demo comunicação e cultura - Centro de Documentação e Pesquisa ...
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tacados. Lembre-se que a tendência objetiva da imprensa <strong>de</strong> São<br />
Paulo nesse campo era da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 61%, don<strong>de</strong> se infere que as<br />
matérias científicas construídas em tomo <strong>de</strong> pessoas permitem maior<br />
autonomia editorial que aquelas articuladas em função <strong>de</strong> institui-<br />
ções, como ocorre no Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> predominam os textos edito-<br />
rializantes (61%).<br />
De qualquer maneira, trata-se <strong>de</strong> uma variante interpretativa<br />
que precisa ser melhor investigada e aprofundada, pois em casos par-<br />
ticulares persistem contradições. Por exemplo: vimos que Notícias<br />
Populares adota um comportamento editorializante em suas maté-<br />
rias científicas (73%), correlacionando-se positivamente com a pre-<br />
valência dada aos protagonistas institucionais (76%). Fenômeno di-<br />
verso observa-se no caso do Jornal da Tar<strong>de</strong> que, não obstante en-<br />
fatize uma postura editorializante (63%), vale-se preferencialmente<br />
<strong>de</strong> protagonistas individuais (67%) para <strong>de</strong>screver e/ou analisar os<br />
fatos sobre ciência e tecnologia.<br />
Numa outra perspectiva, observa-se que tanto numa cida<strong>de</strong> quan-<br />
to na outra os protagonistas institucionais que mais se <strong>de</strong>stacam são<br />
os centros <strong>de</strong> pesquisa, figurando em posição inexpressiva os órgãos<br />
governamentais que fomentam e/ou financiam a pesquisa. Dentre<br />
as personalida<strong>de</strong>s aparecem com maior intensida<strong>de</strong> os pesquisadores<br />
famosos (24% em São Paulo e 15% no Rio <strong>de</strong> Janeiro). Um con-<br />
traste que ocorre entre a imprensa das duas cida<strong>de</strong>s é a projeção<br />
que a imprensa paulista confere às li<strong>de</strong>ranças científicas (14%) em<br />
<strong>de</strong>trimento dos cidadãos comuns (5%), enquanto no Rio <strong>de</strong> Janei-<br />
ro os cidadãos (10%) que protagonizam fatos científicos mostram-<br />
-se em posição mais vantajosa que os lí<strong>de</strong>res da comunida<strong>de</strong> aca-<br />
dêmica (3%). Os empresários aparecem mais em São Paulo (8%)<br />
do que no Rio <strong>de</strong> Janeiro (5%), ao contrário dos políticos que en-<br />
contram mais espaço nos jornais cariocas (5%) do que nos paulis-<br />
tas (3%).<br />
2.3. Temática e procedência<br />
Como a informação científica veiculada cotidianamente pelos<br />
jornais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação se estratifica segundo as áreas do co-<br />
nhecimento? Para quantificar esse aspecto, tomou-se a classifica-<br />
ção oficial do CNPq, também adotada pelo conjunto dos órgãos pú-<br />
blicos que fomentam a pesquisa no país.<br />
Essa classificação compreen<strong>de</strong> oito Gran<strong>de</strong>s Áreas do Conheci-<br />
mento, a seguir enunciadas:<br />
a. Ciências Exatas e da Terra<br />
b. Ciências Biológicas<br />
c. Ciências da Saú<strong>de</strong><br />
d. Ciências Agrárias<br />
e. Ciências Sociais Aplicadas<br />
f. Ciências Humanas<br />
g. Lingüística, Letras e Artes<br />
A esse esquema adicionou-se uma outra categoria — Ciência em Ge-<br />
ral — para incluir as matérias que, tratando <strong>de</strong> questões científicas,<br />
nao se referem especificamente a nenhuma área.<br />
As evidências registradas mostram uma diferença <strong>de</strong> perfil na<br />
imprensa das duas cida<strong>de</strong>s em relação a esse aspecto. As Huma-<br />
nida<strong>de</strong>s predominam no Rio <strong>de</strong> Janeiro, perfazendo 67% <strong>de</strong> todo o<br />
3?