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portadores de CHC diagnosticados através de critérios internacionais (nódulos<br />

observados em pelo menos dois métodos de imagem: ultra-sonografia,<br />

tomografia computadorizada ou ressonância magnética) ou diagnóstico<br />

histológico. Todos os pacientes tiveram avaliação clínica e investigação para<br />

vírus das hepatites B e C (AgHBs e anti-HCV), hemocromatose e cirrose<br />

alcoólica. Foram considerados CHC criptogênico (CHC-C) casos negativos<br />

para os demais fatores. Análise estatística descritiva foi realizada pelo<br />

programa SPSS-16 com resultados expressos em freqüência ou média±desvio<br />

padrão. Resultados: Entre 2007-2008 foram avaliados 28 casos de CHC. O<br />

diagnóstico foi realizado pela combinação de dois métodos de imagem em<br />

50% dos pacientes e 50% tiveram também diagnóstico histológico. CHC<br />

relacionado ao VBH foi observado em 14,3%, 32,1% ao VHC, 14,3% a cirrose<br />

alcoólica, e 28,6% (8) preencheram critérios para CHC-C. Nestes 8 casos a<br />

média de idade foi 61,4±5,9 anos, o IMC de 23,6±2,2 kg/m² e 75% era do<br />

gênero masculino. Fatores de risco para DHGNA foram observados em 100%<br />

destes casos: diabetes em 50%, dislipidemia em 37,5% e obesidade central<br />

em 12,5%. Hipertensão arterial foi verificada em 62,5% e 38% preencheram<br />

critérios para SM. O nível sérico da alfa-fetoproteína encontrava-se superior<br />

a 400ng/mL em 37,5% dos pacientes. Entre os pacientes biopsiados (4/8)<br />

cirrose foi observada e esteato-hepatite com fibrose grau 2 em dois casos.<br />

Conclusões: Associação de DHGNA e CHC foi importante no estudo; fatores<br />

de risco para DHGNA foram observados em todos os casos; esteato-hepatite<br />

com fibrose e cirrose foram os principais diagnósticos histológicos associados<br />

ao CHC. Os resultados sugerem que a investigação precoce de CHC deve<br />

ser realizada em pacientes que apresentam fatores de risco para DHGNA e<br />

fases avançada desta doença hepática (esteato-hepatite com fibrose e cirrose).<br />

ID 94<br />

CO-INFECÇÃO HCV/HTLV VERSUS MONO-INFECÇÃO HCV – ANÁLISE<br />

COMPARATIVA EPIDEMIOLÓGICA, CLÍNICA E LABORATORIAL<br />

MACIEL, AMA; BRANDÃO-MELLO, CE<br />

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFREE E GUINLE - AMBULATÓRIO DE<br />

DOENÇAS DO FÍGADO RIO DE JANEIRO – RJ<br />

Introdução: Hepatite C e infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas<br />

(HTLV) são patologias de graves conseqüências, a primeira podendo levar à<br />

cirrose hepática e ao carcinoma hepatocelular (CHC), e a segunda à leucemia/<br />

linfoma de células T do adulto e mielopatia associada ao HTLV-I/paraparesia<br />

espástica tropical. Dados da literatura sugerem que a co-infecção HCV/HTLV<br />

piora a evolução da doença hepática, diminui a resposta ao tratamento com<br />

Interferon e aumenta a incidência de CHC. Com o objetivo de comparar as<br />

características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais de indivíduos coinfectados<br />

HCV/HTLV e mono-infectados HCV, desenvolveu-se estudo<br />

transversal descritivo. Material e Métodos: Procedeu-se rastreamento da<br />

infecção pelo HTLV I/II em portadores do HCV-RNA pela pesquisa de anti-<br />

HTLV I/II (Elisa), e confirmação por western blot e/ou PCR. Realizou-se<br />

questionário epidemiológico, avaliação clínica e laboratorial (hematológica e<br />

bioquímica), e se disponíveis, genótipo, carga viral do HCV e biópsia hepática<br />

foram analisados. Excluíram-se indivíduos com história de etilismo crônico,<br />

de tratamento prévio para a hepatite C e portadores de outras doenças<br />

hepáticas e/ou do HIV. Resultados: A soroprevalência de co-infecção HCV/<br />

HTLV foi de 7,4% (IC 95%; 4,5 a 11,6%) (N=16/215). Dos co-infectados<br />

(N=16), um foi excluído por ser também infectado pelo HIV, nove eram<br />

positivos para HTLV-I, quatro positivos para HTLV-II e dois não foram<br />

confirmados. Constituiu-se grupo controle com 83 portadores do HCV-RNA<br />

com sorologia negativa para HTLVI/II. Tanto entre co-infectados HCV/HTLV<br />

quanto entre mono-infectados HCV predominaram o sexo masculino, a raça<br />

branca e a ausência de sintomas, e as médias de idade e de duração da<br />

infecção pelo HCV foram similares. Os fatores de risco mais freqüentes<br />

foram cirurgia prévia, hemotransfusão e uso de drogas ilícitas injetáveis,<br />

sendo este último fator mais frequente entre os co-infectados (33,3% vs<br />

10,8%; p=0,037). Fibrose hepática mais avançada (e” 2 de Metavir) foi mais<br />

frequente entre os mono-infectados (59,3%) do que entre os co-infectados<br />

(10%) (p=0,005), assim como também entre os mono-infectados os níveis de<br />

ALT (p=0,030), AST (p=0,015) e Gama-GT (p=0,055) foram superiores.<br />

Conclusão: Em divergência da literatura de referência, este estudo não<br />

encontrou evidências clínicas, bioquímicas ou histológicas de doença hepática<br />

com maior gravidade entre os co-infectados HCV/HTLV do que entre os<br />

mono-infectados pelo HCV.<br />

ID 95<br />

RVS APÓS 24 SEMANAS DE TERAPIA COM PEG-IFN Á-2B E RIBAVIRINA EM<br />

PACIENTE PORTADOR DE HCV GENÓTIPO 1 E CRIOGLOBULINEMIA –<br />

RELATO DE CASO<br />

MACIEL, AMA BRANDÃO-MELLO,CE<br />

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFREE E GUINLE - AMBULATÓRIO DE<br />

DOENÇAS DO FÍGADO RIO DE JANEIRO – RJ<br />

Introdução: O tratamento padrão de portadores do HCV genótipo 1 é a<br />

combinação do PEG-IFN e Ribavirina (RBV) por 48 semanas. Contudo, estudos<br />

recentes têm demonstrado que em indivíduos com carga viral pré-tratamento<br />

d” 600.000 UI/mL e resposta virológica rápida (HCV-RNA indetectável na 4ª<br />

semana de tratamento), a redução do tempo de tratamento para 24 semanas<br />

leva a taxas similares de RVS, além da redução de custos e efeitos colaterais.<br />

O objetivo deste trabalho é relatar caso de RVS em paciente portador do<br />

genótipo 1 do HCV e crioglobulinemia após terapia reduzida (24 semanas)<br />

com PEG-IFN á-2b e RBV. Relato do caso: PRMJ, sexo masculino, 28 anos,<br />

branco, natural do Rio de Janeiro, contínuo, com artralgias e pétequias em<br />

membros inferiores (MMII). História de hemotransfusão ao nascer e uso de<br />

drogas inaladas na adolescência. Ao exame físico, os únicos achados<br />

relevantes eram hiperpigmentação cutânea e telangiectasias perimaleolares.<br />

Exames laboratoriais pré-tratamento demonstravam: carga viral HCV-RNA<br />

113.174 UI/mL; genótipo 1b; fibrose grau 1 (Ishak); ALT > 4xLSN; TAP 81,17%;<br />

albumina 4,19; bilirrubina total 0,82; hemoglobina 16,8; plaquetas 167.000;<br />

crioglobulinas presentes. Iniciado tratamento com PEG-IFN á-2b 100 mcg<br />

(1,5 mg/Kg/semana) e RBV (13 mg/Kg/dia), havendo importante queda da<br />

carga viral do HCV na 1ª semana de tratamento (14.312 UI/mL). O HCV-RNA<br />

estava indetectável na 4ª, e assim permaneceu nas 16ª e 24ª semanas.<br />

Houve normalização da ALT na 3ª semana e negativação das crioglobulinas<br />

na 8ª, como também remissão das telangiectasia em MMII no mesmo período.<br />

Dentre os eventos adversos, se destacaram sintomas gripais e alterações do<br />

humor, contornados parcialmente com sintomáticos e acompanhamento<br />

psicológico. Optou-se pelo encerramento precoce do tratamento na 24ª semana,<br />

frente à resposta virológica rápida na 4ª semana, baixa carga viral prétratamento,<br />

fibrose hepática leve e desejo do paciente. No pós-tratamento,<br />

houve completa recuperação das petéquias, artralgias e dos eventos adversos,<br />

e nas 4ª, 20ª e 40ª semanas as transaminases permaneceram normais, a<br />

pesquisa de crioglobulinas negativa e o HCV-RNA indetectável. Conclusão: O<br />

caso reforça a possibilidade de redução do tempo de tratamento com PEG-IFN<br />

e RBV para 24 semanas em portadores do HCV genótipo 1 com baixa carga<br />

viral basal e resposta virológica rápida na 4ª semana. Os achados demonstram<br />

a tendência atual de individualização do tratamento da hepatite C.<br />

ID 98<br />

INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA INDUZIDA POR ACETATO DE<br />

GLATIRAMER (COPAXONE®) EM PACIENTE COM ESCLEROSE MÚLTIPLA.<br />

CHINDAMO M.C.,CERQUEIRA A, ANDRADE T.G., CARVALHO J.R.,<br />

AFONSO F.S., PEREIRA M.T, LOIVOS A.C.<br />

HOSPITAL BARRA D’OR. RIO DE JANEIRO/RJ<br />

Introdução -Toxicidade hepática induzida por droga é causa frequente de<br />

insuficiência hepática aguda (IHA) com amplo espectro de manifestações<br />

clínicas. Riscos potenciais podem ser prevenidos pelo reconhecimento precoce<br />

e suspensão imediata das medicações. Descrição - Paciente de 39 anos,<br />

sexo feminino, portadora de Esclerose múltipla (EM) e Tireoidite de Hashimoto<br />

admitida na instituição com quadro de hepatite aguda grave (TAP-21%, fator<br />

V=11%, Bbt=13,6mg/dl; transaminases=2500mg/dl). Ao exame apresentavase<br />

lúcida e orientada, ictérica, sem sinais de hepatopatia crônica, ascite ou<br />

edema. Referia pulsoterapia com metilprednisolona (1g/dia - 3 dias) para<br />

tratamento de surto de EM nos 3 meses anteriores a hospitalização, e de<br />

COPAXONE® (acetato de glatiramer) 20mg SC/dia há 20 dias. Evoluiu 5 dias<br />

após o início desta medicação com colúria, seguida de icterícia. Negava<br />

diagnóstico de doença hepática prévia. Os marcadores para vírus A, B, C,<br />

herpes, CMV e Epstein Barr foram negativos; marcadores de auto-imunidade<br />

negativos; dosagem de IgG, gamaglobulina e ceruloplasmina normais. USG<br />

abdominal demonstrava fígado aumentado de tamanho, baço normal e discreta<br />

quantidade de líquido em fundo de saco. Desenvolveu na 2ª semana após<br />

surgimento da icterícia, ascite e edema perimaleolar. Encefalopatia hepática<br />

grau I foi identificada 20 dias após o inicío da icterícia, configurando o<br />

diagnóstico de IHA com score de MELD=34 (Bb=32,1;INR=3,56;Cr=0,7) e<br />

fator V=4%. Foi submetida a transplante hepático de doador cadáver. O<br />

explante apresentava 500g e extensas áreas de necrose. Os cortes histológicos<br />

exibiam estruturas lobular e trabecular com áreas de necrose litica, intensa<br />

proliferação de neocolangíolos e colapso da arquitetura reticular compatível<br />

com hepatite aguda com necrose maciça e confluente dos hepatócitos, sugerindo<br />

toxicidade por droga. O quadro de IHA foi atribuído ao uso de acetato de<br />

glatiramer. Conclusão -Esta é uma droga utilizada na EM recidivante com<br />

relatos de alteração das transaminases e indução de reativação de hepatite<br />

autoimune. Outras drogas como a metilprednisolona e o interferon podem<br />

induzir hepatite aguda, aumento de aminotransferases e IHA nos pacientes<br />

com EM. Não há descrição até o momento de IHA induzida por acetato de<br />

glatiramer. Este relato deve alertar para a necessidade de monitoramento das<br />

enzimas hepáticas durante a terapia com acetato de glatiramer, uma vez que<br />

seu potencial hepatotóxico ainda não é plenamente definido.<br />

S 64

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