CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
4<br />
as condiqaes de intolligencin, dc prnbidndo, e (10 pnt~liotiy-<br />
mo. Nenhum ioconveniente havia, pois, etu que ellc foseo uqmeroso.<br />
0 ue poderia prejud~cal-o seri~ a $*It& de 9igqt9<br />
clemesto in 1 ispensavel.<br />
Constituido assim o conselho de governo nao era possivcl<br />
que e!le continuasse a accumular, como at8 hoje, attribuic;iieq<br />
politioas corn attribui~aes puramepte ndmipistrativas, funccionando<br />
como consclho de districto. Nem a natorean dc, suas<br />
funo$es, nem a nova organisaviio que proponbo para ella<br />
consentiam, que se confundisscm attribuiqiics t%o diversas,<br />
quando a uma parte importante d'eilas podiaru ser colnplrtamente<br />
estranhos alguns de eeus vogaos. Referis-so crear n'este<br />
projccto de decreto um conselho de districto separado,<br />
em tudo analog0 ao tribunal estabelecido po contiqonte ds<br />
reino pelo codigo ndrniniutrativo.<br />
l$m referencia 9, adrninistraqiio da fazenda pouco se innovou.<br />
As juntas de fazenda atravessaram no ul~ramar urn largo<br />
period0 de existencia, e abonaram durante elle a ptilidade<br />
de sua conservnp80. Respeitando a institui~Io julguui, todavia,<br />
que muito coqviria a1teral.a na disposi@o que intvodnzia na<br />
administraplo fiscal um magistrado judicial. A experiencia<br />
provou exuberantemente os inconvenieutes da presen~a <strong>dos</strong><br />
juizes n'estas juntas pela aberracgo de muitas vezes ierem de<br />
julgar processes, em qw qqtea baviam votado cow0 vogaea<br />
'da corporaplio fiscal.<br />
We~huma razlo plausivel pbde sknccionar que o secretario<br />
do goTerno ~lilo tenha vot~ nus conselhos a quc P6r charnado.<br />
Exigidas por este decreto para o exercicio d'aque]le cargo<br />
babilitapqes theoricas e praticas, que awrinem a competenaia<br />
<strong>dos</strong> individuos nomea<strong>dos</strong>, seria contradiccIo mais do que<br />
di$cil de explicar limitarmos a sua intervengso aa officio de<br />
redigir silenciasamente as actas. 0 secretario 4 o segundo<br />
funcciopario da provinaia na hierarchia administra~iva, e cumpre<br />
qse a lei o considere como tal na posipLo que Ihe assignou.<br />
Ern relapiir, 4s camara; municipaes pouco se alterou na IegialapEio<br />
vigonte. Reconhecendo que ern mnitas localidades O<br />
difficil por emquanto conskituir oompletamente o regimen do<br />
municipio, assentaram-se as regras, que pareceram mais<br />
opportusas para o substituir aonde nlo fosse exequivel, facultando,<br />
coptudn, as maiores facilidades 4 iniciativa local sem.<br />
pro que ella sr, achasse em condi~iies dc proveitosamcnte so<br />
mani festar.<br />
SHo estea 0s pnntns principnns, em qrle sc? firm% o prr!jcr.111<br />
de decreto, clue sk~jeito L apreci:r?St, do Vo5sn hllrgestadct.<br />
EstLo lnngu tie s~gniticar innovac;;i ,s profundas, tracarlas<br />
audaciosamcute ntais para dar nos trltros, do que para sr~tisi'.~-<br />
5er vordadeiras necessidades. Niio proponho s dcmulic;lo dns<br />
instituipEc9 arllninistrativas do ultram:tr, nem jnlgo que uma<br />
transtigura(;to precipitada e violent& po<strong>dos</strong>se aproveitar ao suu<br />
desenvolvimento. Na esphers politice as nossna possess6es.<br />
repreeentadns em cbrtes, n%c tOm quc invejar Bs colonias<br />
mais farorecidas de outrns naqaes. Na legislag?io civil e penal<br />
+icnmpaeham os progresses da metropole. I'ara tri1h;lrem sem<br />
e~nbnraql~s a astrada <strong>dos</strong>grandes molhornrnantos, faltn hd quo<br />
as forqas vivas da civilisaqHo dbm o impalso, e t:ssas dcpendem<br />
rnuito mais da energia das proprias iniciativas, do quc<br />
da acgAo do podcr central.<br />
As mo liticaq5cs iudicadns tdm por fim remover os obstacu-<br />
IOS, que u'estc ponto assencial ainda podrsse suscitar a ahdica~ao<br />
forgada das aapira~Brs I.)oaas. A creaplo das jr~i~tas gcraes,<br />
dotadas de largns n~tribuicEcs consultivas e doliberativas<br />
entondo, que habilitard as provincins em condig8es de prosperidade<br />
para tctnlarern conta corn zOlo e com vantagom dus<br />
6eu,s negocios ecouumicos.<br />
E do cller quc a* novas faculdadcs, conforidas desde j is<br />
mais adiantndas, slrvam de cstimulo a todas pclo axelnplo<br />
e pelos resnlta<strong>dos</strong>, e que em urn espaso de tempo rclatlvamenlo<br />
curto o govcrno possa e dcva sem roceio, e sem imprudencia,<br />
generalissr os principios, quc julga pol* ora muis<br />
seguro limitar 4s possessiies em cstsdo de os applicara~ll deade<br />
J$ corn exito,<br />
Socretaria d'estado <strong>dos</strong> negocios da marinha e n~traniar<br />
1 de dezembro dc 1869 -1;u.i;; A~cgc~slo Ralrello do Sil~cr<br />
(Do Dictrio do Govc~r~zo q.' zXo de y dc dezemhrq de IXG~).<br />
5