Resumos
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neoplasia que influencia e modifica a adesão célula-célula ou à matriz<br />
extracelular, à motilidade transendotelial e a outros mecanismos moleculares,<br />
voltados ao deslocamento e invasão tumoral, não definida histologicamente<br />
no intestino ressecado.<br />
ID 442<br />
HEPATOPATIAS EM OCTOGENÁRIOS E NONAGENÁRIOS<br />
OLIVEIRA E SILVA A DE, WAHLE RC, OLIVEIRA SOUZA E, ROCHA BS,<br />
CARDOZO VDS, MARINHO TC, GAGNIN L, CREMONIN RHR, MATTEDI<br />
NOA, GAMA LRM, RAPOSO JR. CM,CRUZ PH, D’ALBUQUERQUE LAC<br />
CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), HOSPITAL<br />
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO, SÃO PAULO (SP)<br />
Introdução e Objetivos: Dados do IBGE definem em 2007, sobrevida dos<br />
brasileiros em torno de 72.6 anos de idade. Nesse trabalho descreveremos a<br />
experiência no nosso Serviço, com hepatopatas octogenários e nonagenários,<br />
aspecto que ainda não mereceu preocupação na literatura brasileira. Material<br />
e Métodos: Composto por 18 pacientes, 15 (83.3%) entre 80 e 88 e 3 (16.7%)<br />
além de 90 anos, 12 (66.7%) do sexo feminino e 6 (35.1%) do masculino.<br />
Resultados: Dessa população, 13 (72.2%) cursavam com doenças benignas,<br />
dos quais 4 (30.8%) com cirrose viral C, 2 (15.4%) cirrose viral B, 5 (38,4%)<br />
com esteato-hepatite não alcoólica, 1 (7.7%) hepatite crônica por fármaco e<br />
1 (7.7%) com cisto hepático gigante roto. Os restantes 5 (21.8%), 4 (22.64%)<br />
com carcinoma hepatocelular e 1 (5.6%) com colangiocarcinoma. Do total, 15<br />
(83.3%) estão vivos. Conclusão: Esses pacientes merecem lugar à discussão<br />
como casos de envelhecimento extremamente lento, apesar de portarem<br />
diversas e não negligenciáveis hepatopatias e co-morbidades. Devem ser<br />
considerados como população restrita de sobreviventes, e razoavelmente<br />
conservados, pois apenas 5 (22.2%) foram definidos como frágeis, fenótipo<br />
extremo da idade, os outros não dependendo de assistência diária considerável,<br />
envolvendo familiares e cuidadores. O entendimento desse comportamento<br />
de mais baixa velocidade da senescência dependerá da identificação de<br />
genes ou proteínas e metabolitos que analisados através de técnicas<br />
principalmente genômicas, transcriptômicas, proteômicas ou metabolômicas,<br />
definirão o porque desse aspecto evolutivo e nos guiarão na condução dessa<br />
já expressiva população de hepatopatas.<br />
ID 443<br />
PREVALÊNCIAS DE MUTAÇÕES C282Y E H63D DO GENE HFE NA ESTEATO-<br />
HEPATITE NÃO ALCOÓLICA (EHNA)<br />
OLIVEIRA E SILVA A DE, SILVA JÚNIOR LS, CARDOZO VDS, OLIVEIRA<br />
SOUZA E, WAHLE RC, ROCHA BS, RIBEIRO CMF, D’ALBUQUERQUE LAC<br />
CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), HOSPITAL<br />
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO, SÃO PAULO (SP).<br />
Introdução e objetivos: Mutações do gene HFE têm sido identificadas na<br />
EHNA em pacientes norte-americanos. Tal aspecto não se encontra ainda<br />
definido entre brasileiros, nossa preocupação nesse trabalho. Material e<br />
Métodos: Composto de 18 pacientes, 17 (94,4%) homens, com idades entre<br />
26 e 62 anos, todos com biópsia hepática revelando EHNA. Desses, 15<br />
(88.8%) hipertrigliceridêmicos, 5 (25%) hipertensos arteriais, 4 (26,9%)<br />
diabéticos. Pesquisa das mutações valeu-se de técnica PCR seguida de<br />
digestão enzimática RSAl para C282Y e BCll para H63D, com expressões<br />
homo ou heterozigóticas. Resultados: Apenas mutações H63D foram<br />
observadas em 8 (42,1%), sendo heterozigótica em 5 (62.5%) e homozigótica<br />
em 3 (37.5%). Conclusões: Tais resultados diferem do encontrado por<br />
pesquisadores da Universidade de Massachusetts, onde em 57 pesquisados<br />
com EHNA, 7 (12.9%) tinham mutação C282Y, sendo 6 (16.7%)<br />
heterozigóticos, enquanto 18 exibiam a mutação H63D, 2 (5.6%) homozigóticos<br />
e 16 (44.4%) heterozigóticos. Entre nossos pacientes apenas essa última<br />
mutação foi observada em 42.1%, inexistindo a mutação C282Y, quando<br />
estudados especificamente pacientes com EHNA. Tais resultados poderão<br />
ser melhores alicerçados quando separados em grupos de obesos ou não,<br />
com ou sem síndrome metabólica, pertencentes a gêneros diferentes e<br />
relacionados ao nível sérico de ferritina e índice de saturação de transferrina,<br />
motivo de nossa preocupação em trabalho próximo. Assim será possível<br />
definir com exatidão se tal comportamento potencializa ou diminui os efeitos<br />
do gene HFE na potencialização da atuação da hiperinsulinemia naqueles com<br />
síndrome metabólica, aumentando o “pool” de receptores e do próprio ferro na<br />
exacerbação das lesões hepáticas identificadas na EHNA.<br />
ID 444<br />
SOBRECARGA DE FERRO VERSUS FIBROSE HEPÁTICA EM PORTADORES<br />
CRÔNICOS DA HEPATITE C<br />
RODRIGO S. MACÊDO 1 ,CAROLINE C. OLIVEIRA 1 , ANDRÉA OLIVEIRA 1, ,<br />
EDNALDO BOMFIM 1 ,DANILO L. ANDRADE 1 , ISIS BARRETO 1 ,RAYMUNDO<br />
PARANÁ 1,3 MARIA ISABEL SCHINONI 2.3<br />
1<br />
FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA-UNIVERSIDADE FEDERAL DA<br />
BAHIA, PROGRAMA DE INICIQAÇÃO CIENTIFICA, 2 INSTITUTO DE CIÊNCIA<br />
DA SAÚDE - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, 3 HOSPITAL<br />
UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS<br />
A sobrecarga de ferro hepático (SF) gera estresse oxidativo, ativa as células<br />
de ITO 3,5 e incrementa a progressão da fibrose em portadores do VHC. 4 Cerca<br />
de 10%-42,1% dos portadores do VHC apresentam SF. 2 . Além disso alguns<br />
estudos mostram que a depleção de ferro determina a redução in-vivo dos<br />
marcadores de stress oxidativo e fibrose. 1 O objetivo foi avaliar a correlação<br />
entre a carga de ferro e a fibrose hepática em portadores do vírus C da<br />
hepatite. Este é um estudo comparativo, transversal, que avaliou biópsias<br />
hepáticas de 125 pacientes do Hospital Universitário Professor Edgar Santos,<br />
diagnosticados como portadores de hepatite C a partir da detecção de HCV-<br />
RNA e do anti-HCV, que realizaram biópsia entre o período de 1995 a 2009<br />
nesta instituição. Foram excluídos casos de co-infecçãoo possiveis causas<br />
secundárias de SF. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: G1. ausência<br />
de fibrose ou fibrose leve (Metavir F0-2) e G2. fibrose avançada (Metavir F3-<br />
4). Foram feitas análises estatísticas paramétricas e não paramétricas,<br />
adotando-se um nível de significância de 5%. Para as análises, utilizou-se o<br />
SPSS, e a significância foi avaliada a partir do Qui-Quadrado de Pearson. Dos<br />
89 pacientes que não apresentavam sobrecarga de ferro, 63 apresentavam<br />
fibrose leve e 26 fibrose avançada. Dos 36 que apresentavam SF, 22<br />
apresentavam muita fibrose e 14 pouca ou nenhuma. (p=0,001). Em conclusão,<br />
os pacientes que apresentavam sobrecarga de ferro hepático apresentavam<br />
fibrose mais avançada. Esses resultados podem ajudar a entender a evolução<br />
da fibrogênese, interferindo no manejo destes pacientes, seja na estratificação<br />
de risco do desenvolvimento de fibrose, como na avaliação de medidas<br />
terapêuticas, que diminuiriam sua progressão, aumentando a chance de<br />
resposta sustentada ao tratamento.<br />
ID 445<br />
TIPS - 10 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL DE BASE DA FACULDADE<br />
DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP – ANÁLISE DESCRITIVA<br />
RENATO F DA SILVA, PAULO C A JR., WILIAM J DUCA, ADNALDO A M A<br />
DA SILVA, LUIZ F REIS, DANIEL G MICHELIN, FERNANDA R FUNES,<br />
DÉBORA R ANTONELLI, CÍNTIA M G MARCHI, DANIELA R PINTO, HELEN<br />
CC DE FELÍCIO, MACIA F ROCHA, RITA DE C M A DA SILVA.<br />
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO / FAMERP - SP<br />
O TIPS foi introduzido para tratamento de complicações da hipertensão portal<br />
em candidatos ao transplante de fígado (TF). O objetivo deste trabalho foi<br />
descrever as características clínicas, complicações e evolução dos pacientes<br />
submetidos ao TIPS. Foram analisados retrospectivamente todos os prontuários<br />
dos pacientes encaminhados ao TIPS de 1998 a 2008. Foram identificados<br />
129 pacientes tendo sido observado insucesso técnico em 17 (13,17%) do<br />
total. Destes, 11 foram a óbito, 5 perderam o seguimento, 1 foi transplantado,<br />
e não foram incluídos nesta análise. Analisamos 112 pacientes que<br />
efetivamente tiveram o TIPS implantado, sendo que 10% (13/112) necessitaram<br />
2 próteses. A maioria era masculino 93/112 (83,03%) com idade media de 48<br />
(15 a 84) anos. Quanto a etiologia da doença hepática foi observado: cirrose<br />
alcoólica 37/112 (33,03%), VHC 35/112 (31,25%), criptogênica 16/112 (14,28%),<br />
VHB 9/112 (8,03%), NASH 6 (5,35%) e outras 9 (8,03%). As indicações para<br />
instalação do TIPS foram: hemorragia digestiva alta 62 (55,35%), ascite 42<br />
(37,5%) e outros 08 (7,14%). Quanto à evolução, observou-se que 26 (23,21%)<br />
foram transplantados sendo que destes, 16 estão vivos e 04 tiveram morte<br />
precoce (até 30 dias). Dos 86 pacientes não transplantados, 35 (31,25%)<br />
estão vivos, e 51 (45,53%) foram a óbito sendo que destes, 47 (41,96%)<br />
tiveram morte em 3 meses. O total de óbitos após o TIPS foi 61 pacientes<br />
(54,46%), destes 47 (76,78%) tiveram morte dentro de três meses, a maioria<br />
tinha MELD alto, media = 21 (7 a 37) e apresentavam Child-Pugh B (17) e C<br />
(25). Quanto às complicações, a mais prevalente foi encefalopatia, que<br />
ocorreu em 53 pacientes (47,32%). Em 29 destes (26,89%), houve associação<br />
da encefalopatia com outras complicações. Estenose da prótese foi detectada<br />
em 21 (18,75%) pacientes. Em 29 foram observadas mais de uma complicação<br />
e em 32 (28,57%) não foram observadas complicações após o TIPS.<br />
Conclusão: Estes dados indicam que o TIPS pode beneficiar uma porcentagem<br />
significante dos candidatos ao TF. Por outro lado chamam atenção para o alto<br />
potencial de complicações deste procedimento.<br />
S 140