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P4 RIMAS Tu no naufragio ao porto me levafle Unico porto, que encontrei de abrigo: En me abracei comtigo, A taboa falle, a vida me falvafle; Que em final da viaoria, Inda hei de ir p6r no Templo da Memoria. Náo nafce o grande para fi f6mente, Ha de fer util, ha de fer piedofo : Sabe, ó Conde virtuofo, Que náo es todo ten, que es da mais gente: Sem ellas preeminencias, De pouco importa illuflres defcendencias. Que importa aos Reis o Sceptro feu dourado, Gráo poder aos Senhores, e aos Dinaflas, Se a aculeos, e catadas Inda c'o frelco fangue derramado De tantos innocentes, Os fez indignos do louvor das gentes?• Defcender de Varóes , que cm mil batalbas, Cheios de fangue, e pó, fe allinalluáo , De que depois deixásáo Para memoria authenticas medalhas; P6de honrar os fujeitos, Mas náo fazellos, fe o náo sáo, perfeiros.
DE J. X. DE MATOS. A' carroça triunfal levem mil vezes Varrendo.a terra mil pendes guillados, Corpos defcenjuntados, Douradas lanças, inclytos arnezes; E com as máos atadas, Sobre as collas mil gentes defgraçadas. O teu triunfo, ó Conde, he mais luzido ; Náo fe comp5e de ferro, ou fangue Por mais meio Tu es o vencedor, e es o vencido: Náo te vingas , podendo , Dillimulas do ingrato o crime horrendo. Náo podes ver o rofto defcórado Da encolhicla pobreza, fem que logo Da caridade o fogo Te náo abraze peito magoado : Em quem nunca foi pobre, Náo ha, Sonhor, eftimulo mais nobre. Náo te chegas a vis aduladores Para fer da hfonja bafejado Pois tens efpritnentado , Q2e he a mentira quem Ihe finge as cores; E ainda allim póde tanto, Que náo lembrou ás Circes cite encanto. Se
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RIMAS DE JOiO XAVIER DE MATOS
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ACTO SEGUNDO 15t Da ambiçáo nos m
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ACTO TERCELRO 171 Infauflas , e con
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