CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
20 ARTIPO 12 '<br />
rem mniores (I).<br />
l'anto uns como outros prestan~ juramento nlts<br />
niilox do ministro e secretario d'estado <strong>dos</strong> negocios<br />
da marinlia e ultramar, por si, ou por seu procura-<br />
dor. Estando jB no ultramar pretltsm jurame~lto pe-<br />
rante a pssra, ou conselho que Ihe entregar o podel.,<br />
Art. 10." praso ordinario do servigo <strong>dos</strong> go-<br />
vernadores geraes t? de cinco annos cot~ta<strong>dos</strong> do<br />
dia di~ posse (2).<br />
Art. 11.' 0 governador gem1 reune attribuiqijes<br />
r:ivis e miiitare~, corn absolutn. egclusiio de toda e<br />
qualquer ingerencia n.a decisiio <strong>dos</strong> negocios judi-<br />
(sines (d), exceptuando o oaso en1 qur por lei express%<br />
4 decbrado presidente de algum tribunal de justiqa.<br />
Art. 12.' Ao gosenlador geral, como supremo<br />
magistrado da plovincia . slo sujeitns<br />
todas as autoridades (4 ) alli estabeleci-<br />
(I) Quanto aou govern~tl(8res do Congo, Lourenpo-Xsrques<br />
e Gum& portugueza, vide respectivamente a C. L. de<br />
1.5 julho 85 e b. de 31 maio 87,-8. 16 seteu~bro 87,-e 5,.<br />
21 maio 92.<br />
(2) Cf. D. de G nn~etnbro 56, nrt. 1.O.<br />
(3) E-lhes prohibida a ingerencia n3 docish das cnusns<br />
cuntenciosas e em outros actus ern que se carepa da juriadic-<br />
$30 prr~atiqa do pcder judicial, mas isso nln obsta inter<br />
tenpzo do governador nas matepias da rjua compekncra nns<br />
rclnsiies corn o referido poder,-PP. N. M. de 9 julho $0,<br />
26 setembro 42 e 18 setembro 53.<br />
Vide og d~as notag seguintes.<br />
(4) a As nossas leis empregam as denomina~8es de enlprcgn<strong>dos</strong>,<br />
funccionarios, auctoridadefi e wgistrq<strong>dos</strong>, pwa designar<br />
as diversas cl~sees de agentes da administrap20 pubbca.<br />
Estas diqerentcs denominayijes, porhrn, n?io perteqcem, neln<br />
poaem applicar-se indistinctame~te a Lo<strong>dos</strong> elles.<br />
E difficil n'alguns casos dete~mm~a bem qua1 soja a qua-<br />
Irficayto que pertenqa a cada urn, porque a lei n8o define<br />
quaes ns oaracterlsticos que distinguem estas diversas caiegorias<br />
de ~ervidorelj do estado; mas o exame e confront0 <strong>dos</strong><br />
&versos logares do .cc~,digo, ausiliado pelo uso comnluln da<br />
jlngna, auctorisa-nos a formular as seguintes regras;<br />
das (1).<br />
1.O Que a denominapxo de enlpregado compete a to<strong>dos</strong> os<br />
que occuparem, na administ1,ap80 publica, logar retr~luido,<br />
2.O Quo a denominap%u de [unccionario compete a to do^<br />
os que exereem, na administraglo, func~aes de qualquer natureza,<br />
embora niio retributdas;<br />
3.O Que a qualificapto dv atactoridade a6 cnbe dqnellcs <strong>dos</strong><br />
f~nccionarios a quem a lei confere o exeroicio de ume pnrte<br />
do poder publicu;<br />
4.O Qua a qunlifica~Lo de magistrado compote a to<strong>dos</strong> 0s<br />
que tOem jurisclicp30 para julgar ou dizer de direito.<br />
Pude~ i parccel quc estas rcgms nLio estZo intotra e rigorlnsnmcnte<br />
de accordo corn a lotra do codigo, mas n deGciencia<br />
o improl,riedado com quo ellc se exprime n'este nssum.<br />
pto, e as tnslies qlte naturalmente so der~vam da accepyk~<br />
comrnum los tcrnit0s e das analogias. que o seu emprego em<br />
relay& a nutros ramos do podcr publlco offorccc, parecemnos<br />
tundarnento suftieienta para jnstitical-as.<br />
Ass~m, amplinmos a qunlificapiio dc megistmdo, qne eoln<br />
a do funce~onar~os o codigo s6 nttribue ao governador civil,<br />
ao ndminls~rador de concelho e aos ~cgcdores de parochin,<br />
embora rom vordadeira impropriedadc quanto a estes ulilnos,<br />
eos vogrn?x do conselho de distrrcto, como mcmbros do<br />
tribunal ordlnarii, incumbido de julgar em primeira 1nstrinc1.1<br />
o contencroso da adruill~straejo u aos mcmbros do ministerlo<br />
public0 junto rl'elie, porciuo tal qualificaalo n8o s6 esd em<br />
harmonia corn n natnroza das func;ijes quo euerccm, mas con1<br />
a que o uso cotumum e a propri'r linguagem legal applicti aos<br />
fonccinnsr~os dc posic2o o juriadicgiio anaIogas na hierarchi:!<br />
do poder jud~cial e nos do ministello publico anto clle.<br />
Do mesmo modo comprehandemos sob a qualifica$Ao ilc<br />
fu~rccio?la7.ios os n~cmbros <strong>dos</strong> corpos administrativos, embora o<br />
cod,go em alguns logares parcp nzo lh'a sttribuir, porque ns<br />
funo~5es publrcae quo excrcem ihes dZo indisputavel dircito a<br />
serem assim considera<strong>dos</strong>. Em apoio d'esta opinizo podemns<br />
cltar o decreto sob consulta do supremo tribunal administrative<br />
de 'i de fevereiro do 1872, col. peg. 7, em quo os verendores<br />
a h considcradvs como auctoridader adn~inislrutivas, e consoquentemente<br />
como funccionarios, porqne sem esta qualirlade<br />
seria impossivel aquclia a que por lei se attribuo o esercio~o do<br />
poder pub1ico.~-Perdigiio, Aponta)nentos de direito, legislagEn<br />
e jurisprudencia adminislrat~vn e fiscal, vol, I pg 418.<br />
(1) Incluindo as auctoridades judiciaes o as do M. I?.,-