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soneto

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DE J. X. DE ITATOS.<br />

E fe mais o marifco te recreia,<br />

irei (fe for precifo) á Foz do Téjo ,<br />

Sem me efcapar a rnais remota areia.<br />

Depois te contarei, corno forcejo<br />

Por tirar d entre os humidos penedos<br />

A liza amejoa, o tardo caranguejo:<br />

Dos negros caramujos, que eflão quedos,<br />

Nenhum me efcapará, inda que traga<br />

Calejados de novo cites meus dedos.<br />

207<br />

l'orém que importa ? O corpo então fe eflraga<br />

Tambem por gofio meu, fe por teu gofio<br />

Nelle anda tela a alma em viva chaga :<br />

Cipe aílim trouera elle animo compofto ,<br />

Se em premio deftes 176 ver pudera<br />

Huns longes de piedade no teu rollo!<br />

Corno contente a par de ti viv'éral<br />

Como ern teus olhos elles meus detidos,<br />

Todo elevado em ti fernpre eítiveral.<br />

Ein dar-te gofio f6 pondo os fentidos,<br />

Para ti neftas praias arenofas<br />

Fora colhendo os buzios retorcidos:<br />

E

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