24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DE J. `X. DE MATOS. 171<br />

Ah tyranna Pas9ora! Quem diría<br />

Naquelles' da affeiçiio doces enganos ,<br />

Que em hum inflan. te fd Amor faria<br />

O trabalho perder de tantos anuos!<br />

Aquelle olhar affavel de algum día<br />

Onde efid , de teus olhos foberanos?<br />

Se , tirando-os de mirn tit-o de repente,<br />

Com elles vás faz,er o chdo contente.<br />

Qyantas veys chorando me a rmavas,<br />

(Se acafo , ingrata, já me njio mentias)<br />

Que tanto de meus albos te alentavas<br />

Que fan elles do Sol a luknio vias!<br />

Entio cm mim os teus fo" recrea-vas,<br />

Hoje , por nJo '-ver-me, os tiranas<br />

Os MCUS fem eflão , pois feudo amantes<br />

n'do achão nos teus o affago d' antes.<br />

He d'U aquella fé , com que algum<br />

Paffando a calma juntos defia fonte,<br />

Mil vekes ten amor me promettia:<br />

Ser mais claro que o Sol, ,firme que o monte?<br />

Nio jura-vas endo , fe en te não cria ,<br />

Que ao pagar huma ve; aquella ponte,<br />

Azuda com ella foffes ter ao rio,<br />

Se tiveffes na fo qualquer defvio<br />

Tom, IVI Ab!'

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!