24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

772 PENELOPE. TRAGEDIA<br />

Que bem pagados sáo tantos extremos<br />

De conflancia , de amor, e de faudade!<br />

Benignos Climas, viraçóes fuaves,<br />

Eftranhas formofuras, mil prazeres,<br />

Que as almas nos encantáo, náo puderáo<br />

Já mais da minha Itaca hum fó momento<br />

Efquecer a memoria. Oh grandes Deofes!...<br />

Qz.lem haverá que o creia! Os meus valTallos,<br />

• quem de tanta utilidade enchéráo<br />

Efias máos benfteitoras , táo depreffa<br />

Rifcáráo da lembrança o amor, a gloria,<br />

E o nome, que me devem? Q2e abandonem<br />

A fua Soberana! E que confintáo<br />

Que no fu mefmo Paço afflida gema!<br />

Os Gregos, que eu falvei, náo a ajliciáráo?<br />

E meu filho?<br />

Eumé.<br />

Senhor, heroicamente<br />

Seguirá feus Deftinos. O feu alto<br />

Augufto nafcimento já lheltappre<br />

A lua pouca idade ; e a pezar della ,<br />

Conhecendo a grandeza de fua alma,<br />

Cheio de heroico ardor nos deixa, e parte<br />

Solíciro a bufcar-vos: Humas vezes<br />

Contra feus inimigos, preparando<br />

Fuma exemplar vingança, fufpirava<br />

Pela voffa prefença ; e outras vezes<br />

»Para os punir a-todos difcorria<br />

Que baftova f6 elle. Inurilmente<br />

Corn moles pairatennos procuraváo<br />

Affeminar-lhe elp» itito guerreiro,<br />

Com

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!