24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DE J. X. DE MATOS. 221<br />

Finalmente abanado<br />

Vivei, Pallor honrado<br />

Deffes grandes haveres ,<br />

Que dá Pomona , e multiplica Ceres;<br />

Que eu outros náo procuro,<br />

Mais que viver feguro<br />

Lá na voffa lembrança :<br />

Dai-me fegurança;<br />

E de -forte nenhuma<br />

Faça em vós a diaancia o que cofiuma.<br />

Nem receeis que poffa em curra idade<br />

Efquecer-me de vós; porque a amizade<br />

Difpoz cm meu afea° verdadeiro<br />

Mais forçofas raizes que hum fobreiro.<br />

Paffai alegres<br />

Nas doces cornpanhia.s<br />

Deffas gentis Paftoras:<br />

Vós ji iabeis as horas,<br />

A que ellas váo ao rio, ou váo a fefia:<br />

De tarde na ilorefia ,<br />

Com ellas de máos dadas,<br />

Nas danças engraçadas<br />

Deis de Amor cantando;<br />

Mas vede, amigo, no venhais chorando,<br />

Qge dellas 1-6 sáo lagrimas o fruto<br />

De que inda trago o rollo mal enxuto.<br />

Pii Mas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!