demo comunicação e cultura - Centro de Documentação e Pesquisa ...
demo comunicação e cultura - Centro de Documentação e Pesquisa ...
demo comunicação e cultura - Centro de Documentação e Pesquisa ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
cias. No Brasil, as Escolas <strong>de</strong> Co-<br />
municação, responsáveis pela for-<br />
mação e profissionalização dos es-<br />
tudantes <strong>de</strong> Relações Públicas,<br />
com vistas ao mercado <strong>de</strong> traba-<br />
lho, não po<strong>de</strong>m correr o risco <strong>de</strong><br />
continuar sendo uma simples fá-<br />
brica <strong>de</strong> ilusões para profissionais<br />
sem emprego, sem conhecimento,<br />
sem perspectivas <strong>de</strong> futuro.<br />
É nesta visão <strong>de</strong> conjunto que<br />
Planejamento <strong>de</strong> Relações Públi-<br />
cas na <strong>comunicação</strong> integrada, <strong>de</strong><br />
Margarida Maria Krohling Kunsch,<br />
pela sua originalida<strong>de</strong> e profun<strong>de</strong>-<br />
za <strong>de</strong> conceitos visa a contribuir<br />
não apenas para o estudo do<br />
planejamento, mas também pa-<br />
ra sistematizar a <strong>comunicação</strong> in-<br />
tegrada nas organizações sociais.<br />
A autora propõe a "<strong>comunicação</strong><br />
integrada" como uma visão trans-<br />
formadora da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rela-<br />
ções Públicas, que vai <strong>de</strong> encon-<br />
tro às expectativas <strong>de</strong> todos aque-<br />
les que atuam nesse campo pro-<br />
fissional, <strong>de</strong>ntro das fronteiras<br />
estabelecidas pela regulamentação,<br />
<strong>de</strong> acordo com a Lei nP 5.377/67,<br />
que disciplina o exercício profis-<br />
sional <strong>de</strong> Relações Públicas.<br />
Depois <strong>de</strong> sustentar que as or-<br />
ganizações mo<strong>de</strong>rnas se caracte-<br />
rizam como sistemas abertos, a<br />
autora sublinha a importância da<br />
transição "ambiente/organização"<br />
modificada tanto pela velocida<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> das mudanças<br />
externas quanto pela complexida-<br />
<strong>de</strong> interna das próprias organiza-<br />
ções. Salienta que as análises<br />
ambientais são importantes para<br />
enten<strong>de</strong>r melhor todo o processo<br />
<strong>de</strong> planejamento estratégico, uma<br />
vez que as variáveis influenciam,<br />
enormemente, sobre as organiza-<br />
ções, obrigando-as a se adap-<br />
tar, a reagir e a uma constante<br />
inovação para po<strong>de</strong>r acompanhar<br />
as mutações contínuas do macros-<br />
sistema ambiental (p. 60).<br />
Margarida M. K. Kunsch, ao<br />
abordar as chamadas "questões<br />
controversas", <strong>de</strong>ixa implícito que<br />
a consciência da realida<strong>de</strong> nasce<br />
do confronto do homem com seu<br />
mundo multifacético e que é <strong>de</strong>ste<br />
confronto que surgem os questio-<br />
namentos, os problemas, as con-<br />
trovérsias. A preocupação funda-<br />
mental <strong>de</strong> quantos se <strong>de</strong>dicam ao<br />
estudo da opinião pública é a bus-<br />
ca <strong>de</strong> soluções para esses conflitos,<br />
inevitáveis numa socieda<strong>de</strong> <strong><strong>de</strong>mo</strong>-<br />
crática. Fundamentando-se em Cha-<br />
se Jones, a autora afirma que pa-<br />
ra a solução das "controvérsias",<br />
na sua complexida<strong>de</strong>, faz-se mis-<br />
ter "integrar-se com os diversos<br />
setores da organização, assessoran-<br />
do-se <strong>de</strong>vidamente na i<strong>de</strong>ntifica-<br />
ção dos problemas, em sua aná-<br />
lise, no estabelecimento <strong>de</strong> estra-<br />
tégias e na tomada <strong>de</strong> providên-<br />
cias ou <strong>de</strong> ações necessárias para<br />
selecioná-los" (p. 116). Essa no-<br />
va dimensão das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Re-<br />
lações Públicas, cuja gênese re-<br />
monta a 1976, nos Estados Unidos,<br />
por obra <strong>de</strong> Howard Chase, foi in-<br />
troduzida no Brasil por Teobaldo<br />
<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, em 1979, com o arti-<br />
go Administração <strong>de</strong> controvérsia<br />
pública, publicada pela revista<br />
IDORT, <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Depois <strong>de</strong> referir-se aos aspec-<br />
tos teóricos das "questões contro-<br />
versas", a autora apresenta, nas<br />
páginas 117, 118 e 122, gráficos<br />
que ilustram o mo<strong>de</strong>lo do proces-<br />
so da administração, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo<br />
a tese <strong>de</strong> que "as Relações Públi-<br />
cas", como gerenciamento ou ad-<br />
ministração <strong>de</strong> questões con-<br />
troversas, po<strong>de</strong>rão ter um papel<br />
<strong>de</strong>staque no composto da comuni-<br />
cação integrada das organizações,<br />
facilitando o diálogo entre as vá-<br />
rias áreas e, por meio <strong>de</strong> ação con-<br />
julgada, ajudar a encontrar as<br />
<strong>de</strong>vidas soluções para os proble-<br />
mas surgidos" (p. 119).<br />
No último capítulo do livro. Mar-<br />
garida M. K. Kunsch volta a foca-<br />
lizar as Relações Públicas no com-<br />
posto da <strong>comunicação</strong> integrada,<br />
assinalando que haja uma comu-<br />
nicação integrada, <strong>de</strong>senvolven-<br />
do-se <strong>de</strong> forma conjugada as ati-<br />
vida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>comunicação</strong> institu-<br />
cional e <strong>comunicação</strong> mercadoló-<br />
gica.<br />
131