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Felicidade-genuína-B.-Alan-Wallace

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A quinta recomendação é manter disciplina ética pura. A essência da ética<br />

budista é evitar o envolvimento em ações que sejam prejudiciais ao seu próprio<br />

bem-estar ou ao de outros. Nas grandes religiões ocidentais – judaísmo,<br />

cristianismo e islamismo – a ética é imposta à humanidade por uma autoridade<br />

divina externa. Esse não é o espírito do budismo. A ética deriva naturalmente da<br />

busca pela felicidade <strong>genuína</strong>, do treinamento e do aperfeiçoamento da mente, e<br />

da exploração da realidade. É semelhante à ética científica, que implica<br />

completa honestidade em relatar o que está sendo pesquisado, pois, se esse<br />

princípio é violado, a ciência como um todo deixa de funcionar. Uma das quatro<br />

regras éticas mais importantes para os monges budistas é: “Não forje os<br />

resultados de sua prática espiritual” – ou, em termos budistas, “não minta sobre a<br />

sua realização”. Não distorça nem exagere de modo algum o seu grau de<br />

realização espiritual. Se fizer isso, não será mais considerado um monge.<br />

A sexta e última advertência é: “Não fique preso a fantasias.” Isso sugere que<br />

a qualidade de presença que enfatizamos na prática meditativa formal pode<br />

ajudar a nos libertarmos de pensamentos obsessivos em nossas interações com os<br />

outros, com o ambiente, com o nosso trabalho e com a vida como um todo.

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