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soneto

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296 VIRIACIA. TRAGEDIA<br />

De triunfar de mim, como triunfafte -<br />

Do duro coraçáo defra Rainha ,<br />

Que eu náo pude abrandar; que náo pudéráct,<br />

lIeus fufpiros, e lagrimas movello:<br />

Faze-lhe o gofio, tira-me do Mundo,<br />

En-i cuja face apparecer náo deve<br />

Hurn monliro aos mefmos monaros odiofo,<br />

Que infeda com feu halito maligno<br />

O ar da Lufitania, a 1-erra toda,<br />

O mar, e o Ceo; até ao mefino Inferno<br />

Será minha preferiça pavorofa<br />

Hum tormento de mais aos condemnados;<br />

Mas he Corrobo tal, que náo merece<br />

Ainda a mefma cólera dos Deofes<br />

Náo tem Jupiter raios; náo tem penas<br />

O inexoravel Minos , que fe pofsáo<br />

Medir co' as minhas culpas: Oh fe houveffe!<br />

Oh fe houveffe hum lugar fóra do Mundo,<br />

.Aonde refpiraffe, onde náo viffe<br />

Mais do que!. ... O efpirito me falta,<br />

Acaba-me , Serrado.<br />

Sertario.<br />

Náo , Corrobo ;<br />

Defgraçado Corrobo, a minha &pala<br />

Náo fe fez para barban) cutélo<br />

De vidimas humanas, que náo podem<br />

Empunhar outra efpada.<br />

S CE-

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