24.04.2013 Views

soneto

soneto

soneto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DE 3. X. DE MATOS. 211<br />

Se deite fobre as ondas, e alagacla<br />

Co' meu pobre batel, enuao fe veja<br />

A aguda quilha para o Ceo virada.<br />

,Que a Fortuna, que agora te fobeja ,<br />

Te de por algum meio náo cuidado<br />

Q9alquer mal, por pequeno que elle feja;<br />

Pois não fou eu táo pouco arrazoado ,<br />

Q2e ernendar queira hurn erro da Ventura<br />

Com Amor, que já mais anda acertado:<br />

Defenganou-me a minha defventura :<br />

Como de mim náo fugirás efquiva ,<br />

Se em firn fou eu fou eu quem te procura ?<br />

nata-me embora , ó Ninfa fugitiva,<br />

Oe aqui meus trifies olhos feito fonte<br />

Por ti choraráõ fempre , em quanto eu viva.<br />

Calou,fe o pefeador, ergueo a fronte<br />

A ver o Sol, que vinha já rajando<br />

Por entre as pardas nuvens do horizonte:<br />

Ficor por multo tempo a voz foando;<br />

E o Téjo , que a ouvio , de enternecido<br />

Abaixou a cabeça , e fufpirando<br />

Chegou hum pouco ao mar desfalecido.<br />

EPIS-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!