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divisão social do trabalho, em termos de detentores e não-detentores
dos meios de produção, e sob essa perspectiva, difícil é, ou será,
explicar, com um belo conceito sobre Desenvolvimento, a realidade
do Terceiro Mundo, e neste caso, da Reforma Agrária, como medi-
camento para o nervosismo das classes sociais rurais.
NOTAS
1. Jornal Zero Hora, 24/06/86, p. 30.
2. A assinatura dos decretos ocorreu no dia 23/06/86, e o "pacote
verde" íoi lançado no dia 14/08/86.
3. Esse nervosismo é amplamente analisado em: "Movimentos So-
ciais no campo na América Latina", por GONZALEZ, H. e ALMEIDA, J.
(dat.).
4. HALL, D. T. The Silent Language, Nova York, 1968, pp. 44-62.
5. É de salientar de que as observações empíricas demonstram de
que antes desses fatos, os espaços dedicados a essa questão, pelo menos nos
jornais estudados, eram muito reduzidos. A própria evidência dessa mudança
é o motivo destas notas provisórias.
6. Mesmo que não nas condições ideais para o florescimento da "bur-
guesia crioula".
7. Veja-se: Comunicação: Da Pesquisa-Denúncia à Pesquisa-Ação. In:
Teoria e Pesquisa em Comunicação, São Paulo, Cortez, 1983, p. 20.
Loyola, 1982, p. 26.
8. Comunicação e Comunidade: Mitos da Mudança Social. São Paulo,
Loyola, 1982, p. 26.
9. Mesmo analisando aqui, neste trabalho, apenas as relações en-
tre o jornal, a TV e a Reforma Agrária, é evidente que não são as únicas
fontes de rumor. A atual campanha política e os políticos têm intensifi-
cado ainda mais esta questão. Durante a última reunião da SBPC, em Curi-
tiba, pude verificar, num debate sobre a Reforma Agrária, que um políti-
co de oposição criticava o atraso do governo em relação a essa questão, po-
rém, o discurso utilizado era, sem exagero, exatamente o mesmo pronun-
ciado dois meses antes, em Bandeirantes, durante o I Fórum de Debates so-
bre a Questão Agrária. É bom lembrar, de que a história muda, incluindo
60 dias.
Não há nada de pessoal ou ideológico nesta colocação, apenas é para
exemplificar que o mesmo discurso em diferentes audiências, não só pro-
voca expectativas diferentes entre o público, como também, diferentes ru-
mores, podendo, inclusive, prejudicar a campanha política.
10. O aumento da brecha entre cidade e campo não é fruto apenas
dos meios de comunicação de massa, também no mundo intelectual e cien-
tífico são encontrados certos segmentos com teorias que dizem respeito a
uma possível diferenciação qualitativa entre o considerado rural e urba-
no. A esse respeito pode-se consultar: Campesinato Latino-americano: Con-
ceituação e Movimentos Sociais, de GONZALEZ, H. Tese de Mestrado,
CPGER, UFSM, 1986.
11. Para maiores informações sobre esses endereços, nomes de indi-
víduos, nessa interação econõmico-social e política pode-se consultar: GUA-
RESCHI, P. A. Comunicação e Poder. A presença e o papel dos meios de
comunicação de massa estrangeiros na América Latina. Petrópolis, Vozes,
1981, bem como: MELO, J. M. Comunicação, Opinião, Desenvolvimento. Pe-
trópolis, Vozes, 1972.
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