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soneto

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204 PENELOPE. TRAGEDIA<br />

kenelepe.<br />

Eu no pertendo que elle exponha a vida:<br />

Longe de me tentar com vans quimeras,<br />

Qyero fó .que falle, e dele porto<br />

Se retire . depois.<br />

Einné.<br />

Senhora , crede<br />

Quea allá() benigna do Deftino póde<br />

Relituk-vos boje o vol° Oliifes.<br />

Penelope.<br />

Por ele vafto mar eftendo a viffa<br />

De meus faudofos, meus cançados olhos;<br />

Com elles vou, e venho ; as ondas corro,<br />

E de ver náo acabo o meo Efpofo :<br />

Eumé , virl; mas virá tarde Oliffes:<br />

J'a mui perro de mim vejo da Mune<br />

O pálido femblante; e para ella,<br />

Qgal paciente ovellia, me preparo:<br />

Oliffes me abandona , aílim o julgo,<br />

De occultar-fe de mim effe Eftrangeiro:<br />

Q,Lte he vivo o-nreu Efpcdo, me iegura;<br />

O mais, querida Eumé, de mim efconde:<br />

Náo fe atreve a dIzer-mo, receando<br />

De accrefcentar, talvez, os meus tormentos.'<br />

Fumé.<br />

Ve% Efpofo he fiel. Poucos inftantes,<br />

Senhorra, patTará6, que die Eftrangeiro<br />

Náo ponha termo a voíros váos temores.<br />

I Penclope.<br />

Cbanto mais o efcondeis da minha<br />

O defejo de vello rnais fe accende.<br />

Sim,

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