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demo comunicação e cultura - Centro de Documentação e Pesquisa ...

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Enquanto as instituições universitárias praticam uma política <strong>de</strong><br />

silêncio em relação às pesquisas que efetuam, as empresas privadas<br />

ocupam um décimo <strong>de</strong> toda a cobertura científica, o que é revelador<br />

consi<strong>de</strong>rando a pequena participação do segmento empresarial<br />

na produção <strong>de</strong> conhecimentos. Com certeza, esse tipo <strong>de</strong> matéria<br />

cuia fonte é uma organização da iniciativa privada contem menos<br />

a difusão do saber do que o registro <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> transferencia<br />

teCn Conf 1 irmando os resultados <strong>de</strong> Magali Izuwa, esta pesquisa <strong>de</strong>-<br />

tectou uma predominância das informações <strong>de</strong> origem naciona.1 que<br />

totalizam 4/5 <strong>de</strong> todo o espaço ocupado por ciência e tecnologia nos<br />

jornais pesquisados. Na pesquisa <strong>de</strong> Izuwa essa cifra era um pou-<br />

co menor correspon<strong>de</strong>ndo a 3/4 das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação. \-<br />

Destoa assim, dos índices encontrados por Wilson Bueno que assi-<br />

nalavam uma ligeira hegemonia das informações proce<strong>de</strong>ntes do<br />

exterior (52 %) sobre as originárias do próprio Brasil (48%). Alias,<br />

o oróprio Wilson Bueno mostrou-se surpreso com os índices <strong>de</strong>tec-<br />

tados pois em suas hipóteses previa-se que "a maioria das informa-<br />

ções 'sobre ciência e tecnologia publicadas pela imprensa «rigina-<br />

-se <strong>de</strong> fontes externas e diz respeito aos interesses e expectativas <strong>de</strong><br />

mundo <strong>de</strong>senvolvido". 16 . . ,,. *„„(.,„. r>^<br />

A reversão <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> expectativa indica que_ as fontes pro-<br />

dutoras <strong>de</strong> conhecimento cientifico em nosso pais estão abrindo suas<br />

portas à imprensa, reduzindo <strong>de</strong>ssa maneira o espaço antes ocupado<br />

pela ciência estrangeira. ..... ,-,•<br />

Recor<strong>de</strong>-se que, no diagnóstico feito em 1977 Marco Antônio Fi-<br />

lippi assinalava uma evolução lenta, mas significativa, da divulga-<br />

ção cientifica no país, observando que ganhavam espaço os regis-<br />

tros das ativida<strong>de</strong>s da ciência nacional". Mas ele reconhecia: as<br />

notícias estrangeiras fluem com mais facilida<strong>de</strong> e sao <strong>de</strong> uma aoun-<br />

dância constrangedora". 17<br />

A tendência nacionalista observada nesta pesquisa realizada em<br />

1984 mostra-se constante em todos os jornais, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

dos públicos a que se dirigem. O único caso extremado e o <strong>de</strong> No-<br />

tícias Populares que excluiu, naquela semana, qualquer informação<br />

<strong>de</strong> origem estrangeira.<br />

Todavia essa postura nacionalista dos jornais das duas cida<strong>de</strong>s<br />

no tocante áo universo científico assume um viés peculiar, na medida<br />

em que se apresenta como uma informação íocaiisía. Em outras pa-<br />

lavras- a maior proporção do espaço é ocupada por informações que<br />

se originaram na própria área geográfica on<strong>de</strong> se edita o respec-<br />

tivo jornal Essa rotina privílegiadora dos fatos científicos da pró-<br />

pria cida<strong>de</strong> ou do Estado é quebrada tão somente pela acolhida <strong>de</strong><br />

informações que emergem <strong>de</strong> Brasília ou <strong>de</strong> outra gran<strong>de</strong> metró-<br />

pole brasileira. . . ....<br />

O resto do Brasil praticamente inexiste na cobertura cientifica,<br />

sendo que os jornais paulistas equilibram o pequeno espaço <strong>de</strong>di-<br />

cado aos fatos oriundos do Sul e do Norte/Nor<strong>de</strong>ste, enquanto os<br />

jornais cariocas priorizam os acontecimentos ocorridos no Sul do<br />

Pais. . ^ o<br />

O noticiário internacional aparece diferenciado nas duas cida<strong>de</strong>s.<br />

A imprensa <strong>de</strong> São Paulo veicula maior volume <strong>de</strong> informação pro-<br />

ce<strong>de</strong>nte da Europa Oci<strong>de</strong>ntal. Por sua vez, a imprensa do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro prioriza o material originário da América do Norte.<br />

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