Resumos
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foi maior (14%), sendo observados casos com formação de septos fibrosos<br />
incompletos e cirrotização. Quanto a distribuição da esteatose no lóbulo<br />
hepático, observou-se maior freqüência de degeneração focal (limitada a<br />
zona 3) nas mulheres que nos homens. Nestes, o comprometimento panlobular<br />
foi observado em 42% dos casos. Conclusão: O dano tecidual hepático -<br />
caracterizado pela degeneração esteatótica hepatocitária e fibrose<br />
parenquimatosa - na doença hepática gordurosa não alcoólica foi mais intenso<br />
e extenso no sexo masculino; sendo que metade das mulheres exibiram<br />
apenas degeneração gordurosa limitada a zona 3 do lóbulo hepático, sem<br />
inflamação ou fibrose associada.<br />
ID 397<br />
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PORTADORES DE HEPATITE B EM CENTRO<br />
DE REFERÊNCIA EM HEPATOLOGIA DE JUIZ DE FORA<br />
PACE , F.H.; MEIRELLES DE SOUZA, A.F; RIBEIRO, T.C.R.; OLIVEIRA,<br />
J.M.;BARBOSA, K.V.B.D; ALMEIDA, F.A.M.B.; OLIVEIRA, L.R.P.; RICCI<br />
JR.,J.E.R; OLIVEIRA, A.L; GUIMARÃES, L.M.P.; MARIOSA, F.G.<br />
SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - CENTRO DE REFERÊNCIA EM<br />
HEPATOLOGIA - HU/ CAS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA<br />
Introdução e Objetivo: O vírus da hepatite B (HBV) acomete 6,8/100 mil<br />
habitantes de brasileiros, podendo evoluir para cirrose hepática e carcinoma<br />
hepatocelular. Em 2004, foram notificados 2,6 óbitos/1 milhão de habitantes<br />
como conseqüência da hepatopatia por HBV no estado de Minas Gerais.<br />
Descrevemos o perfil epidemiológico de pacientes portadores de HBV<br />
acompanhados no Centro de Referência em Hepatologia da Universidade<br />
Federal de Juiz de Fora, durante o período de dezembro de 2004 a junho de<br />
2009. Materiais e Métodos: Foram avaliados 179 pacientes portadores de<br />
HBV com média de idade de 46,6 anos (15-86), sendo 66% sexo masculino,<br />
76% raça branca e 8% apresentavam outras causas de hepatopatias (HCV,<br />
álcool). O tempo médio de doença foi de 7 anos. Resultados: O principal fator<br />
epidemiológico foi a via sexual (80% não fazia uso de preservativo) e 45%<br />
dos pacientes tiveram contato familiar com hepatopatia (37% HBV). A maioria<br />
dos pacientes (76%) foi diagnosticada como portadora do HBV através da<br />
realização de exames laboratoriais de rotina e 13% apresentaram como forma<br />
inicial a descompensação hepática. A co-morbidade mais freqüente foi a HAS<br />
(32%), insuficiência renal crônica dialítica ocorreu em 4% e 12% apresentavam<br />
síndrome metabólica. Alcoolismo foi documentado em 60% com média de<br />
consumo alcoólico de 118,3 g/dia (7-417). Exames laboratoriais: 35% eram<br />
HBeAg positivo, média de transaminases TGO 194,7 UI/L e TGP: 283,6 UI/L.<br />
A biópsia hepática foi realizada em 25% dos pacientes, evidenciando fibrose<br />
avançada (F3/F4) em 21% e atividade peri-portal em 67% dos casos (A1:52%,<br />
A2:29%). 55% apresentavam esteatose hepática leve à biópsia. O tratamento<br />
foi instituído em 20% dos pacientes, sendo maioria tratada com lamivudina<br />
(56%) seguido de interferon convencional (26,5%). Quando comparados a<br />
Indivíduos HBeAg negativo pacientes HBeAg positivo apresentaram maior<br />
atividade de aminotransferases (TGO:p= 0.005 / TGP:p < 0.0001), menores<br />
níveis de albumina (p = 0.014) e maior frequencia de fibrose significativa.<br />
Conclusão: A infecção pelo HBV é uma doença muitas vezes assintomática,<br />
descoberta fortuitamente e em 20% dos pacientes há comprometimento<br />
significativo do parênquima hepático (fibrose avançada).<br />
ID 398<br />
GENÓTIPOS 2 E 3 DO VÍRUS DA HEPATITE C: EXISTEM DIFERENÇAS NA<br />
APRESENTAÇÃO CLÍNICA, LABORATORIAL E HISTOLÓGICA E NA<br />
RESPOSTA AO TRATAMENTO?<br />
MELO IC, CORAINE LA, UEHARA SNO, EMORI CT, WAHLE R, AMARAL<br />
AC, SILVA I, SILVA AEB, FERRAZ MLG<br />
SETOR DE HEPATITES - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP<br />
Introdução e objetivos: O vírus da hepatite C apresenta 6 genótipos distintos.<br />
No Brasil predominam os genótipos 1 e 3, e em menor freqüência o genótipo<br />
2. A maior parte dos estudos analisa os genótipos 2 e 3 conjuntamente, uma<br />
vez que ambos apresentam elevadas taxas de resposta ao tratamento. Assim<br />
sendo, existe pouca informação sobre cada um desses genótipos isoladamente.<br />
O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar as características<br />
epidemiológicas, laboratoriais e histológicas e a resposta ao tratamento entre<br />
pacientes portadores de infecção crônica pelo HCV com genótipos 2 ou 3.<br />
Material e Métodos: Foram avaliados pacientes com infecção crônica pelo<br />
HCV portadores de genótipos 2 e 3, entre 1994-2008, que foram submetidos<br />
à biópsia hepática. Foram excluídos portadores de IRC em hemodiálise e de<br />
co-infecção com HBV ou HIV. Foram analisadas as seguintes variáveis:<br />
sexo, idade, antecedente parenteral, tempo de infecção, níveis de<br />
aminotransferases, fosfatase alcalina, gama-GT e plaquetas. Foram<br />
comparados os graus de atividade inflamatória (APP), estadiamento(E) e<br />
presença de esteatose. Resultados: Foram avaliados 227 pacientes, com<br />
média de idade de 47±10 anos, 62% do sexo masculino. Dentre estes 17%<br />
eram do genótipo 2 e 83% do genótipo 3.O risco parenteral foi encontrado em<br />
52% dos casos. Na análise comparativa, não houve diferença entre genótipos<br />
2 e 3 quanto ao sexo, tempo de infecção, níveis de enzimas hepáticas e<br />
plaquetas. Por outro lado, houve diferença estatisticamente significante entre<br />
genótipos 2 e 3 respectivamente quanto à idade (52 x 46 anos, p