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Elogio da Loucura - CFH

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de uma nação, porque são os maus costumes que colocam os homens na contingência de<br />

fazer leis.<br />

(65) – Atribui-se aos caldeus a invenção <strong>da</strong> astrologia e <strong>da</strong> magia. Erasmo trata-os de<br />

supersticiosos por acreditarem eles que to<strong>da</strong>s as estrelas fossem divin<strong>da</strong>des.<br />

(66) – Alusão ao seguinte apólogo de Aniano: “No máximo rigor do inverno, um camponês<br />

recebeu um sátiro em sua cabana. Ao ver que o camponês soprava os dedos, perguntou-lhe<br />

o sátiro: “Porque faz assim?” Ao que o outro respondeu: “Para me esquentar com o calor do<br />

bafo”. Mais tarde, posta a mesa, vendo o sátiro que o camponês soprava uma comi<strong>da</strong> muito<br />

quente, perguntou-lhe porque fazia o mesmo com a comi<strong>da</strong>. Ao que respondeu o camponês:<br />

“Para esfriá-la”. Então, o sátiro levantou-se subitamente e lhe disse: “Como?! Pela mesma<br />

boca, você põe para fora o calor e o frio? Ah, não quero negócio com essa gente!” E, assim<br />

dizendo, saiu a correr.<br />

(67) – Alguns autores antigos chamam os estóicos de rãs, por causa <strong>da</strong> sua importuna<br />

loquaci<strong>da</strong>de.<br />

(68) – Segundo Pausânias, havia duas Vênus: uma, mais antiga, sem mãe e filha do céu, por<br />

isso chama<strong>da</strong> celeste; a outra, filha de Júpiter e Diona, chama<strong>da</strong> a Vênus comum. E, assim,<br />

distingue ele o amor vulgar do amor celeste.<br />

[Vênus é o nome latino para Afrodite - NE]<br />

(69) – Tendo Âtico censurado Cícero pelo fato de se afligir excessivamente com a tirania<br />

dos triúnviros, <strong>da</strong>ndo a muitos a impressão de que perdera o juizo, Cícero respondeu que<br />

ain<strong>da</strong> conservava a lucidez, mas que desejava ficar louco para não ser mais tão sensível às<br />

calami<strong>da</strong>des públicas.<br />

(70) – Creso, rei <strong>da</strong> Lídia, foi o homem mais rico <strong>da</strong> terra. Tendo um dia perguntado a<br />

Solon se não era ele o mais feliz dos mortais, o filósofo respondeu-lhe: “Majestade, vós me<br />

pareceis muito rico, tendes um grande reino; reservo-me, porém, para responder à vossa<br />

pergunta quando fordes muito feliz”.<br />

(71) – O promontório de Maléia, na Lacônia, província do Peloponeso, era tão perigoso que<br />

se costumava dizer: “Quando navegares diante de Maléia, esquece de todo a tua casa”.<br />

(72) – Alusão ao fato de São Cristóvão ser pintado como um gigante com uma planta na<br />

mão e metido no meio de um rio até às nádegas, justamente como Virgílio descreve<br />

Polifemo na Enei<strong>da</strong>, livro V.<br />

(73) – Os marinheiros invocam São Cristóvão, os sol<strong>da</strong>dos Santa Bárbara e os avarentos<br />

Santo Erasmo.<br />

(74) – Hipólito despe<strong>da</strong>çado pelos cavalos. Tornou-se célebre pela resistência ofereci<strong>da</strong> ao<br />

amor pecaminoso de Fedra, sua madrastra.<br />

(75) – Conta-se que o diabo, encontrando um dia São Bernardo, gabou-se de saber sete

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