CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
25 ARTIGO 14.O<br />
-<br />
Art. 14.' 0 goremailor geral b o cliefe superior<br />
militar da provincia.<br />
t8m sido varias resoluqaes provinciaes. cf. PP. do 8 outubro<br />
79. 3 outubro 81, 17 novembro 84, 10 outubro 85, 21 ja-<br />
neiro 87 e 8 janeiro 94. E no Bolelina Oftcia1 da provinria de<br />
Moqamhiqae, n.O $, vimos a segointe betn deduzida portaria<br />
do governador gtrral Castilbo, de 3 maio 8s:<br />
a Tendo-me sido presente urn requerimento documentado,<br />
em quo Cl~arles Wack, negocianta residente ein Lourenpn<br />
hlarques, pede a este govcrno iicenpa para prosegnir<br />
nos Lermos da accusa~to cm um processo crimo que intenton<br />
contra o director da alfandegs d'nquella cidnde,<br />
fundando-$c para impctrar tal liccnyn, em quc, aegundo o<br />
artigo 357.0 do codigo adrninislrativo cle 18 de mar$o de<br />
1822, niio podem os magistra<strong>dos</strong>, ou ft~nccionarios adrninistrativtrs<br />
svr dcmnnda<strong>dos</strong> civil nem criminalmcnle pnr factos<br />
relntivos 8s suas func$3es, scm auclorisaq5o pt.Bvia do governo;<br />
e em que essa disposipio do referido codigo, em quanto<br />
clla vignrou no continente do reino, foi epplicada por vnrios<br />
diplomas legislativos aos emprcga<strong>dos</strong> das alfandegas do meg.<br />
mo conlinsnte;<br />
Considcrado p6rem qrrc o art. 357.' do dito codigo so acha<br />
ha muito tempo revogdo. na pnrte respeitante 6 responsabilidade<br />
civil <strong>dos</strong> n~agistra<strong>dos</strong> e funccionarios administrativos,<br />
a qua1 pbde ser extgida a to<strong>dos</strong> os emprega<strong>dos</strong> publicos,<br />
quando exccderem as suas attribuiciies legsrs. do ruesmo<br />
nlodo que aos sitnples cldadCos, como Q espresso do art.<br />
2.400." do codigo civil;<br />
Considerando qno, na parte relativa B responsabilidade<br />
criminal, tamLen1 o mesmo artigo se acha alterado pelo decreto<br />
corn forca de lei de 1 de dezrmbro de 1869, art. 13." 5<br />
unico, que restringia o privilegio dalicenp dmente aoa magistra<strong>dos</strong><br />
administrativos, sem comprehender os demais funccionarios;<br />
Considerando que B esta a legislagZo que ,estA em vigor no<br />
nltramar e que por isso se deve seguir no caso sageito, ,e nto<br />
os diplomas anteriores aodecrefo de 1 de dezembro de 1869,<br />
alias prornolga<strong>dos</strong> s6 para o continente do reino e em<br />
qusnto ali vigorava o codigo de 1842, os quaes nem li teem j6<br />
spplicay80, depois <strong>dos</strong> codigos posteriores;<br />
dopsiderando que o art, 13," 5 uni~ do .docreto de 1 d.o<br />
ARTIGO 15: 29<br />
Art. 15.' Conforme o disposto no 5 2." do artigo<br />
deaembro dc 1869 contOm uma disposi~iio esccpbional c nSo<br />
p6de scr applicada, sen50 estrictamente aos magistra<strong>dos</strong> administrativos,<br />
de quem tratix, por quo B principio geral do direito,<br />
,consignado no art. 11.' do codigo civil, que a lei que fax ex-<br />
,cep@o as regras geraes nio pbde ser applicada aos casos<br />
.que ngo estejatu especifica<strong>dos</strong> na niesma lel;<br />
.Considerando quo os directores das alfandegas nlo s&o ma-<br />
'gistra<strong>dos</strong> administrattvos, c por isso qunesqaer disposipacs<br />
prdvinciaes quo 111s~ tornassem cxtensiva a disposip&o citads<br />
do decreto de 1869, ou quo fizcssetn reviver em favor d'elles<br />
-0 art. 557.O do 'codigo administrative de 1842, revogado pelo<br />
codigo civil e por aquellc decreto slo contmrias ii lei e escessivas<br />
<strong>dos</strong> poderes ordinarins da administra~Ao superior da<br />
prnvincie, e por isso ulo podcm ser cumpridas;<br />
Considerando emIim qaanto convBm niio pSr peias, ems<br />
barago, nem limitcs, que n5o estojam na lei, 6 indcpeudcucia<br />
do podcr judicial, garantida pels iei fundamental do Estado;<br />
Conformando-me cola o voto unanirnc do coneelho do<br />
governo :<br />
Hei por colivcniente declarar quc no caso prcsente a to<strong>dos</strong><br />
0s mnis em quc se n8o irate de magistra<strong>dos</strong> administrativos,<br />
nHo B necessaria liccnpa algnma para os funccionarios screm<br />
dcmnnda<strong>dos</strong> civil OLI criminolmcnteo.<br />
A C. &I. &f. de 27 setembro 89 resolveu que os regcdorcs<br />
'e cabos de po!icia podem ser dcmnnda<strong>dos</strong> civil ou criminalmente<br />
por factos relativos As suas funcyiies, sem prhvia auctorisayzo<br />
do governo ou <strong>dos</strong> governadores dus prov~ncias ul-<br />
Iramarinas. Este dipIon~s 8 do teor seguinte:<br />
tPerguntando o governador gernl de Cabo Verdc se par%<br />
$ instaurap%o de processo criminal contra un1 regedor vu cnbo<br />
de poltcia por dclicto commcttida no exercicio das rcs-<br />
pectivas funcgiies, 8 ou nfo precisa Iicen~a ou autorisaGo<br />
prEvia do governo geral;<br />
Attendendo a .que o 5 unico do urtigo 13." do decreto de<br />
1 do dcacmbro de 1869 dii ao governador geral compctcncia<br />
para concoder ou dencgar licsn~a para, no caso dc scr<br />
dwnmdado criminalmente qualquer magistrado sdmiilistra~ivo<br />
por factos pratica<strong>dos</strong> no cscrcicio das snas f~~ncqiics, INdcr<br />
contini~ar o processo at6 hnal .jnlgamcnlo, ouvindo pre-