremos um caso de insuficiência hepática aguda (IHA) induzida<br />
pela paroxetina. Descrição- Paciente de 35 anos, sexo feminino, portadora de<br />
transtorno obscessivo compulsivo foi admitida na instituição com quadro de<br />
hepatite aguda grave (TAP-24%, fator V=51%, Bbt=13,6mg/dl;<br />
transaminases=3000mg/dl). Ao exame apresentava-se lúcida e orientada,<br />
ictérica, sem sinais de hepatopatia crônica, ascite ou edema. Vinha em uso<br />
de paroxetina há 4 meses e referia surgimento de colúria cerca de 20 dias<br />
após o aumento da dose de paroxetina para 50mg/dia, seguida de icterícia<br />
após 15 dias. Negava diagnóstico de doença hepática prévia, uso de outras<br />
medicações ou fitoterápicos. Apresentava marcadores de hepatite A passada,<br />
anti-Hbs positivo e anti-HCV negativo. Sorologia IgG positiva/IgM negativa<br />
para herpes, CMV e Epstein Barr; FAN =1/40; AML e AMT negativos e<br />
ceruloplasmina=32µg/dl. USG abdominal demonstrava fígado, vias biliares e<br />
baço normais. Houve queda progressiva dos níveis do fator V de 51% para<br />
7%, com redução progressiva da atividade de protrombina para 17% no 4º dia<br />
de internação, quando apresentou encefalopatia hepática grau I (9 dias após<br />
o surgimento de icterícia). Nesta ocasião apresentava score de MELD=32<br />
(Creatinina=0,7; Bbt=25mg/dl e INR=3,36). Foi submetida a transplante hepático<br />
de doador cadáver no 3º dia após início da encefalopatia já com sinais de<br />
hipertensão intracraniana e instabilidade hemodinâmica. Apresentou morte<br />
encefálica cerca de 36 horas após o transplante hepático. Conclusão – Muitos<br />
antidepressivos apresentam risco potencial de lesão hepática. A gravidade<br />
da lesão pode ser minimizada com a pronta retirada da droga. Apesar da<br />
paroxetina ser considerada uma droga segura, com poucos relatos de<br />
hepatoxicidade, IHA deve ser considerada uma complicação rara deste inibidor<br />
de recaptação da serotonina.<br />
ID 101<br />
O TAMANHO DO FRAGMENTO HEPÁTICO É MAIS IMPORTANTE DO QUE O<br />
ASPECTO MACROSCÓPICO DO FÍGADO NO DIAGNÓSTICO DA CIRROSE<br />
HEPÁTICA<br />
BARBOSA, HPP ARECO, LFF MOREIRA, P CAMPOS, CF PORTO, LC<br />
TERRA, C PEREZ, RM FIGUEIREDO, FAF<br />
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ) SERVIÇO DE<br />
GASTROENTEROLOGIA RIO DE JANEIRO – RJ<br />
Introdução: O diagnóstico de cirrose é fundamental para o manejo dos pacientes<br />
portadores de doença hepática crônica. Entretanto, o uso de sinais clínicos,<br />
laboratoriais e/ou ultra-sonográficos subestimam sua presença e a biopsia<br />
hepática percutânea apresenta grande erro amostral.<br />
Objetivos: Avaliar o valor da laparoscopia no diagnóstico da cirrose hepática,<br />
determinar a influência do tamanho do fragmento obtido na biópsia hepática<br />
laparoscópica no diagnóstico de cirrose e a segurança deste procedimento.<br />
Pacientes e Métodos: Foram incluídos 84 pacientes com hepatite crônica<br />
submetidos à biópsia hepática laparoscópica, sob sedação consciente, com<br />
agulha 14G. Dois examinadores independentes, sem conhecimento dos dados<br />
dos pacientes, definiram a conclusão da laparoscopia em 4 classes: normal,<br />
aspecto inespecífico, hepatopatia crônica e cirrose hepática. O diagnóstico<br />
histológico de cirrose foi definido pela presença de fibrose e” 5 pela<br />
classificação de Ishak, por um patologista, sem o conhecimento dos dados<br />
dos pacientes. A presença de cirrose na macro e/ou microscopia foi<br />
considerada padrão-ouro para cirrose. Foram determinados valores de<br />
sensibilidade, especificidade, valor preditivo negativo (VPN) e acurácia.<br />
Resultados: Sessenta e cinco (55%) dos pacientes eram do sexo masculino,<br />
85% portadores de hepatite crônica C e média de idade de 47±11 anos. A<br />
média do tamanho do fragmento de biópsia foi de 2,9±1,0 cm e do número de<br />
espaços-porta foi de 12±5. Em relação ao padrão-ouro, o aspecto macroscópico<br />
por laparoscopia mostrou sensibilidade de 71%, VPN de 83% e acurácia de<br />
88%, comparados a 89%, 92%, e 95% da microscopia, respectivamente.<br />
Apenas 5% dos pacientes apresentaram cirrose na laparoscopia e não na<br />
histologia. Os pacientes cirróticos apresentaram amostras mais fragmentadas<br />
(p=0,05) e maiores (p=0,05). Os portadores de fibrose leve (F0-F2)<br />
apresentaram menor quantidade de espaços-porta (p