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ID 167<br />
HEPATITE AGUDA C: PROCEDIMENTOS MÉDICO-HOSPITALARES SÃO OS<br />
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO<br />
FERREIRA, A.S.P.; DOMINICI, A.J.; PINHO, T.L.R.; WERNZ, R.S.; TANAKA,<br />
B.N.; CAMPOS, D.C.; MELO, L.A.; SANTOS FILHO, R.I.; LEAL, K.F.C.S.;<br />
CORREA, A.P.; COSTA, C.L.F.<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA SÃO LUÍS-MA<br />
Introdução: Hepatite aguda C pode ser observada na prática clínica e um alto<br />
grau de suspeição é necessário para que seja feito o diagnóstico. Objetivo:<br />
Descrever os casos de hepatite aguda C atendidos em um serviço de<br />
referência em hospital universitário. Método: Revisaram-se prontuários de<br />
pacientes com hepatite aguda C atendidos entre 2001/2009. O diagnóstico foi<br />
definido pela presença do anti-HCV em casos de hepatite aguda, com fator<br />
de risco parenteral, onde foram afastadas outras causas (C1), soro-conversão<br />
documentada do anti-HCV (C2) ou HCV-RNA positivo precedendo a soroconversão<br />
do anti-HCV (C3). Resultados: Identificaram-se 18 casos, com<br />
média de idade de 39 anos, sendo 12 homens (67%). Em 11 casos (61%) o<br />
diagnóstico foi determinado por C1, seguido por C2 em seis (33%) e apenas<br />
um paciente (6%) por C3. Todos os prováveis mecanismos de contaminação<br />
foram procedimentos médico-hospitalares: hemodiálise (2), cirurgias (7),<br />
colonoscopia (1), internação clínica (5), transfusão sanguínea (1), drenagem<br />
de abscesso (1) e ulcera varicosa (1). Todos apresentaram pico de ALT maior<br />
que 10 vezes o LSN. Seis (33%) evoluíram para clareamento espontâneo da<br />
infecção. Dois portadores de insuficiência renal g/sem por 48crônica foram<br />
tratados com Interferon (IFN) peguilado alfa-2a 180 semanas e tiveram<br />
Resposta Virológica Sustentada (RVS). Três trataram com esquema IFN<br />
convencional em monoterapia por 24 semanas, apenas um obteve RVS; dois<br />
foram tratados com IFN convencional e ribavirina por 48 semanas e apenas<br />
um g/sem e ribavirina por 24obteve RVS, um foi tratado com Peg-IFN alfa<br />
2a 180 semanas com RVS, dois pacientes não foram submetidos a tratamento<br />
e dois ainda estão em tratamento. Conclusões: Hepatite aguda C apresentase<br />
como outras hepatites virais, devendo ser suspeita diagnóstica sempre<br />
que outras causas forem afastadas e tenha havido fator de risco.<br />
Procedimentos hospitalares parece ser o principal mecanismo de transmissão.<br />
ID 168<br />
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EVOLUTIVAS DE PACIENTES COM DOENÇA<br />
DE WILSON DO NÚCLEO DO FÍGADO DO HU- UFMA<br />
FERREIRA, A.S.P.; DOMINICI, A.J.; GARCIA, R.M.S.; CORDEIRO, M.E.C.;<br />
PINHO, T.L.R.; FERREIRA, M.L.S.; SANTOS, G.F.R.C.; LEAL, K.F.C.S.;<br />
COSTA, C.L.F.; TANAKA, B.N.; CORREA, A.P.<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA SÃO LUÍS-MA<br />
Introdução: Doença de Wilson (DW) é um distúrbio no metabolismo do cobre,<br />
de caráter autossômico recessivo, devido a mutações no gene ATP7B,<br />
causando lesões principalmente hepáticas e neurológicas, com manifestações<br />
clínicas variadas. Objetivos: Avaliar características clínicas e evolutivas da<br />
DW em pacientes atendidos no Núcleo de Estudos do Fígado da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Resultados: Foram encontrados 11 pacientes com<br />
diagnóstico de DW, 7 pertencentes ao sexo feminino e 4 ao sexo masculino,<br />
com idade variando entre 10 a 20 anos. Oito pacientes eram sintomáticos ,<br />
com doença hepática em 5 casos, doença neurológica em 3 casos e 3 tiveram<br />
o diagnóstico a partir de screening familiar. O valor médio da ceruloplasmina<br />
foi de 5mg/dl (variando de 2 a 23 mg/dl). Em 5 pacientes foi pesquisado o anel<br />
de Kayser- Fleischer e estava presente em todos os casos, destes 3 tinham<br />
sintomas neurológicos. Quanto à evolução , 1 foi encaminhado para transplante<br />
hepático devido descompensação de cirrose hepática, 1 evoluiu para óbito<br />
com insuficiência hepática aguda, 4 perderam o acompanhamento e 5 pacientes<br />
mantém-se em tratamento clínico, sendo que 4 fazem uso de D-penicilamina<br />
e 1 faz uso de acetato de zinco. Em 2 pacientes houve piora dos sintomas<br />
neurológicos após uso da D-penicilamina. Um paciente tinha história de<br />
colescistectomia aos 9 anos de idade. Conclusão: A Doença de Wilson,<br />
apesar de rara, está presente em nosso meio, e deve ser lembrada e investigada<br />
em todos pacientes, sobretudo jovens, com hepatopatia aguda ou crônica<br />
com marcadores virais negativos, objetivando um diagnóstico mais rápido e<br />
terapêutica específica em tempo hábil, no sentido de evitar evolução dramática<br />
culminando com óbito ou transplante.<br />
ID 169<br />
ADENOMA HEPÁTICO - RELATO DE CASO<br />
TORRES, O.J.M.; DOMINICI, A.J.; GARCIA, R.M.S.; CORDEIRO, M.E.C.;<br />
CARVALHO, M.C.L.; PINHO, T.L.R.; SANTOS FILHO, R.I.; LEAL, K.F.C.S.;<br />
SANTOS, G.F.R.C.; FERREIRA, M.L.S.<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA SÃO LUÍS-MA<br />
Introdução: Adenoma de células hepáticas é um tumor benigno, relativamente<br />
infrequente, com incidência aumentada em mulheres com história de uso de<br />
contraceptivos hormonais, em geral por tempo prolongado. Objetivos: relatar<br />
um caso clínico de adenoma hepático diagnosticado e tratado no Hospital<br />
Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Relato de caso :Relatamos<br />
uma paciente feminina, 58 anos, queixando de dor em hipocôndrio direito e ao<br />
exame físico hepatomegalia, onde foi realizada US de abdome que evidenciou<br />
imagem nodular sólida, isoecóica, medindo 7x4 cm e que exercia pressão<br />
sobre a vesícula biliar. Realizou CT de abdome, que evidenciou uma massa<br />
com características sólidas em lobo direito do fígado, com 7,4 X 4,8 cm<br />
sugestivo de adenoma hepático. Exames laboratoriais normais. Feito biópsia<br />
hepática, cujo laudo foi compatível com adenoma hepático. Foi submetida a<br />
hepatectomia direita. No primeiro dia pós operatório, apresentava AST =119,<br />
ALT= 174, BT =13,4, BD= 11, BI =2,4 e icterícia. Evoluiu com aumento da<br />
intensidade da icterícia, e com aumento dos níveis de bilirrubina (BT =18,5,<br />
BD= 17,3, BI= 1,2). No 14° DPO foi submetida a cirurgia para colocação de<br />
prótese em colédoco (cateter de Nelaton). Após a realização deste<br />
procedimento, evoluiu bem, com notória diminuição dos níveis de bilirrubinas.<br />
Recebeu alta hospitalar no 13° dia após a segunda cirurgia, com quase<br />
normalização dos níveis de bilirrubina (BT= 2,3, BD =2,0, BI= 0,3) e<br />
assintomática. Conclusão: relatamos um caso de adenoma hepático volumoso<br />
com sintomas dolorosos, onde foi optado por tratamento cirúrgico para evitar<br />
complicações, como risco de malignização ou ruptura<br />
ID 172<br />
DOENÇA DE WILSON: A EXPERIÊNCIA DE SEIS DÉCADAS DO HC-FMUSP<br />
ARAÚJO FC; CANÇADO ELR; BARBOSA ER; MACHADO AAC; PORTA G;<br />
ARAÚJO TF; NAKHLE MC; CUNHA-SILVA M; CARRILHO FJ; DEGUTI MM<br />
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,SÃO PAULO-SP<br />
Introdução e objetivos: A doença de Wilson é um raro distúrbio do metabolismo<br />
do cobre, causado pela mutação no gene ATP7B, levando a agressão<br />
principalmente do fígado e cérebro. Diante da diversidade de apresentação<br />
clínica que dificulta diagnóstico e tratamento, visamos relatar a experiência<br />
de um centro de referência. Materiais e métodos: Analisaram-se,<br />
retrospectivamente, 160 casos dos serviços de hepatologia, neurologia e<br />
pediatria do HC-FMUSP, atendidos entre 1946-2009. Obtiveram-se dados<br />
epidemiológicos,critérios diagnósticos, formas de apresentação e tratamento.<br />
Resultados: A proporção entre homens e mulheres foi 1,45:1. A etnia<br />
caucasiana foi a mais prevalente (77,2%), seguida da parda (16,4%), negra(5%)<br />
e amarela(1,4%). A apresentação clínica inicial dos 122 casos-índices foi:<br />
45,0% forma hepática, 38,0% neurológica, 11,0% psiquiátrica, 4,2%<br />
assintomática e em 1,8% não havia informações. A consanguinidade foi<br />
relatada em 26,2% dos casos-índices. A média geral das idades foi 18,7 (4-<br />
53) anos, sendo assintomáticos 14,4 anos, a forma hepática 17,1anos,<br />
neurológica 21,0 anos e psiquiátrica 20,8 anos. O anel de Kayser-Fleischer foi<br />
encontrado em 66,5% dos casos, presente em 98,6% na forma neurológica e<br />
13,6% na assintomática. Ceruloplasmina sérica < 20mg/dL ocorreu em 97,5%,<br />
cuprúria> 100µg/dia em 72,2% e o teste pós D-penicilamina(D-PA) foi positivo<br />
em 68,8%. O cobre hepático, pesquisado em 4 casos, foi dosado em 499-<br />
2264µg/g; a rodanina foi positiva em 11/22 (50%) casos. Em relação ao<br />
tratamento, a D-PA foi a droga de escolha em 86,8%,obtendo-se resposta<br />
regular a satisfatória em 79,7% dos usuários, com tempo médio de uso de 7,6<br />
anos e efeitos adversos em 82,2%. Conclusão: Diante de indivíduos com<br />
alterações psiquiátricas, neurológicas e hepáticas, deve-se considerar a<br />
possibilidade de doença de Wilson,investigando-se antecedentes de<br />
consangüinidade entre os pais, ceruloplasminemia e cuprúria. A taxa elevada<br />
de efeitos colaterais com D-PA aponta para a necessidade de opções<br />
terapêuticas mais toleráveis como primeira escolha.<br />
ID 173<br />
ESTUDO DE FÍGADOS DE PACIENTES TRANSPLANTADOS NO ESTADO DA<br />
BAHIA ENTRE 2001 E 2008: ÊNFASE EM CASOS DE ESCLEROSE<br />
HEPATOPORTAL<br />
FREITAS,JR; ANDRADE,ZA; BITTENCOURT,PL; BASTOS,JLA;<br />
CAVALCANTI,AR; CODES,L; CANEDO,L; GUSMÃO,A; ALMEIDA,B;<br />
EVANGELISTA,MA; SANTOS,AHR; FREITAS,LARF<br />
CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ/FIOCRUZ-SALVADOR/BA<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA REAL SOCIEDADE PORTUGUESA<br />
DE BENEFICÊNCIA DEZESSEIS DE SETEMBRO (HOSPITAL PORTUGUÊS<br />
DA BAHIA, SALVADOR/BA).<br />
O primeiro transplante hepático feito na Bahia ocorreu em 2001 e foi realizado<br />
pela equipe da Real Sociedade Portuguesa de Beneficência Dezesseis de<br />
S 80