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Objetivo: Avaliar fatores relacionados ao método que concorrem para a<br />

obtenção do estadiamento. Material e métodos: Estudo retrospectivo de 373<br />

biópsias hepáticas percutâneas, realizadas entre janeiro de 2004 e abril de<br />

2009, para avaliar tratamento em pacientes com HCC. A agulha utilizada foi<br />

Menghini 16G e, a partir de março de 2008, os exames foram guiados por<br />

ultrassonografia (USG). Foram biopsiados pacientes com PCR HCV RNA<br />

positivo e até setembro de 2007 apenas aqueles com transaminases elevadas.<br />

A análise foi realizada com o software Stata, versão 9.1. Resultados: 56.3%<br />

dos pacientes eram homens, com idade média de 49 anos (± 10.95) e 23% das<br />

biópsias foram guiadas por USG. Em 32.6% dos casos houve acréscimo de<br />

diagnóstico a HCC, em 98% deles de associação com esteatose. O<br />

estadiamento foi possível em 91.95% das amostras. Houve 1.62% de amostras<br />

insuficientes para análise e em 6.43% o laudo foi apenas descritivo. O uso de<br />

USG não aumentou significativamente o percentual de estadiamento. O<br />

tamanho do fragmento medido pelo examinador teve fraca concordância com<br />

a medida do patologista (Kappa 0.04). O tamanho do fragmento avaliado pelo<br />

patologista se relacionou significativamente com a possibilidade de<br />

estadiamento (p 0.007). A média do tamanho do fragmento dentre os que<br />

possibilitaram estadiamento foi de 20.74mm enquanto nos sem estadiamento<br />

foi de 14.59mm. O número de espaços porta completos (EPC) se correlacionou<br />

ainda mais com a possibilidade de estadiamento (p 0.0002), com média de<br />

11.12 EPC dentre os com estadiamento e 2.9 EPC nos não estadiados.<br />

Houve também associação do tamanho do fragmento com o número de<br />

EPC.(gráfico). A informação sobre fragmentação da amostra não foi descrita<br />

de forma uniforme pelos examinadores, não podendo ser avaliada. Conclusão:<br />

O número de espaços porta completos é o melhor indicador de obtenção de<br />

estadiamento e se relaciona com o tamanho do fragmento No momento da<br />

biópsia fragmentos acima de 20mm aumentam a probabilidade de estadiamento.<br />

ID 217<br />

INDUÇÃO DE ESTEATOSE HEPÁTICA EM MODELO EXPERIMENTAL DE<br />

ZEBRAFISH ATRAVÉS DA ADMINISTRAÇÃO DE TIOACETAMIDA.<br />

PORAWSKI, M.; SCHNEIDER, A.C.; SCHAFER, P.G.; MAURER, R.L.;<br />

SILVEIRA, T.R.<br />

LABORATÓRIO EXPERIMENTAL DE HEPATOLOGIA E<br />

GASTROENTEROLOGIA DO CENTRO DE PESQUISAS DO HOSPITAL DE<br />

CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, RS<br />

Introdução:Vários modelos animais têm sido utilizados para o estudo da Doença<br />

Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) utilizando dietas ou aplicação de<br />

drogas como a tioacetamida (TAA). A tioacetamida é um potente agente<br />

hepatotóxico e cancerígeno e a exposição prolongada à TAA causa nódulos<br />

hiperplásicos no fígado, adenomas celulares e hepatocarcinomas. O<br />

desenvolvimento de um modelo experimental no peixe Zebrafish (Danio rerio)<br />

para o estudo da esteatose hepática e sua evolução é importante devido aos<br />

baixos custos de manutenção destes animais e a possibilidade de estudos<br />

moleculares e genéticos em um intervalo de tempo menor e com resultados<br />

possíveis de transpor para mamíferos e humanos. Objetivo: Desenvolver o<br />

modelo de esteatose hepática em zebrafish utilizando TAA. Materiais e Métodos:<br />

Foram utilizados 30 peixes wild-type adultos. Os animais foram mantidos em<br />

aquários de 50 litros, sob aeração e ciclo de 14h de luz e 10h de escuro a 28ºC<br />

± 2ºC, alimentados 2 x por dia com ração comercial para peixes. Os animais<br />

foram divididos em três grupos (n=10): um grupo controle e dois grupos<br />

expostos à TAA (300 mg/Kg) durante 2 e 4 semanas. A TAA foi injetada<br />

intraperitonealmente num volume de 20µL, 3x por semana, os animais controles<br />

receberam o mesmo volume de solução salina pelo mesmo período. Após o<br />

período de exposição, os animais foram crioanestesiados, o fígado foi retirado<br />

uma parte foi fixada em formalina à 10% e outra foi congelada para análises<br />

histológicas por colorações de hematoxilina-eosina e oil red.<br />

Resultados: Após 2 semanas foram observadas diferenças histológicas entre<br />

os animais tratados com TAA e os controles. Foi observado depósito de<br />

gordura macrogoticular em grande extensão nos hepatócitos dos animais<br />

expostos. As análises dos fígados tratados durante as 2 e 4 semanas foram<br />

compatíveis com uma esteatose severa.Conclusão: Foi possível desenvolver<br />

o modelo de esteatose hepática não alcoólica em zebrafish após administração<br />

intraperitoneal de tioacetamida a partir de duas semanas.<br />

Palavras-chave: Tioacetamida, esteatose hepática, zebrafish<br />

Apoio Financeiro: FIPE<br />

ID 219<br />

PREVALÊNCIA DE MARCADORES SOROLÓGICOS DAS HEPATITES A, B E<br />

C EM ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE<br />

SERGIPE (UFS)<br />

HÉRIKA GUMES, GUILHERME SILVA, LUCIANA CARVALHO, DIEGO<br />

PEREIRA, FABIANA ROSA, LUDMILA SENA, IGNEZ HORA, ALEX FRANÇA<br />

SERVIÇO DE HEPATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE<br />

Introdução e Objetivos: As hepatites virais são importante problema de saúde<br />

pública mundial. Os profissionais da área de saúde são considerados grupo<br />

de risco, por estarem expostos a fluidos corporais como sangue, mucosa e<br />

secreções de pacientes contaminados além de risco de acidentes com<br />

materiais perfuro-cortantes. Os objetivos foram determinar a prevalência de<br />

marcadores das hepatites A, B e C em estudantes da área de saúde em<br />

Universidade Federal; determinar o índice de vacinação e conhecer a quais<br />

fatores de risco estão expostos os alunos da área da saúde. Material e<br />

Método: Estudo transversal no qual foram selecionados, por conveniência,<br />

280 estudantes de medicina e odontologia separados em seus estágios préclínicos<br />

(G1): alunos que ainda não haviam iniciado estágio hospitalar; e<br />

clínicos (G2): alunos que já estavam em contato rotineiro com pacientes.<br />

Todos responderam ao questionário para avaliar a exposição a fatores de<br />

risco ocupacionais e não-ocupacionais, assim como dados de vacinação<br />

prévia. Foram realizados os testes sorológicos Anti-VHA IgG, Anti-HBs, Anti-<br />

HBc e Anti-HCV. Resultados: O gênero feminino foi o mais prevalente (173/<br />

280 – 61,8%), a média de idade foi de 22,3 anos. Vinte e sete/280 (9,6%)<br />

estudantes referiram não saber o que é hepatite, 51/280 (18,2%) não souberam<br />

quais são suas formas de transmissão e 95/280 (34%) nunca receberam<br />

orientação de professores ou de funcionários da universidade em relação à<br />

doença. 224/280 (80%) estudantes referiram ter recebido ao menos uma dose<br />

da vacina para hepatite B, entretanto, apenas 46% afirmaram ter recebido<br />

três ou mais doses da vacina. Nestes, o índice de positividade do Anti-HBs<br />

foi de 91%. Setenta/274 (25,5%) afirmaram terem sido vacinados para hepatite<br />

A. Dos estudantes submetidos a avaliação sorológica, 35,9% e 75,6%<br />

apresentaram Anti-VHA e Anti-HBs reagentes respectivamente. Metade dos<br />

estudantes que afirmaram não ter recebido nenhuma dose da vacina<br />

apresentaram Anti-HBs reagente. No Grupo G2, 72% dos estudantes referiram<br />

exposição a fluidos corporais ao longo do curso e 36% já tiveram acidentes<br />

com agulhas. Nenhum aluno apresentou Anti-HBc reagente e apenas um<br />

estudante apresentou anti-HCV positivo. Conclusão: Em nosso meio, os<br />

estudantes da área da saúde apresentam baixos índices de positividade para<br />

hepatite A comparado com a população regional. Programas de vacinação<br />

para hepatite A e B em alunos da área da saúde devem ser estimuladas<br />

ID 220<br />

SÍNDROME HEPATOPULMONAR EM PACIENTE COM ESQUISTOSSOMOSE<br />

MANSÔNICA DA FORMA HEPATOESPLÊNICA: RELATO DE CASO<br />

MOTA W, PASQUETTI A, BATISTA T,OLIVEIRA J, LIMA F, ARAGÃO V, SILVA<br />

A, NASCIMENTO T V, FRANÇA A<br />

SERVIÇO DE HEPATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE<br />

A síndrome hepatopulmonar (SHP) caracteriza-se por ser uma enfermidade<br />

vascular pulmonar decorrente de vasodilatação intrapulmonar, com alteração<br />

da oxigenação arterial, definida pela tríade: hipertensão portal e/ou enfermidade<br />

hepática; pressão parcial de oxigênio (PaO2) < 70 mmHg ou gradiente alvéoloarterial<br />

de oxigênio (DA-aO2) > 20 mmHg avaliados em ar ambiente e dilatações<br />

vasculares intrapulmonares (DVIP). Sua prevalência em cirróticos é de 4% a<br />

17,5%, a depender dos critérios diagnósticos. A hepatopatia crônica causada<br />

por Schistosoma mansoni é uma doença endêmica no Brasil, afetando cerca<br />

de 6 a 7 milhões de pessoas, com maior prevalência na Região Nordeste.<br />

Aproximadamente 2 a 7 % dos pacientes desenvolvem a forma hepatoesplênica<br />

(EHE) e hipertensão portal. São poucos os relatos da presença de SHP em<br />

portadores de esquistossomose da forma hepatoesplênica. O objetivo deste<br />

relato foi demonstrar a presença desta síndrome em paciente portadores de<br />

EHE. J. C. P., 56 anos, sexo masculino, portador de esquistossomose<br />

mansônica da forma hepatoesplênica apresentando dispnéia em repouso e<br />

aos esforços, sem sinais de encefalopatia hepática ou cianose em<br />

extremidades. Foi submetido a gasometria e ecocardiografia transtorácica<br />

com contraste. A gasometria arterial do paciente sentado evidenciou uma<br />

DA-aO2 de 23 mmHg. Outros parâmetros obtidos foram: pH de 7,438; PaCO2<br />

de 32,7 e PaO2 de 85. A ecocardiografia transtorácica com contraste mostrou<br />

a passagem de microbolhas para câmaras esquerdas após três batimentos<br />

cárdicos da visualização das microbolhas em câmaras direitas, avaliada por<br />

dois observadores como 1 + (mínimas microbolhas), o que caracteriza a<br />

presença da síndrome no paciente portador de hepatopatia crônica associada<br />

a esquistossomose e hipertensão portal. Considerando a alta prevalência da<br />

esquistossomose da forma hepatoesplênica causada pelo S. mansoni no<br />

Brasil, estudos com grande amostra são necessários para avaliar a prevalência<br />

das dilatações vasculares intra-pulmonares com ou sem SHP nesses<br />

pacientes, bem como o impacto desse achado na qualidade de vida desses<br />

pacientes ou a reversibilidade do quadro com tratamento específico da<br />

hipertensão portal.<br />

S 90

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