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demo comunicação e cultura - Centro de Documentação e Pesquisa ...

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A i<strong>de</strong>ntificação das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> análise foi feita através <strong>de</strong> uma<br />

combinação das técnicas <strong>de</strong> pesquisa construídas por Jacques Kayser<br />

— Une Semaine dans <strong>de</strong> Mon<strong>de</strong> (Paris, UNESCO, 1953) e El Periódico<br />

— Estúdios <strong>de</strong> Morfologia, <strong>de</strong> Metodologia y <strong>de</strong> Prensa Comparada<br />

(Quito, CIESPAL, 1964) — por Joffre Dumazedier — Análises <strong>de</strong> 23<br />

Revistas Ilustradas, In De Ia Sociologia <strong>de</strong> Ia Comunicación Colectiva<br />

a Ia Sociologia <strong>de</strong>i Desarrollo Cultural (Quito, CIESPAL, 1968) — e<br />

por Violette Morin — Une Analyse <strong>de</strong> Presse: le voyage <strong>de</strong> Khroucht-<br />

chev en Franca, Communications (1), Paris, Seuil, 1961 e Tratamiento<br />

Periodistico <strong>de</strong> Ia Información (Barcelona, ATE, 1974).<br />

Recorremos basicamente ao referencial testado em pesquisas an-<br />

teriores sobre jornais brasileiros e que estão reproduzidas nos nossos<br />

livros — Comunicação Social: Teoria e <strong>Pesquisa</strong> (Petrópolis, Vozes,<br />

1970), Estudos <strong>de</strong> Jornalismo Comparado (São Paulo, Pioneira, 1972) e<br />

A Opinião no Jornalismo Brasileiro (Petrópolis, Vozes, 1985).<br />

2. RESULTADOS DA PESQUISA<br />

2.1. Âmbito e natureza da cobertura cientifica<br />

Os resultados da pesquisa indicam que o Jornalismo Cientifico<br />

ocupa um espaço razoável na imprensa diária das duas gran<strong>de</strong>s ci-<br />

da<strong>de</strong>s brasileiras. Permanece o mesmo patamar dimensionado por<br />

Magali Izuwa na análise feita em 1983 nos gran<strong>de</strong>s jornais do Rio,<br />

São Paulo e Brasília. 1<br />

Comparando com os dados do estudo <strong>de</strong> morfologia e conteúdo<br />

que realizamos nos jornais diários <strong>de</strong> São Paulo em 1967, verifica-se<br />

que o espaço <strong>de</strong>dicado à ciência cresceu consi<strong>de</strong>ravelmente. Naque-<br />

le momento o conjunto temático "Educação-Ciência-Cultura" com-<br />

preendia 7% da superfície impressa. 2 Excluindo Educação e Cul-<br />

tura, esta pesquisa encontrou 5,7% no Rio e 5% em São Paulo reser-<br />

vados somente à Ciência. Trata-se, sem dúvida, <strong>de</strong> um aumento sig-<br />

nificativo, ocorrido num período <strong>de</strong> aproximadamente 15 anos, pois<br />

na década passada a situação parecia não haver mudado fundamen-<br />

talmente, conforme o <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> Abramczyk no 2.9 Congresso<br />

Iberoamerícano <strong>de</strong> Jornalismo Científico: "a situação atual <strong>de</strong> di-<br />

vulgação científica no Brasil está necessitando <strong>de</strong> forte motivação". 3<br />

Tal mudança tem sua explicação na postura política adotada pelo<br />

Estado brasileiro, na década <strong>de</strong> 80, priorizando a ciência e a tec-<br />

nologia na alocação dos recursos públicos. E <strong>de</strong>corre indiscutivel-<br />

mente do processo <strong>de</strong> transição política, criando condições para que<br />

cientistas venham a público divulgar suas pesquisas e para que jor-<br />

nais abram espaço e atribuam valor diferenciado aos acontecimentos<br />

do mundo da ciência e da tecnologia. Registramos aqui o comen-<br />

tário que, a esse respeito, fizemos em trabalho anterior. "Cada dia<br />

mais os pesquisadores rompem o mutismo que cultivaram no passa-<br />

do e saem a público para dizer o que pensam e o que sugerem para<br />

os problemas nacionais. Trata-se <strong>de</strong> um movimento que correspon-<br />

<strong>de</strong> ao exercício da cidadania pelos cientistas, utilizando o conheci-<br />

mento acumulado e o referencial metodológico dos respectivos cam-<br />

pos do saber para interpretar dados significativos da realida<strong>de</strong> e<br />

intervir na política. Expressa também uma ação orgânica da co-<br />

munida<strong>de</strong> cientifica no sentido <strong>de</strong> participar do <strong>de</strong>bate sobre a po-<br />

lítica científica e tecnológica e influir nas <strong>de</strong>cisões governamentais

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