soneto

134 PENELOPE. - TRAGEDIA
Eumé.
Ouvi noffos confelhos:
;Sejaqual for de Oliffes o Deflino,
Mais cenas próvas efperar devemos:
E lembrai-vos, que tendes hum fó filho,
(be fe vós lhe faltais, fica elle expolio
A feus, féros contrarios ; que Laertes
Seu decrepito Avó, já com o pezo
Dos annos encurvado, o feu partido
Mal pócie fuftentar; que Telemaco
Em (tia pouca idade defarmado ,
De balde fe opporá a feus tyrannos:
De os defunir 1-6 remos a efperança.
Ah! Temei Antinois , que elle medita
Para reinar a mais cruel perfidia;
E tendo cm feu favor o Rey de Samos,
Nada poderá 'mis que feus tumultos.
Penfai nato, Senhora, porque ainda
Tudo podeis nefte perigo extremo:
Eurirnaco vos ama; fua filha
Mover do Pai o coraçáo bem póde:
Vós náo o defprezeis : Vede corn fufto
A quanto de Antinois chega a violencia.
Defle traidor os laços da amizade,
Q.Lie tem com elle, defatar fe devem;
Porérn, Senhora, alimenrai-o fempre
Co' dourado veneno da efperança.
Penelope.
Éffa efperança vá, que lifongea
Effe odiofo amante, he huma injária
Da minha eterna fé. Ah quanto firmo,
nc