24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DE J. X. DE MATOS.<br />

No de outra forte obrafie<br />

Com a trille Beliza, que algum dia,<br />

Como embebido olhafle,<br />

E agora a deixas (mas quem tal dina!)<br />

Nas máos da vil Pobreza,<br />

Táo arrifcada a fragil natureza<br />

Em funebre apofento<br />

Encerrada fem culpa; e para a vida<br />

Táo amargo lirfiento;<br />

Que entre a neceflidade aborrecida,<br />

He fe) por máos da borne,<br />

Que amaffado com lagrimas o come0<br />

Jt tivera apartado<br />

De feus olhos a luz a noite eterna,<br />

Se por alto cuidado<br />

De quem f6 nos fu Renta, e nos governa<br />

Náo fora o beneficio<br />

Suftentador do Angelico Edificio.<br />

Defattento marido,<br />

Oze ás innocentes vidas náo reparas;<br />

O animo abatido<br />

Da Conforte fiel, das prendas charas<br />

Oh nunca farro fejas<br />

Dos fuperfluos manjares, que defejas !<br />

149<br />

In-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!