24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

tCTO PRIMEIRO 137-<br />

Eurimaco.<br />

Náo, Senhora! He já tempo de enxugar-fe<br />

O vario terno pranto , e de por termo<br />

Aos males, que igualmente nos affiigem.<br />

De Samos vinde honrar o throno Austin();<br />

Depois defcançareis tranquillamente<br />

Das volfas afilicçóes; nido confpira<br />

A fazer noffo citado venturofo....<br />

Penelope.<br />

Deixai , deixai correr, Senhor, , meu pranto<br />

Que eftá meu coraçáo, por defgraçado ,<br />

Bem longe dos defcanços promettidos.<br />

Ettrimaco.<br />

No tendes vós as próvas mais feguras<br />

Do meu amor conflante Como ainda<br />

Pertendeis enganar minha efperança?<br />

Depois de tanto tempo, e efcufas tantas,<br />

Que artificio, oh Rainha! Inda vos rena<br />

Depois de huma palavra....<br />

Penelope.<br />

Náo formemos<br />

Dene hymineo, Senhor, , táo trines laços:<br />

Vós mefmo pezarofo da injuiliça,<br />

Que me fizefies, vos vereis hum dia.<br />

O amor náo he filho da violencia:<br />

Dar o meu coraçáo, como he pollivel?<br />

Sois generofo ; devo confeffar-vos,<br />

Que OliiTes feu Senhor, tiene n'áo póde<br />

Separar-fe iá agora hum fó momento:<br />

Só hum allivio ( fe he allivio) tenho<br />

Nos meus juitos pezares : A faudade,<br />

Que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!