CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
.$xar 0 seu sentido e facilitar a sua esecuqHo, inqa-<br />
cram-n'o por tal f6rma de commentaries que mais o<br />
c complicam do que o esclarecem, em regra, quan-<br />
c do o nLo deturpam na sua doctrina oomo na sua<br />
B fbrma, avolumando mais o acoessorio do que o prin-<br />
4 cipal 2 -<br />
Corn respeito B carta organica, rnarco nlilliario<br />
do peregrine engenho de Rebello da Silva nagerencia<br />
da pasta da marinha e ultramar, encont,ram-se<br />
no benl elaborado relatorio do codigo typ de 1881<br />
os seguintes expressivos conceitos :<br />
c Sujeitas L evoluqlo do espirito liuinano, care-<br />
< cem as leis de scr modificadas, wornpanbando gradualmeate<br />
a civiliseqiio no sen rnovimento ascen-<br />
,cional. NZo 11a leis perpetuas, porque n20 ha socierdades<br />
estacionarias. 0 decreto de 1 de dezeinbro<br />
I. de 1869, que reformou a administraprio civil das<br />
~provincias ultraniarinas, foi ccrhmente 11m adian-<br />
R tamento com respeito B administraqiio anterior, mas<br />
~n8o corresponde Os neeessidades do nosso dominio<br />
t colonial a .<br />
li: nlo serB ousado acrescentar egualmente, que<br />
vae seg~iiado a mesrna sorte do eodigo, accentuada<br />
pelo sr. condc de Valbon~, a julgar pela congerie<br />
das alteraqGes, additamentos e interpretaqGes que<br />
tern recebido durailte a sue existencia ; porquautonzo<br />
occulternos-a legislapgo ultramarina tern sido<br />
nos ultinios vinte e cinco anaos e continda a ser t;2o<br />
copiosa, que bcm p6de comparar-se tiquellas cataraetas<br />
do CBU descriptas no Genesis-velte~nenter ani.nt,<br />
N2o obstante os auctorisa<strong>dos</strong> e insuspeitos tes-<br />
timunlios que acabamos de transcrever, apeear da<br />
revoluqiio legislatisa que se tern operado nrt mefro-<br />
pole, obedcccado Qs esigcnc;ias do l)rogrcsso, ainds<br />
estL dc p6 no ultmrna~* o codigo dc 1542, torso mutilado<br />
protegendo-se nas pr6gas da cart:^ organica,<br />
quasi desafinndo, da distaucia a que se aclm relcpado,<br />
o poder central :-usrrazaste-me alli ? sobrc os<br />
cmeus escornbros levantaste ulna nova edifica$o de<br />
eque os lsnqos vejo subirenl jS nhnito alto ? pois nko<br />
cdesappareci, nem me extingui dc todo. Aqni, a161~i<br />
t<strong>dos</strong> mares, goverllo povos de variadns rapns, reli-<br />
~gio"es e cost~i~ics. ItcaIiso a antiga thoorii~ (1i~<br />
~ineten~pychose ; no?~ OTIZ~L~S ntol'iar 1 .<br />
Continuarh esta situaq50 ?<br />
Ser& impotente, para lhe pOr tcl'nlo, a invaGo<br />
rcformadora quc se inanifcsha, de ha nluito, lia.<br />
adiuinistraqh ccoloninl ? . . E' unai~ime a opinixo, airIda lm ponco pc,sta em<br />
nitido relevo ~clo sui,renio cI1efc do Estndo cl~antc (lob<br />
rcpreserltantcs da Na(;;"lo :-cle y e cunlpre desenvolver<br />
e utilisar, sobrctudo no actual niolllento que Portugal<br />
cstii atravessnndo, poi. to<strong>dos</strong> os illeios pritti~~~ e dignos, os recursos das provincias ultramarinasdilatadns<br />
regities privilcgiadas pcla natureza coin a<br />
posse de inestii~iaveis riquezas, apregoa<strong>dos</strong> parlrees<br />
d'um pusado glorioso-que sit0 uma esperailr;a dc<br />
an~plas ref~~lgencins e a mais solida base daprospcridade<br />
interna e Ja suprenlacia international para a<br />
velha metropole, hoje mais qne nunca opprimida coin<br />
o r neso de succeasivos crros e de accun1uladas deca-<br />
-<br />
dencias. E' urn com~nettinlcnto que chams impcriosa-<br />
lnente por uma intrepida c sahin actividade. Eaja,<br />
pois, iniciativa dccididil nos honlcns de govcrno,<br />
porqaanto para as altas regides esth racionalmcntc<br />
destinado 0 priilleiro impulso e o principal tl*ahallio.<br />
Formule-ac e, o clue 6 nlais, exccutc-sc-p;i;lavras sen1<br />
obras, n;b phrase do pdrc Antonio Vicira, s;io<br />
3