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soneto

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• Se<br />

DE J..X. DE MATOS.<br />

Que Satyro falvagem te detlm?<br />

Ah Galathea! Sem razáo , que logo<br />

A foccorrer-me o teu amor náo vem.<br />

209<br />

Fere-fe a dura pedra , e lança fogo ,<br />

E tu de táo contraria natureza,<br />

Que esfrias mais com meu ardente rogo!<br />

Effeito de táo rigida crueza.<br />

Náo póde humana califa produzillo,<br />

-Náo tens de humana mais que a gentileza.<br />

ha crocodilos no famofo Nilo,<br />

Em ti tambem , 6 Ninfa, ingrata, e dura<br />

Creou o noffo Tejo hum crocodilo.<br />

No fei fe rneu amor já fe murmura<br />

Entre os patrios , e eftranhos pefcadores,<br />

Que fabern derca minha del-ventura.<br />

Serei talvez dos /edos amadores<br />

Apontados c'o dedo brevemente,<br />

Quando paffar chorando os teus rigores:<br />

Zornbará de meus males toda a gente,<br />

Tomará nova força o meu Defbno,<br />

Se para mim ha mal, que inda fe invente.<br />

Mas

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