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soneto

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6 PENELOPE. TRAGEDIA<br />

E de vós tantas vezes differidos:<br />

Ja mais as perteiçóes de voffo gédo<br />

A meus olhos táo bellas parecerá°.<br />

Penelope.<br />

Eu, Senhor! Que illusáo da vofra<br />

Entre tantos pezares, tantas dores,<br />

Qìe póde merecer-vos, e encantar-vos<br />

Flum temblante abatido, huns lacrimofos,<br />

Huns aggravados olhos, que fe affogáo<br />

No largo mar de rneu continuo pranto<br />

Ah Senhor! Náo queirais... (fede mais jullo)<br />

Que voffo amor me firva de fupplicio.<br />

Eurimaco.<br />

Vós olhais para tnim , como quem<br />

Para o primeiro author de voffos males:<br />

Já vos efquecem os rivaes, que eu<br />

Para render os corayóes mais duros<br />

A voffa vifla baila: Se pudeffem<br />

Os mais Reys conhecer-vos, no Univerfo<br />

Hum fó náo ficaria, que arraffado<br />

Igualmente comigo, náo vieffe<br />

A fufpirar de amor nos voffos<br />

Penelope.<br />

Todos effes amantes odio ros,<br />

Que me tern perfeguido, já vos cedem<br />

Sei que comvofco competir náo podem,<br />

E cliante de vós defapparecem.<br />

Mas acabai, Senhor, , e cm liberdade<br />

Permitti que os meus males chorar<br />

Que . até para chorar me falta o zompo.,<br />

Eu-

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