24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DE J. 11. DE MATOS. 2b1<br />

Da ingrata Ninfa, que adorava aufente<br />

( Que tarde hum grande amor fe defengana)<br />

Della arte fe queixava triftemente.<br />

Galathea gentil, e desbumana,<br />

Náo cuides por fazer-te o Ceo formofa,<br />

Que ha de Amor defculpar-te o fer tyrana.<br />

Póde fer, , que a belleza rigorofa<br />

DI cauta tanta vez a que fe diga,<br />

Que náo ha formofura venturofa.<br />

A fer-me ingrata, ó Ninfa, quern te obriga?<br />

A natu reza náo, a razáo menos<br />

Olha que nada tanto o Ceo caftiga.<br />

Seno me aborreceffes, Ninfa, ao menos<br />

Tal fou eu, que illo fó me ballaria<br />

A fazer meus pezares mais pequenol.<br />

Q.nem defles olhos trilles te defvia<br />

Que náo vens corn teus olhos táo formofos<br />

Anticipar nos meus a luz do da?<br />

Senáo podem por meus fer venturofos,<br />

Ah Galathea, mováo-te a piedade,<br />

J'a riáo digo por 111C mas por chororos.<br />

Ton L O Tu<br />

11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!