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soneto

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206 RIMAS<br />

E para fui:tentar a vida citara,<br />

Verás como engodados cahir vão<br />

No torio anzol , que a morte lhes prepara<br />

Bem corno tu, tyrana, que á traição<br />

A vez primeira os olhos me puzefle,<br />

Para morrer por elles defde entáo.<br />

Aqui verás aonde, como invefle<br />

O meu batel nas praias encalhando<br />

Quando o ternpo correr do Sul agrefle:<br />

No fja diverte o rio focegado'<br />

"Lá recreia tambem , quando fe lança<br />

Por lima deftas pedras levantado ;<br />

Mas fe o vires, defp ida da efquivança ,<br />

Ql_te ufas comigo, enião foceg2rá,<br />

Pois tantas vezes, vendo-te, fe amança:<br />

E -bem que o gordo xerne aqui náo ha,<br />

Nem morre o falmonete táo mimofo,<br />

Nem o rajado polvo aqui fe dá,<br />

1-Ia o folho innocente , e proveitofo ,<br />

A pintada , e feixatile lampreia,<br />

A frefca boga, o favel faborofo;

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