Etnografías de lo digital - UNED
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III Congreso Online - Observatorio para la Cibersociedad<br />
‘Conocimiento abierto, Sociedad libre’<br />
43<br />
<strong>Etnografías</strong> <strong>de</strong> <strong>lo</strong> Digital<br />
Grupo <strong>de</strong> trabajo<br />
Po<strong>de</strong>rão as tecno<strong>lo</strong>gias digitais e o e-learning contribuir para transformar o ensino<br />
entendido como um processo <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> conhecimento, baseado no fluxo <strong>de</strong><br />
informação num só sentido e na aquisição <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong>corrente do ouvir e ler<br />
num processo em que o aluno po<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r percursos <strong>de</strong> aprendizagem que<br />
passem além <strong>de</strong>stas, ainda que necessárias, formas <strong>de</strong> aprendizagem?<br />
Que turbulências cria esta situação no capital humano e na cultura institucional?<br />
E-learning no ensino da antropo<strong>lo</strong>gia<br />
A natureza específica da disciplina e do conhecimento que se <strong>de</strong>seja que os alunos<br />
possam <strong>de</strong>senvolver cria alguma especificida<strong>de</strong> na utilização das tecno<strong>lo</strong>gias<br />
digitais?<br />
Como po<strong>de</strong>m as tecno<strong>lo</strong>gias digitais contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento da formação<br />
em antropo<strong>lo</strong>gia, do ensino experiencial (baseado na experiência) <strong>de</strong> modo a ter em<br />
conta dois dos mais importantes vectores <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta área <strong>de</strong> saber –<br />
o trabalho <strong>de</strong> campo (experiência do trabalho <strong>de</strong> campo), a construção intercultural<br />
dos saberes e a consequente produção textual (criação/produção <strong>de</strong> narrativas<br />
multissemióticas), a disseminação e utilização dos saberes?<br />
Este processo <strong>de</strong> ensino remeter-nos-á para mo<strong>de</strong><strong>lo</strong>s ou paradigmas antropológicos<br />
ou <strong>de</strong> investigação em antropo<strong>lo</strong>gia?<br />
É consensual que a utilização mais frequente das tecno<strong>lo</strong>gias digitais se situa<br />
essencialmente no âmbito <strong>de</strong> consulta ou recolha <strong>de</strong> informação já existente –<br />
utilização da Internet ou das bibliotecas e arquivos, e do armazenamento,<br />
organização e processamento da informação <strong>de</strong> modo a obter um produto final –<br />
preparação para exame ou produção <strong>de</strong> um ensaio. Em situações mais elaboradas<br />
<strong>de</strong> utilização das tecno<strong>lo</strong>gias digitais estarão formas criativas <strong>de</strong> produção visual,<br />
audiovisual e a sua integração com a escrita (hipermedia).<br />
A incorporação das tecno<strong>lo</strong>gias digitais como forma inovadora capaz <strong>de</strong> incorporar<br />
uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estratégias interactivas que permitam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
um ensino/aprendizagem personificado e baseado na experiência (mesmo que em<br />
parte diferida) passa, em nosso enten<strong>de</strong>r, por criar e exp<strong>lo</strong>rar mo<strong>de</strong><strong>lo</strong>s <strong>de</strong><br />
ensino/aprendizagem em em que os dados resultantes da investigação possa ser<br />
partilhados com os estudantes. Assim o acesso aos dados (fonte primárias – notas<br />
<strong>de</strong> campo, registos visuais e sonoros), o trabalho colaborativo em re<strong>de</strong>, a<br />
aprendizagem e o trabalho criativo <strong>de</strong> utilização das fontes (e da teoria) na criação<br />
discursiva estimularão o pensamento crítico, as estratégias analíticas e a coresponsabilização<br />
pela obtenção e partilha dos resultados.<br />
Estas apoiam-se e inspiram-se em trabalhos recentes <strong>de</strong> antropo<strong>lo</strong>gia cognitiva e <strong>de</strong><br />
teorias construtivistas em educação em que se abordam diversos modos <strong>de</strong><br />
aquisição do conhecimento e do <strong>de</strong>senvolvimento conceptual (Ulric Neisser, 1983;<br />
Dan Sperber e Dierdre Wilson, 2001 Jean Lave e Etienne Wenger, 1991; Maurice<br />
B<strong>lo</strong>ch, 1991; Tim Ingold, 2000, H. Gardner, 1995, Vygotsky, 1974, Shnei<strong>de</strong>rman,<br />
2006). Centram-se mais na aquisição <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> cognição 33 , <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
conhecimento que na sua transmissão/aquisição.<br />
33 Remete esta matéria para a reflexão sobre o carácter social e situado da cognição, para a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a situar nos contextos <strong>de</strong> acção em que será estudada, para o conceito <strong>de</strong>